Os bons terão sempre lugar no jornalismo

Antigo director da Televisão de Cabo Verde, Daniel Medina é Professor Doutor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no curso de Ciências da Comunicação. Jornalista, cronista de rádio e jornal, comentador da televisão, Medina é um comunicador nato. Nha Terra Online foi conhecer o autor de Pela Geografia do Prazer que se prepara para lançar novo livro no mercado e saber a sua opinião sobre o jornalismo caboverdiano, a sua vida de docente, entre outras questões.

Banalização da Profissão de Jornalismo em Cabo Verde

Em vários artigos nossos publicados em Cabo Verde temos vindo a alertar o Governo e aos cidadãos, pela degradação galopante do nosso “jornalismo”. Colocamos aqui a palavra jornalismo entre aspas, porque em nosso entender não existe o jornalismo cabo-verdiano.

Diversidade de Cursos na Comunicação

Uma das causas apontadas para menos vestibulandos interessados em Jornalismo é o número de opções relacionadas à comunicação. Muitos com vocação para cinema e fotografia, por exemplo, acabavam no curso por falta de opção. Existem alguns cursos de graduação e de tecnologia que podem estar por trás do fenômeno.

Como fazer um Resumo

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.

Bibliotecas Virtuais

grande referência na área de bibliotecas virtuais, com os sites mais importantes para informação e comunicação sobre ciência e tecnologia

sexta-feira, outubro 29, 2010

PROGRAMAÇÃO MULTIMEDIA - Programa


Ciências da Comunicação (Especialização em Audiovisual e Multimédia) - 3.º ano

Docente: Carla Presa



PROGRAMAÇÃO MULTIMEDIA


OBJECTIVOS:

• Construção de páginas de Internet;

• Dar ao aluno conhecimentos necessários para projectar, criar, publicar e efectuar manutenção
de páginas para a Internet;

• Adquirir capacidades em linguagens de programação para web;

• Domínio do editor de HTML Dreamweaver.


CONTEÚDOS:

• Noções básicas sobre a Internet;

• Planeamento e configuração da estrutura de um site. Acessibilidade. Usabilidade.
Navegabilidade;

• Aprendizagem de como executar/transformar imagens para a web. Resoluções de formatos digitais;

• Visionamento e análise crítica de diversos layouts para web. Exemplos de trabalhos profissionais do panorama nacional e internacional;

• HTML, CSS, XML, xHTML, Javascript.

OPERAÇÃO DE CÂMERA E VIDEO I: Programa




Ciências da Comunicação (Especialização em Audiovisual e Multimédia) - 3.º ano

Docente: Carla Presa


OPERAÇÃO DE CÂMARA E VÍDEO I OBJECTIVOS:

• Criar e desenvolver aptidões técnicas para a utilização correcta e metódica do material recolhido, bem como da ferramenta de trabalho;

• Familiarizar o aluno com os principais conceitos e métodos da área de vídeo, desenvolvendo uma base analítica e criativa, sentido critico e autonomia;

• O objectivo desta disciplina é ensinar o aluno a criar e a desenvolver um projecto de vídeo:
- tipo de projecto;
- construcção da narrativa;
- captação, recolha, tratamento e selecção de imagens e vídeos;
- captação, produção e tratamento de áudio;
- edição de vídeo.


CONTEÚDOS:

• Introdução e contextualização das diferentes ferramentas e instrumentos de trabalho que irão ser utilizados;

• Aprendizagem de conceitos e nomenclatura da linguagem audiovisual;

• Aprendizagem e exploração da câmara de filmar e suplementos;

• Conhecimento de diferentes tipos de projectos, regras e princípios (notícia, reportagem, vídeo institucional, anúncio, etc.);

• Conhecimento dos diversos canais de transmissão. Adequação do projecto ao canal de transmição;

• Construção da narrativa. A“Timeline”;

• Compreender e explorar a ferramenta de trabalho;

• Captura e importação de vídeo;

• Desenvolver conhecimentos de montagem de vídeo com imagem e som;

• Adquirir conhecimentos de composição e edição de vídeo;

• Visionamento, análise e reflexão crítica de diversos exemplos de trabalhos profissionais do panorama nacional e internacional (excertos de filmes, reportagens, vídeos institucionais, videoclips, curtas);

• Compreender e explorar as ferramentas de trabalho de áudio e imagem;

• Inserção de elementos gráficos desenvolvidos na ferrementa Adobe Photoshop;

• Captura, importação e exportação de áudio;

• Inserção de áudio produzido/ modificado na ferramenta Adobe Audition;

• Legendagem, oráculos, criação de fichas técnicas e genéricos;

• Exportação de diferentes projectos para diversos meios: cinema, televisão, publicidade e internet.

Renaissance Europe: Donatello

Falando de Renascimento

As obras renascentistas foram marcadas pela riqueza de detalhes
e a reprodução de traços humanos.


O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval. 

A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo. 

Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga. 

A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e idéias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalização desses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI. 

Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de Petrarca (“De África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem como as pinturas de Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante Cristo Morto”). Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora da Itália, o Renascimento contou com a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as críticas ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura). 

Na fase final do Renascimento, o Cinquecento, movimento ganhou grandes proporções dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal podemos destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”). No campo científico devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos estudiosos Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o monopólio dos saberes desde então controlados pela Igreja. 

Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.


Texto escrito em Português do Brasil
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm

Sobre Donatello



Quem foi

Donato di Niccoló di Betto Bardi, mais conhecido apenas por Donatello, foi um importante escultor italiano do período do Renascimento Cultural. Nasceu em 1386, na cidade de Florença, e morreu em 1466 na mesma cidade.

Biografia e obras principais

Filho de um tecelão de lã chamado Nicolo di Betto Bardi, Donatello foi educado na casa da família Martelli. Seus primeiros conhecimentos artísticos vieram do treinamento que recebeu numa oficina de ourives. Trabalhou também, ainda na juventude, um curto período de tempo na oficina do artista Lorenzo Ghiberti.

Esteve em Roma no começo do século XV e estudou a arquitectura de vários edifícios romanos, além do Panteão.


Em 1405, Donatello retornou para Floreça e deu início a uma série de trabalhos. Fez duas pequenas estátuas de profetas para a Catedral de Florença. Em 1408, trabalhou na elaboração do Duomo de Florença, participando com a escultura "Davi", feita em mármore.

No ano de 141, terminou um de suas grandes obras, a estátua de "São João Evangelista". Exposta no portal central do Duomo, esta obra destacou-se por sua composição clássica e humana, sendo que foi realizada com estudos anatômicos.

Em 1417, terminou a escultura de "São Jorge" que havia sido encomendada pela guilda dos artesãos que fabricavam armaduras.

Em 1423, realizou uma outra importante obra, a escultura de "São Ludovico em Tolosa".

Entre os anos de 1415 e 1426 fez cinco esculturas para o Duomo: "O Profeta imberbe", "O Profeta barbudo", "O Sacrifício de Isaac", "Profeta Abacuc" e "O Profeta Jeremias".

Entre os anos de1425 e 1427 trabalhou junto com artista plástico Michelozzo na produção do Battistero, monumento fúnebre do Papa João XXII. Neste trabalho, Donatello esculpiu em bronze o corpo do papa morto.

No começo da década de 1430, fez importantes trabalhos na cidade de Roma. Esculpiu, para a Basílica de São Pedro, o "Tabernáculo do Sacramento" (obra que terminou em 1433).

Entre os anos de 1437 e 1443, trabalho na porta da Igreja de São Lourenço. Esculpiu “Apóstolos”, “Cosme e Damião”, “Mártires” e “Doutores da Igreja”.

Entre os anos de 1443 e 1450, elaborou mais uma grande obra. Foi para a cidade de Pádua esculpir uma estátua equestre, em mármore, de Erasmo de Narni, conhecido como Gattamelata. Donatello usou como inspiração desta obra a estátua equestre de Marco Aurélio em Roma.

HISTÓRIA E TEORIA DA FOTOGRAFIA



PROGRAMA

Professora: Maísa Vieira

Objectivos (competências do aluno):

Identificar e analisar o papel da fotografia ao longo da sua história.


Conteúdos Programáticos:

1.Algumas notas para uma arqueologia do olhar moderno

1.1. O movimento de geometrização do olhar.

A perspectiva artificial do Quatrocentto ; Outros mecanismos de reprodução da verdade do visível (câmaras lúcidas; câmaras obscuras, Janelas quadriculadas, etc ) ; as imperfeições da mão, demasiado humana, e os augúrios do mecânico e de uma visão “corrigida” e protésia ; Perscrutar o visível e os seus limites : as lentes, os telescópios, os microscópios e outros aparelhos da pulsão escópica ; Os discursos legitimadores da verdade do visível : o discurso científico (Descartes, Huygens, Kepler, Bacon , Leibniz).

1.2. A invenção da Fotografia.

Os princípios mecânicos e químicos da fotografia e os primeiros inventores e fotógrafos: Daguerre, Henri-Fox Talbot, Nadar, Disderi; Uma imagem que se faz a si mesma : as magias da reprodução mecânica e o surgimento do novo e dos seus espantos. Uma visão detalhada.


2. Os usos da Fotografia.

2.1. A Fotografia e a vida Moderna no final do século XIX.

Dos primeiros retratos dos burguedes à democratização da “apresentação de si” , A contestação do valor artístico da fotografia : separação entre indústria e arte (Baudelaire, Delacroix) ; O principio do fim da teoria mimética da arte: o caminho para o abstraccionismo ; Fotografia e Impressionismo; A Obra de Arte na era da sua reprodutibilidade técnica : reflexão em tomo do famoso texto de Walter Benjamin (bem como de outros textos seus, tais como “Pequena história da fotografia” e o inacabado Das Passagenwerk).

2.2. Os usos disciplinares da fotografia.

A fotografia criminal segundo os métodos de Bertillon; A fotografia médica de Charcot; O dispositivo fotográfico e a sujeição dos corpos : reflexão em torno de algumas relações do fotógrafo e do político. Michel Foucault e o panóptico como dispositivo disciplinar (Vigiar e Punir).

2.3. O nascimento do fotojornalismo.

Alguns precursores : Sander, Brichh Salomon, Roger Fenton; O lugar da fotografia no jornal: os repórteres fotográficos de alguns grandes jornais, o aparecimento das agências de imagem : o caso da Magnum ; A fotofrafia de guerra.

2.4. Cultura de Massas e Fotografia.

A visão como consumo através da visão; Pulsão escópica e dinheiro; O Punctum fotográfico: a Câmara Clara (Roland Barthes) e a Câmara Obscura – inconsciente fotográfico (Vaccari).


3. Apontamentos sobre o estatuto semiótico da fotografia.

3.1. Índice, Ícone e Símbolo a partir de Charles S.Peirce.

3.2. A evidência do quotidiano e a fotografia como prova: um modelo detetivesco da fotografia (segundo E.R. Oliveira).


Metodologia:

As actividades em sala de aula serão desenvolvidas da seguinte forma:

Aulas expositivas, com exemplos práticos .


Avaliação:

Seminários, Avaliações periódicas e apresentação de trabalhos, peso 50.

Provas em sala de aula peso 50.

Datas de entrega e critérios de avaliação especificados no material das ACTIVIDADES DE AVALIAÇÃO.


Bibliografia


Adorno, Teoria Estética Ed.70

Barthes,Roland, A Câmara Clara , Edições 70, Lisboa , 1979.

· Baudrillard, Jean, A Sociedade de Consumo, Ed.70, 1980.

· Baxandall, L’Oleil du Quattrocentto, Paris, Ed. Gallillée, 1985.

· Bazin, André, O que é o Cinema? Ed. Horizonte.

· Benjamin, Walter, Filosofia, História, Linguagem e Política, Lisboa, Relógia d’ Água.

· Bordieu. Pierre, Un Art Moyen, Minuit.

· Charcot, J.M., e Richter, P., Les Démoniaques dans l’art, Mçula, Paris, 1984.

· Damish , L´origine de la perspective, Paris, Champs/ Flammarion, 1987.

· Debray, Régis, Vie et Mort de l ‘ image, Une histoire du regard en occident, Paris, Gsllimard, 1992.

· Deleuze,Gilles, Cinéma 1 : L´ imagem – Mouvement, Minuit , Paris, 1983.

· Deleuze, Gilles , Cinéma 2 : L’ image – Temps , Minut, Paris, 1985.

· Descartes, Réné, Oeuvres Philosophiques – Tome 1 , Garnier Fréres , Paris, 1963.

· Didi – Huberman , Georges, L´invention de la Hystérie : Charcot et l’ iconographie Photographique de la Salpêtrière , Macula , Paris , 1982.

· Dubois , Phillipe, O Acto Fotográfico , Vega Editora.

· Foucault , Michel, L´ ordre do Discours, NRF – Gallimard, Paris, 1974.

· Foucault Michel, Naissance de la Clínique , NRF – Gallimard, Paris, 1975.

· Foucault , Michel, Surveiller et Punir, NRF – Gallimard, Paris, 1975.

· Frade, Pedro M.,Figuras do Espanto, A Fotografia antes da sua cultura , Lisboa, Ed Asa,1992.

· Freund, Gisélle, Fotografa e Sociedade , Lisboa, Veja Editora.

· Gernsheim, Helmut e Alison, History of Photography, London, 1969.

· Newhall, Beaumont, The Daguerreotype in AMERICA, N.Y. 1961.

· Panofsky, Erwin, A Perspectiva como forma simbólica, LIisboa, Ed.70.

· Platão, A Républica, Ed. Calouste Gulbenkian.

· Sotag, Susan, Ensaios sobre Fotografia, D.Quixote, 1986.

· Vaccari, Fraco , La photographie et l’ inconscirnt technologique, Créatis, 1981.

· Virilio, Paul, La Machine de Vision , Paris, Gallillée, 1988.