Os bons terão sempre lugar no jornalismo

Antigo director da Televisão de Cabo Verde, Daniel Medina é Professor Doutor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no curso de Ciências da Comunicação. Jornalista, cronista de rádio e jornal, comentador da televisão, Medina é um comunicador nato. Nha Terra Online foi conhecer o autor de Pela Geografia do Prazer que se prepara para lançar novo livro no mercado e saber a sua opinião sobre o jornalismo caboverdiano, a sua vida de docente, entre outras questões.

Banalização da Profissão de Jornalismo em Cabo Verde

Em vários artigos nossos publicados em Cabo Verde temos vindo a alertar o Governo e aos cidadãos, pela degradação galopante do nosso “jornalismo”. Colocamos aqui a palavra jornalismo entre aspas, porque em nosso entender não existe o jornalismo cabo-verdiano.

Diversidade de Cursos na Comunicação

Uma das causas apontadas para menos vestibulandos interessados em Jornalismo é o número de opções relacionadas à comunicação. Muitos com vocação para cinema e fotografia, por exemplo, acabavam no curso por falta de opção. Existem alguns cursos de graduação e de tecnologia que podem estar por trás do fenômeno.

Como fazer um Resumo

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.

Bibliotecas Virtuais

grande referência na área de bibliotecas virtuais, com os sites mais importantes para informação e comunicação sobre ciência e tecnologia

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Sonhos




Sonhos
Sempre sonhos

Nada suplanta os nossos sonhos

O sonho é tudo
Tudo o que importa
Tudo o que exporta

Nossas alegrias
Nossas tristezas
Nossas emoções

A vontade de viver
A vontade de ser
A vontade de lutar

O direito de aprender
O direito de entender
O direito de sonhar

Nossas sentenças
Nossas crenças
Nossas ilusões

Sonhos
Sempre sonhos

Nada supera os nossos sonhos

O sonho é fruto
Fruto que brota
Daquela que não é morta

Nossas amarras
Nossas palavras
Nossas aptidões

A certeza de querer
A certeza de poder
A certeza de amar

O momento de dizer
O momento de contradizer
O momento de apaixonar

Nossas incertezas
Nossas certezas
Nossas paixões

Sonhos
Sempre sonhos

Porque não?


Neu Lopes

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Publicidade



É importante a presença de todos os estudantes do 1º ano do Curso de Ciências de Comunicação.

Estratégias e actividades de comunicação em sociedade: o jornalismo




Não é fácil definir o que é o jornalismo. Na sua essência, corresponde, dominantemente, à actividade profissional de divulgação mediada, periódica, organizada e hierarquizada de informações com interesse para o público. No entanto, as novas formas de jornalismo on-line, de jornais a la carte, de televisão interactiva, de participação dos cidadãos na elaboração de notícias, etc. colocam em causa alguns dos pressupostos do jornalismo tradicional.

A noção de hierarquia da informação, nos jornais on-line, talvez seja melhor substituída pela noção de itinerário do utilizador no seu percurso pelas páginas e sites linkados na Internet. A noção de periodicidade, nos jornais on-line, talvez seja melhor substituída pela noção de banco de dados, permanentemente alimentado e permanentemente disponível. A própria noção do que é informação de interesse público é fluida e flexível. Um dos melhores exemplos talvez seja a justificação de uma televisão portuguesa (TVI) para colocar informações sobre o show do Big Brother no telejornal: tratava-se de um programa com muita audiência e, portanto, a informação sobre o que acontecia nesse programa seria de interesse público. De algum modo, em matéria de interesse público, talvez haja poucas diferenças entre a notícia de fait-divers do nascimento de um novo golfinho num oceanário e as notícias sobre o Big Brother [...]

[…] Seja como for, o jornalismo, como ainda hoje o concebemos, é uma poderosa e complexa estratégia de comunicação social. É tão poderoso que se pode equiparar aos poderes Executivo, Legislativo e Judicial, sendo frequentemente apelidado de Quarto Poder. Outros ainda apelidam-no de contrapoder, pois o jornalismo é um contraponto aos restantes poderes. À luz da Teoria Democrática, o jornalismo vigia e controla os outros poderes, baseando-se no princípio da liberdade de expressão, em especial na sua vertente da liberdade de informação (liberdade de informar, informar-se e ser informado). Há, finalmente, autores que defendem que, mais do que um Quarto Poder, o jornalismo é um espaço onde se representam, comunicam e digladiam os restantes poderes, por vezes insidiosamente, funcionando como o "quarto do poder", na feliz expressão de Ricardo Jorge Pinto.

Há várias formas de tipificar o jornalismo. Podemos falar de jornalismo generalista, quando um órgão de informação aborda várias temáticas, ou de jornalismo especializado, quando o órgão se especializa numa temática (economia, desporto, política, ciência, etc.). Podemos falar do jornalismo consoante o medium que lhe serve de veículo: radiojornalismo, telejornalismo, fotojornalismo, ciberjornalismo (ou jornalismo on-line), jornalismo impresso. Podemos, ainda, tipificar o jornalismo em função da forma do discurso: jornalismo descritivo (ou reportativo), jornalismo interpretativo (ou analítico), jornalismo argumentativo (ou opinativo). Podemos ainda falar do jornalismo de acordo com as tácticas de obtenção de informação: jornalismo de investigação, jornalismo reportativo, jornalismo de denúncia, etc. O jornalismo de precisão é uma tendência recente do jornalismo que preconiza a associação entre as metodologias das ciências sociais e humanas com os métodos de trabalho e as linguagens e os discursos típicos do jornalismo [...]

Dentro da perspectiva do jornalismo de precisão, os jornalistas devem descobrir sistematicamente novos temas dignos de tratamento jornalístico. Não se devem limitar a reportar notícias. Não podem limitar-se a registar dados e interpretações de terceiros. Devem encontrar e interpretar dados precisos e factuais, frequentemente resultantes de sondagens, inquéritos, cruzamentos de dados em bases de dados e processamentos estatísticos. Isto implica, obviamente, novas competências e responsabilidades para os jornalistas.

Jorge Pedro Sousa - Elementos de Teoria e Pesquisa da Comunicação e dos Media

Algumas reflexões sobre a importância da formação universitária dos jornalistas

A formação dos jornalistas tornou-se uma questão crucial para a credibilidade da classe e para a qualidade da democracia. É verdade que sempre assim foi. Porém, alguns episódios recentes (o célebre Dantas e a polémica sobre o off the record) colocaram absolutamente a descoberto o que já todos desconfiavam: nas sociedades complexas, onde as opções dos cidadãos são cada vez mais condicionadas pelos media, é extremamente redutor confinar a formação dos profissionais de jornalismo aos meros saberes técnicos. Há opções subjacentes a esses saberes e os jornalistas devem estar conscientes disso. Num colóquio onde a componente da multimedia impera, com o que tudo isso implica em termos de fascínio pelo fetichismo tecnológico, talvez seja ainda mais importante lembrá-lo. Nesse sentido, consideram-se como essenciais alguns pontos a propósito dos quais se pretende fazer reflectir o público presente.
João Carlos Correia, Universidade da Beira Interior
http://www.bocc.ubi.pt/pag/correia-joao-formacao-universitaria-jornalistas.pdf

domingo, fevereiro 08, 2009

De Olho na Linguagem (Sexa)


Hmmm?
Como é o feminino do sexo?
O quê?
O feminino do sexo.
Não tem.
Sexo não tem feminino?
Não.
Só tem sexo masculino?
É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
E como é o feminino do sexo?
Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
Mas tu mesmo disseste que tem sexo masculino e feminino.
O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra “sexo” é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.
Não devia ser “a sexa”?
Não.
Por que não?
Porque não! Desculpe. Porque não. “Sexo” é sempre masculino.
O sexo da mulher é masculino?
É. Não! O sexo da mulher é feminino.
E como é o feminino?
Sexo mesmo. Igual ao do homem.
O sexo da mulher é igual ao do homem?
É. Quer dizer… olha aqui. Tem o sexo masculino e o sexo feminino, certo?
Certo.
São duas coisas diferentes.
Então como é o feminino de sexo?
É igual ao masculino.
Mas não são diferentes?
Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
A palavra é masculina.
Não. A ‘palavra’ é feminino. Se fosse masculina seria ‘o pal…’.
Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
Temos de ficar de olho nesse guri…
Por quê?
Ele só pensa em gramática.

Luís Fernando Veríssimo, “Comédias para se ler na escola”.

Papos




- Me disseram…
- Disseram-me.
- Hein?
- O correcto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
- Eu falo como quero. E te digo mais… ou é “digo-te”?
- O quê?
- Digo-te que você…
- O “te” e o “você” não combinam.
- Lhe digo?
- Também não. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correcções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correcção e eu…
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mata-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
- Pois esqueça-o e pára-te.
- Pronome no lugar certo é elitismo!
- Se você prefere falar errado…
- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
- No caso… não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Não.
- Esquece.
- Como “esquece”? Você prefere falar errado?
- E o certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumina-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
- Por quê?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

Luís Fernando Veríssimo, “Comédias para se ler na escola”.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

O que é semiótica da música?



Quando se questiona qual é o significado da música pode-se encontrar diversas respostas, tais como: “a música não tem significado”, “a música significa formas e sentimentos”, “a música significa as emoções”, etc. Cabe entender, primeiramente, o que se quer dizer com “significado”; em segundo lugar, como a música manifesta ideias, formas, movimentos ou emoções; finalmente, como os ouvintes recebem e interpretam os sinais acústicos e seus significados. A ciência que vai buscar respostas para essas perguntas é a semiótica da música.

Semiótica é a ciência que estuda as formas e os processos de significação. Em linguagem técnica, a semiótica investiga toda e qualquer forma de semiose (a acção dos signos ou o processo de significação). Por sua vez, a semiótica da música é a ciência que estuda o significado musical: das bases acústicas à composição, das obras à percepção; da estética à musicologia, etc. Na verdade, questões de significação são tão antigas como a própria música. Músicos e filósofos de todas as épocas e culturas se preocuparam com essas questões. Porém, só mais recentemente é que as investigações nessas áreas fizeram uso das teorias semióticas modernas.


Fonte: http://www.pucsp.br/pos/cos/rism/oqesemus.htm

A VOZ





EXPRESSAR-SE COM A VOZ

Quando falamos, comunicamos nossas ideias e sentimentos não só com palavras. O que dizemos pode ser acompanhado de movimentos com os olhos, gestos com as mãos ou com todo o corpo. Desse modo, o que desejamos expressar fica mais claro e compreensível. Além disso, pronunciamos as palavras de uma forma especial. Isso nos permite comunicar sentimentos de alegria, tristeza, raiva, mistério, etc. Uma mesma frase pode adquirir sentidos muito diferentes de acordo com a forma de dizê-la, isto é, segundo os recursos que são empregados para obter uma determinada expressão. Esses recursos que podem ser usados tanto para falar como para cantar são chamados de propriedades do som.


PROPRIEDADES DO SOM:
Intensidade – sussurrar, falar ou cantar suave ou forte, gritar, ...
Duração – tempo lento e com pausas, rápido e agitado
Timbre – nasal, áspero, claro, ...
Altura – grave ou agudo


COMO FUNCIONA A VOZ?
O processo de fonação divide-se em 3 partes bem distintas. São elas:

1- Aparelho Respiratório
Pela inspiração os pulmões se enchem de ar e na expiração este ar é transformado em som ao passar pelas cordas vocais, fazendo-as vibrar.

2- Aparelho Fonador
O som é transformado em diferentes vogais ou sílabas ao passar pelos articuladores da boca.

3- Aparelho Ressonador
Este som é ampliado ao se dirigir para os ressonadores. A articulação é de extrema importância para fazer com que o som se dirija para os ressonadores e não para a garganta ou nariz.


Aparelho Respiratório
O ar é a energia geradora da voz tanto falada, quanto cantada; portanto o processo de respiração é fundamental para o desenvolvimento da voz. Ao inspirarmos devemos ter a consciência e o cuidado de não colocarmos o ar na parte superior dos pulmões, pois nesta área, a capacidade de armazenamento de ar é muito pequena e não existem músculos capazes de controlar a saída do ar. Portanto, é de extrema importância ter o domínio da respiração baixa, da respiração diafragmática nos dois momentos da respiração (inspiração e expiração), o diafragma é um músculo amplo e flexível que se encontra abaixo dos pulmões, separando o tórax do abdómen. Na inspiração dá-se um ligeiro abaulamento do abdómen, abaixamento do diafragma e um aumento da caixa torácica com o predomínio do afastamento das costelas inferiores. Na expiração, dá-se o esvaziamento dos pulmões. No momento da expulsão do ar, o abdómen vai-se contraindo, o diafragma comprime o pulmão como um fole, o ar atravessa a traqueia e, ao passar pela laringe provoca a vibração das cordas vocais produzindo a fonação entoada ou falada.


Aparelho fonador
É composto pela laringe e os articuladores (mandíbula inferior, lábios, palato mole, língua, dentes, alvéolos e o palato duro). O ar expelido dos pulmões é transformado em som ao passar pela laringe onde são localizadas as cordas vocais que vibram com a passagem do ar, produzindo o som. Quando estamos apenas respirando a glote se alarga permitindo a livre passagem do ar, sem contacto com as cordas vocais, portanto, sem produção sonora. A glote fecha-se para a fonação. Ao chegar na boca o som é transformado em fonemas pelos articuladores, que são órgãos influentes na qualidade da voz, brilho, cor e sonoridade sendo eles responsáveis em levar o som da laringe para o aparelho ressonador.


Aparelho ressonador
Para compreendermos melhor o aparelho ressonador. Basta tocarmos uma guitarra desligada. Veremos que não basta apenas as cordas, é preciso de uma caixa amplificadora que amplie o som. Já o violão tem sua própria caixa de ressonância que é o seu corpo. Assim, quando cantamos, não são apenas as cordas vocais que produzem o som, mas também as vibrações simpáticas que ressoam em nossas caixas de ressonância faciais e peitorais. Caixa de ressonância inferior: Faringe, traqueia, brônquios e pulmões. Caixa de ressonância superior: Cavidades bucais e cavidades da face. A região facial é a mais importante para a ressonância vocal, e é conhecida como a máscara; cantar na máscara significa então, cantar utilizando a ressonância facial, o que é de uma riqueza e beleza sem par. A ressonância facial aliada às ressonâncias de peito (graves) e palatal (médios), asseguram à voz o brilho em toda a sua extensão. A passagem fácil e sem defeitos, do grave para o agudo, depende muito da utilização dos ressonadores.


Articuladores
A função dos articuladores é a de receber o som das cordas vocais e levá-lo ao aparelho ressonador. São eles: língua, lábios, palato duro (céu da boca), palato mole, dentes e mandíbula inferior.


Postura
Cerca de dois terços da comunicação humana é não-verbal, transmitida por meio de gestos de mão, expressões faciais ou outras formas de linguagem. A boa imagem corporal começa com a postura - o modo como você se posiciona.

Uma boa postura é fundamental para uma boa produção vocal. O que consiste ter boa postura? Bem, cuidar da postura é fazer com que a sustentação e o equilíbrio do nosso corpo estejam de acordo com as leis da gravidade.

É importante observarmos que os desequilíbrios posturais variam de pessoa para pessoa. Algumas possuem um exagero postural, mantendo-se com os ombros extremamente abertos, o peito empinado para frente e a cabeça muito erguida, tencionando o pescoço. Se olharmos essas pessoas de lado possuem uma lordose nas costas como se fossem envergar para trás. Essas pessoas tendem a respirar mais na parte alta do pulmão.

Já outras pessoas possuem desequilíbrio inverso. Ombros muito caídos, peito fechado, como se fossem envergar para frente.

Ambas as posturas são incorrectas. Devemos procurar manter um equilíbrio de forma a sentir "o peso do nosso corpo entre os dois pés, observando em seguida um encaixe perfeito da cintura pélvica (quadril), em equilíbrio com a cintura escapular (ombro) e mantendo um ângulo de 90% para o queixo, podemos aproximar-nos de uma figura em equilíbrio."


A atitude básica para o equilíbrio do corpo e, consequentemente, para a emissão da voz, é a seguinte:

• Pés: Confortavelmente. O peso do corpo deverá estar igualmente distribuído pela borda externa dos pés pelo metatarso.

• Músculos: Relaxados. Braços soltos e caídos.

• Costas direitas.

• Cintura pélvica: Suspensa sobre o diafragma para manter a energia do som.

• Cabeça: Direita. Bem equilibrada na cintura escapular.

• Cintura escapular: Deve permanecer descontraída.

• Linha da cabeça: A cabeça deve manter uma linha de como se estivesse suspensa por um “fio de cabelo” na parte do redemoinho, isto é, no centro, como se fosse a continuação das vértebras cervicais.

Após a adopção dessa atitude básica, quando sentir que está equilibrado, experimente mudar o alinhamento para fazer com que o corpo mude a linha de gravidade, para frente, para trás, para o lado e circularmente.

Geralmente, quando falamos em postura, logo nos vem à mente aquela imagem de um soldado totalmente rígido.

Ter uma boa postura na hora de falar é essencial para se ter uma boa produção vocal. Mas isso não tem nada a ver com rigidez. Na verdade, a boa postura vai nos auxiliar na hora da respiração.

Como já vimos, para falar trabalhamos com vários músculos abdominais, diafragma, etc. Portanto, devemos fazer com que a postura não seja uma barreira na hora da respiração.


ALGUNS CONSELHOS AOS PROFISSIONAIS DA VOZ
• Nunca abandone os exercícios respiratórios e de técnica vocal.

• O sono descansa a voz.

• Ao primeiro sintoma de resfriado, repouso físico e vocal.

• Não gritar, falar muito ou cochichar. Muitas pessoas acham que se cochicharem ao invés de falar alto, estarão preservando a voz. Isso é um grande engano, pois quando cochichamos, submetemos nossas cordas vocais a um grande esforço, provocando muitas vezes um desgaste maior do que se conversarmos normalmente.

• Evitar ambientes muito secos. O uso constante de ar condicionado provoca o ressecamento das cordas vocais. Com isso, a voz é produzida com muito mais esforço e tensão.

• Não tome remédios sem indicação médica. Muitas vezes, ao primeiro sinal de rouquidão, dor ou inflamação na garganta, tomamos o primeiro remédio que algum amigo indica. Pastilhas, balas e sprays apenas "mascaram" a dor, podendo esconder um problema mais sério. Ao primeiro sinal de dor na garganta ou rouquidão por mais de uma semana, procure um otorrinolaringologista de sua confiança.

• Alergia. No caso de ser alérgico, procure evitar pó, mofo e cheiros muito fortes. Procure um otorrinolaringologista e faça um tratamento para alergia. Siga correctamente as orientações médicas para que assim você consiga evitar crises alérgicas, ou pelo menos, diminuir a frequência com que elas ocorrem. Coma maçã! A maçã possui propriedades adstringentes que auxiliam na limpeza da boca e da faringe , o que favorece uma voz com melhor ressonância.

• Use roupas confortáveis. Quando for cantar, evite usar roupas apertadas, principalmente na região do pescoço e cintura, pois isso irá dificultar sua respiração.

• Beba bastante água. As cordas vocais devem estar sempre hidratadas. Beba pelo menos, dois litros de água por dia. Quanto à temperatura, prefira sempre água natural, pois se estiver muito gelada, poderá causar irritação, além de diminuir a elasticidade das cordas vocais.

• AS BEBIDAS ALCOÓLICAS E O FUMO SÃO EXTREMAMENTE PREJUDICIAIS À VOZ.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Ditos populares - verdades e inverdades



E a gente pensa que repete correctamente os "ditos populares".


Nossa Língua Portuguesa Prof. Pasquale Cipro Neto


No popular se diz: "Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho-carpinteiro."
Correcto: "Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro."

EU NÃO SABIA. E VOCÊ?

"Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão."
Enquanto o correcto é: "Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão."

"Cor de burro quando foge."

O correcto é: "Corro de burro quando foge!"

Outro que no popular todo mundo erra: "Quem tem boca vai a Roma."
O correcto é: "Quem tem boca vaia Roma." (isso mesmo, do verbo vaiar).

Outro que todo mundo diz errado: "Cuspido e escarrado" – quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correcto é: "Esculpido em Carrara." (Carrara é um tipo de mármore)

Mais um famoso: "Quem não tem cão, caça com gato."
O correcto é: "Quem não tem cão, caça como gato". (ou seja, sozinho!)


Vai dizer que você falava correctamente algum desses?


De Beauvoir
Publicado no Recanto das Letras em 03/12/2008
http://recantodasletras.uol.com.br/tutoriais/1316885

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Goebbels e a propaganda nazista



Fala-se agora, na disciplina de História dos Meios de Comunicação, em Jornalismo e Cobertura de Guerra. Trata-se de um tema extremamente interessante, pela sua envolvência histórica. Foi no século XIX que o jornalismo assumiu uma importância fundamental. A primeira guerra a ter cobertura jornalística profissional foia Guerra da Crimeia, iniciada nos Balcãs em 1854. A partir daí o jornalismo de guerra não parou, tendo passado por várias fases, controladas ou não. Poderemos citar como exemplo, a Guerra de Secessão, as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, A Guerra do Vietname, os conflitos na Bósnia, em Timor Leste e em África, a Guerra do Golfo e recentemente os conflitos armados no Iraque e agora na faixa de Gaza.

Mas de toda elas, há que destacar a 2ª Grande Guerra, pela sua importante contribuição para a história da publicidade. A máquina nazi estava por trás de uma grande máquina de propaganda. O poder de comunicação e de massificação da opinião foi sempre chefiada por um cérebro inconfundível. E se Rommel (o chamado de rapoza do deserto) foi o melhor estratega militar de Hitler, o criador da saudação "Heil Hitler" teve também grande importância para o Reich. Esse homem chamava-se Joseph Goebbels.


Mas afinal quem era esse Joseph Goebbels?

Paul Joseph Goebbels (Mönchengladbach, 29 de outubro de 1897 — Berlim, 1 de maio de 1945) foi o Ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler (Propagandaminister) na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação.

Foi uma figura-chave do regime, conhecido por seus dotes retóricos. Era um dos líderes políticos nazistas mais destacados que tinham concluído estudos superiores. Teve uma posição correspondentemente importante entre os nazistas.

Um dos primeiros e ávido apoiante da guerra, Goebbels fez tudo em seu poder para preparar o povo alemão para um conflito militar em larga escala. Durante a Segunda Guerra Mundial aumentou o seu poder e influência através de alianças, deslocando dirigentes nazistas. Em finais de 1943, a guerra estava a ficar contra os poderes do Eixo, mas isso só fez Goebbels estimular a intensificar a propaganda, exortando os alemães a aceitar a ideia de guerra total e de mobilização. Goebbels permaneceu com Hitler em Berlim até o fim, e na sequência do suicídio do Führer, foi indicado por ele para servir como Chanceler do Reich, o que aconteceu por apenas um dia. Diz-se que Goebbels permitiu a sua mulher, Magda, matar os seus seis filhos pequenos. Pouco depois, Goebbels e sua mulher cometeram suicídio.





Vida

Filho do contabilista Friedrich Goebbels e de sua esposa Marian (nascida Oldenhausen), nasceu em Rheydt (hoje Mönchengladbach) na Renánia no seio de uma família católica. Em vez de se tornar padre, como queriam os pais, estudou literatura e filosofia. Quando se ofereceu como voluntário para o serviço militar no início da Primeira Guerra Mundial, foi rejeitado por ter uma perna 10 centímetros mais curta do que a outra, em virtude de, quando criança, ter sofrido intervenção cirúrgica no fémur, comprometido por um ataque de osteomielite.

Finda a Primeira Guerra Mundial, Goebbels vive uma crise existencial. Esteve desempregado muito tempo, apesar do seu diploma. Escreveu algumas obras de poesia, embora fosse rejeitada a sua publicação.

Rejeitava o capitalismo, a democracia, que associava ao caos político da Alemanha na República de Weimar. Desprezava a modernidade. Torna-se um anti-semita fanático. Rejeitou mesmo uma rapariga com quem namorava (Else Janke) quando soube que ela tinha mãe judia. Para ele, os judeus e os comunistas eram os culpados da crise económica e política. Nestes anos, Goebbels teve um emprego como funcionário bancário, ao qual não dava grande importância. Estava num processo de busca e viu finalmente em Hitler a pessoa que incorporava as suas ideias e esperanças.

Em 1922, Goebbels aliou-se ao Partido Nazista, sendo o mais fervoroso de todos os apoiantes de Hitler, sendo mesmo ele quem ficou junto do seu Führer durante os seus últimos dias de vida. Era o chefe da propaganda Nazista e a sua fabulosa capacidade de organizar movimentos e de exprimir as ideias Nazistas levou-o a ser o segundo homem mais importante da era Nazi.

A sua ascensão no sistema do movimento nazi começa como secretário pessoal de Gregor Strasser nas zonas da Renánia e de Vestfália. A partir de 1 de Outubro de 1925 passou a ser um dos editores do jornal de propaganda nazista "Die Nationalsozialistischen Briefe". Joseph Goebbels ficou célebre pelo seu ódio aos judeus, o qual exprimiu raivosamente no discurso de 1933 no Sportspalatz da seguinte forma: "Sie sollen nicht lügen, eimal wird unsere geduld zu ende sein und dann wird den Juden, das freche Lügenmaul gestopft werden.", traduzindo, "Eles não deviam mentir. Um dia a nossa paciência chegará ao seu fim e nós vamos calar a boca a esses Judeus insolentes e mentirosos". O seu ódio ao Comunismo foi expresso de igual forma. A sua habilidade de transparecer as ideias Nazistas como uma salvação é extraordinaria. O próprio crime em si, se não contra o regime, passa a não o ser. Muitos consideram Joseph Goebbels o maior propagandista político de sempre. Várias fontes dúbias apontam Joseph Goebbels como um Comunista, facto que se revela completamente mentira, já que fora o próprio que incitara toda a violência e discriminação contra os mesmos e fora também quem influenciara o seu Führer a violar o pacto com os Socialistas Soviéticos.

Em Berlim, Goebbels, que tinha sido nomeado Gauleiter por Hitler, torna-se editor do jornal Der Angriff (o Ataque), um jornal propagandista nazista, publicando constantemente difamações anti-semitas. Em Berlim, o principal visado das tiragens anti-semitas do jornal Der Angriff foi o chefe da polícia municipal de Berlim o Doutor Bernhard Weiss, um jurista que era judeu.

Antes de se suicidar, nas etapas finais da Segunda Guerra Mundial, Hitler, em seu testamento escrito no Bunker onde se suicidou, nomeou-o Chanceler da Alemanha - e Karl Dönitz como Führer -, quando os tanques soviéticos tinham entrado em Berlim e já se era claro que a Alemanha tinha perdido a guerra. A 1 de Maio de 1945, Goebbels e sua esposa assassinaram seus seis filhos (Helga, Hilde, Helmut, Holde, Hedda e Heide) e depois cometeram suicídio com a ajuda dos seus guarda-costas da SS.

Assim como ocorreu com Hitler, os detalhes da morte da família Goebbels não foram esclarecidos. Ainda que esteja comprovado o envenenamento com cianureto, alguns asseguram que atirou em si mesmo; de qualquer forma, ao serem encontrados pelos soviéticos, seus corpos estavam carbonizados demais para se determinar o que havia acontecido. Foi o primeiro homem a utilizar a expressão "Heil Hitler".

Tudo sobre o Cancro e como preveni-lo



Hoje é o dia mundial de luta contra o cancro, uma doença que, segundo as estatísticas, é a doença que mais mata em todo o mundo. Saiba tudo sobre o cancro e como prevenir-se desse malefício aqui.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Jornada Académica na ULCVBLS




A coordenação do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade Lusófona de Cabo Verde Baltasar Lopes da Silva vai levar a cabo uma jornada academicocientífica no próximo dia 15 de Fevereiro, Domingo.

Serão apresentados trabalhos científicos desenvolvidos por grupos de estudantes da UNLCVBLS e da UniCV. A actividade que abordará temas como Filosofia, Escrita e Teatro está a ser coordenada pelo Professor de Comunicação Interpessoal, Dr. Alfredo Brito, e discentes da ULCVBLS.

O cartaz acima representado diz respeito a uma peça teatral que será apresentadano âmbito dessa jornada.

Bibliotecas Virtuais



Project Gutenberg - mantido por voluntários, importante site com obras integrais disponíveis gratuitamente: http://www.gutenberg.org/

Biblioteca Central - localize os livros das bibliotecas da UFRGS: http://www.biblioteca.ufrgs.br/

Bibliotheca Alexandrina - conheça a instituição criadaà sombra da famosa biblioteca, que sumiu há mais de 1.600 anos: www.bibalex.org/website

Internet Public Library - indica páginas em que se podem ler documentos sobre áreas específicas do conhecimento: http://www.ipl.org/

LibDex - índice para localizar mais de 18 mil bibliotecas do mundo todo e seus sites: http://www.libdex.com/

Biblioteca Virtual - Literatura - pretende reunir grandes obras literárias: http://www.biblio.com.br/

Cultvox - serviço que oferece alguns e-livros gratuitamente e vende outros: http://www.cultvox.com.br/

eBooksbrasil - livros eletrônicos gratuitos em diversos formatos: http://www.ebooksbrasil.org/

Usina de Letras - divulga a produção de escritores independentes: http://www.usinadeletras.com.br/

Virtual Book Store - literatura do Brasil eestrangeira, biografias e resumos: http://www.vbookstore.com.br/
CIENTÍFICOS

Banco de Teses - resumos de teses e dissertações apresentadas no Brasil desde 1987: http://www.capes.gov.br/

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - textos integrais de parte das teses e dissertações apresentadas na USP: http://www.teses.usp.br/

ProQuest Digital Dissertations - sistema para pesquisar resumos de teses e de dissertações: www.lib.umi.com/dissertations
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Retirados da Lista de Bibliotecas do Blog: http://webvecchi.blogspot.com/2008/02/bibliotecas-virtuais.html

domingo, fevereiro 01, 2009

Dúvidas da Língua Portuguesa 1




TER HAVIDO - é impessoal

"A fiscalização notou ter (terem) havido irregularidades na construção do prédio X.
Qual é a forma correcta?"

O verbo haver com o significado de "existir", ou em expressões de tempo, apenas se conjuga na terceira pessoa do singular. Nestes casos, é considerado um verbo impessoal.

Ex.: " muitas pessoas interessantes"
"Havia já alguns anos que tinha partido"

Deste modo, a "forma correcta" é "ter havido".
A respeito do uso do verbo haver (incorrecto uso, diga-se!), António Manuel Pires Cabral no depoimento "Morrer, mas devagar", incluído na obra Estão a Assassinar o Português!, conta-nos um curioso episódio:

"Numa daquelas longas reuniões de conselho de turma, na escola do Porto, onde fiz, já lá vão uns anos, o meu estágio pedagógico, desabafou certa vez uma mestra de Grafias, a justificar os sete e oitos que ferviam na sua coluna de pauta:
«- Haviam alunos que nem escrever o nome sabiam!
Ao que replicou o Dr. Proença, o excelente Dr. Proença, veterano professor de Português, beirão pequeno mas rijo, grande contador de histórias e conversador com professores novatos:
«- Haviam e ainda hão!
Ignoro se a mestra de Grafias percebeu a ironia do remoque."


Fonte: Edite Estrela in: Dúvidas do Falar Português II