Os bons terão sempre lugar no jornalismo

Antigo director da Televisão de Cabo Verde, Daniel Medina é Professor Doutor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no curso de Ciências da Comunicação. Jornalista, cronista de rádio e jornal, comentador da televisão, Medina é um comunicador nato. Nha Terra Online foi conhecer o autor de Pela Geografia do Prazer que se prepara para lançar novo livro no mercado e saber a sua opinião sobre o jornalismo caboverdiano, a sua vida de docente, entre outras questões.

Banalização da Profissão de Jornalismo em Cabo Verde

Em vários artigos nossos publicados em Cabo Verde temos vindo a alertar o Governo e aos cidadãos, pela degradação galopante do nosso “jornalismo”. Colocamos aqui a palavra jornalismo entre aspas, porque em nosso entender não existe o jornalismo cabo-verdiano.

Diversidade de Cursos na Comunicação

Uma das causas apontadas para menos vestibulandos interessados em Jornalismo é o número de opções relacionadas à comunicação. Muitos com vocação para cinema e fotografia, por exemplo, acabavam no curso por falta de opção. Existem alguns cursos de graduação e de tecnologia que podem estar por trás do fenômeno.

Como fazer um Resumo

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.

Bibliotecas Virtuais

grande referência na área de bibliotecas virtuais, com os sites mais importantes para informação e comunicação sobre ciência e tecnologia

sábado, janeiro 31, 2009

Para reflexão...



Imaginem que se pudesse dar tal ordem: "Acabem com o Ensino Superior em Cabo Verde!"

É pois impensável. Como poderíamos interromper o jogo económico que são os investimentos privados que empregam gente e pagam impostos, adicionado aos milhares de contos das famílias que circulam por essa via? Como poderíamos ter tamanho recuo político, interno e externo? Como podíamos prescindir deste atractivo ao investimento estrangeiro baseado na mão-de-obra altamente qualificada?

A pergunta mais importante: que alternativas teriam os milhares de alunos que completam o 12º? As do passado faliram.Ensino Superior em Cabo Verde já é vital, mas, convenhamos, como está também não dá! A começar pela quantidade de instituições privadas, que me parece de um aparecimento facilitado demais.

Periga acontecer o que aconteceu com o grogue: na falta de cana para tanta produção, legaliza-se a fabricação através do açúcar. Ou seja, baixamos as exigências quanto ao nível dos professores, do equipamento e material didáctico, dos currículos, das certificações e acreditações, para permitir tamanha proliferação. Formamos técnicos à marretada, porque o sistema precisa andar.

A crise desponta. Já temos arquitectos formados no país que a Ordem de Arquitectos não reconhece. A Ordem de Engenheiros segue a mesma linha. É o sistema confrontar-se consigo próprio, auto regulando-se. Resta saber como vai se auto regular: reenviamos os alunos à escola, ou continuamos a baixar o nível para que a mediocridade continue a passar?

A Educação que aprenda com a sua irmã Justiça, que políticas mal direccionadas acabam mal.

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Como Elaborar Textos




GUIÃO PARA PRODUÇÃO DE TEXTO DESCRITIVO
Descrever é um processo no qual se empregam os sentidos para captar uma realidade e transportá-la para o texto. Descrever é, assim, pintar com palavras, mostrar aos leitores ou ouvintes, através de palavras, como é uma pessoa, um ambiente, um objecto ou, até mesmo, um sentimento ou emoção. Aquando da produção de um texto descritivo, seja enquanto sequência que compõe um outro tipo de texto seja enquanto dominante textual, propõe-se a adopção da seguinte metodologia de trabalho:
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_teexto_descritivo.pdf


GUIA PARA A ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Existem Normas Portuguesas para a elaboração de referências bibliográficas. O cumprimento destas normas significa uniformidade e facilita a compreensão do que é referenciado. Para além das normas nacionais, existem Normas Estrangeiras.
De acordo com as normas nacionais, a citação de referência identifica, de forma breve, a fonte (ideia ou excerto) e permite ao leitor localizá-la na lista de referências bibliográficas, no final do artigo/estudo.
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guia_para_elaboracao_referencias_bibliograficas.pdf


FAZER UMA CONTRACÇÃO
A contracção de um texto-fonte é uma operação de condensação da informação que consiste em produzir um texto novo em que as ideias ou unidades significativas e fundamentais do primeiro aparecem praticamente transcritas no segundo. Para além da aplicação das regras de supressão e de selecção (já referidas no resumo), transformam-se construções frásicas complexas em estruturas mais simples; mantém-se a sequencialização e a ordenação das ideias do texto-fonte.
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_elaboracao_de_uma_contraccaosintese.pdf


RESUMO
1. Resumir um texto é condensar as ideias principais, respeitando o sentido, a estrutura e o tipo de enunciação, com a ajuda do vocabulário e do estilo pessoais do aluno. Resumir é uma técnica, pelo que a prática é indispensável para a sua aquisição. Trata-se de um exercício de inteligência, implicando capacidade de rigor, de cultura e de escrita.
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_elaborar_resumo.pdf


GUIÃO PARA EXPOSIÇÃO ORAL
A exposição oral é um dos exercícios de expressão mais praticados na maior parte das aulas; não obstante, também é frequente realizá-la no quotidiano, para partilhar informação.
Seja para expor ideias acerca de determinado tema, para apresentar factos ou situações ou para organizar a informação obtida num trabalho de pesquisa, alunos e professores dirigem-se aos restantes elementos da turma, num tom mais académico e objectivo, com o propósito de transmitir informação útil. A exposição de um tema é, assim, o desenvolvimento do seu conteúdo face a um público ouvinte. Há que considerar dois aspectos: o conteúdo e o modo de transmiti-lo.
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_exposicao_oral.pdf


GUIA PARA PESQUISA DE INFORMAÇÃO
Para atingir, de forma eficaz, os objectivos visados, um trabalho de pesquisa de informação deve ser previamente preparado e planificado. Apresenta-se a seguir a metodologia a adoptar, de acordo com as diferentes etapas do desenvolvimento do trabalho. Enunciam-se as competências a desenvolver e os objectivos de cada etapa. Deve ter em conta as orientações fornecidas.
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_pesquisa_de_informacao.pdf


GUIÃO PARA PRODUÇÃO DE TEXTO DESCRITIVO
Descrever é um processo no qual se empregam os sentidos para captar uma realidade e transportá-la para o texto. Descrever é, assim, pintar com palavras, mostrar aos leitores ou ouvintes, através de palavras, como é uma pessoa, um ambiente, um objecto ou, até mesmo, um sentimento ou emoção. Aquando da produção de um texto descritivo, seja enquanto sequência que compõe um outro tipo de texto seja enquanto dominante textual, propõe-se a adopção da seguinte metodologia de trabalho:
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_teexto_descritivo.pdf


GUIÃO PARA PRODUÇÃO DE TEXTO NARRATIVO
Narrar é contar um facto ou acontecimento de modo a captar a atenção do leitor. É indispensável que exista uma acção, protagonizada por personagens que se movem no espaço e no tempo. O narrador pode participar ou não na história que narra. Não esqueça que a capacidade de uma narrativa prender o leitor depende de factores como:
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_texto_narrativo.pdf


GUIÃO PARA UM TRABALHO DE GRUPO
Detesto discussões, principalmente porque, por vezes, nos fazem mudar de opiniões.
Oscar Wilde

Regra de ouro
Um trabalho de grupo não pode ser uma manta de retalhos, onde cada pedaço é feito por um aluno, que depois se juntam, misturados de qualquer forma e pronto, aí está o produto final: o resultado será certamente um horror! Muito cuidado! Esta é a forma errada de trabalhar em grupo. O trabalho de grupo pode ser um quebra-cabeças, se não for montado colectivamente por todos os elementos do grupo. Para isso, é preciso uma boa organização, bom senso e muito trabalho. O trabalho de grupo pode ser uma óptima experiência, uma boa oportunidade para partilhar ideias, respeitar opiniões e desenvolver potencialidades.
http://www.dpedrov.edu.pt/becre/files/guiao_para_um_trabalho_de_grupo.pdf

A censura na história




A censura é tão antiga quanto a sociedade humana. Mas para algumas pessoas ela representa a violação do direito de livre expressão; para outras representa um instrumento necessário à defesa dos princípios morais.


A censura existe, de alguma forma, em todas as comunidades humanas, presentes ou passadas e em qualquer parte do mundo. De forma política, moral ou religiosa, a censura baseia-se em certos princípios reunidos em uma ideologia pré definida que orienta sua actividade fiscalizadora e/ou repressora. No entanto, em alguns casos, tem servido para encobrir interesses particulares de pessoas ou de grupos. Exerce-se a censura por meio do exame e da classificação do que se considera imoral, crime, pecado, heresia, subversão ou qualquer outro acto susceptível de supressão e/ou punição exemplar. Do ponto de vista da forma pela qual é exercida, a censura pode ser preventiva, repressiva e indirecta. Censura prévia ou preventiva é o direito que tem o governo de exercer vigilância sobre a publicação de livros ou periódicos, assim como da encenação de peças teatrais, fora da intervenção dos tribunais. Em muitos países, no entanto, a censura ao texto impresso é feita após a publicação, de acordo com o princípio segundo o qual o cidadão deve assumir a responsabilidade de seus actos. Nesses casos, a censura chama-se punitiva ou repressiva. Estudos sociológicos mostram que o maior rigor da censura, do ponto de vista da moral sexual, coincide com a ascensão política da classe média, possivelmente porque essa supremacia só se mantém pelo trabalho e dos hábitos morigerados, virtudes que seriam abaladas pelo maior relaxamento sexual. Já a aristocracia, quando está no poder, não dá a mesma importância a esse aspecto.

A Grécia antiga foi a primeira sociedade a elaborar uma justificativa ética para a censura, com base no princípio de que o governo da pólis (cidade-estado) constituía a expressão dos desejos dos cidadãos, e que portanto podia reprimir todo aquele que tentasse contestá-lo. Mesmo na sociedade ateniense, mais liberal, alguns delitos de opinião podiam ser punidos com a morte, como prova a execução de Sócrates, obrigado a beber cicuta ao ser condenado por irreligiosidade e corrupção dos jovens. O respeito a alguns princípios de ordem parecia tão arraigado na sociedade de Atenas, que até mesmo Platão, discípulo de Sócrates, defendia a censura como um dos requisitos essenciais ao governo. Durante todo o período medieval as autoridades eclesiásticas impuseram uma rígida concepção do mundo, com base em princípios que se queriam eternos e imutáveis. Os tribunais do Santo Ofício exerciam uma censura de carácter moral, político e religioso, sendo os réus submetidos a torturas, a longos períodos de prisão ou à morte na fogueira.

Depois da Reforma Protestante, o clima geral de intransigência religiosa, tanto nos países católicos quanto nos protestantes, deu ensejo ao recrudescimento das práticas repressoras. A Igreja Católica publicou, durante o Concílio de Trento, o Index librorum prohibitorum, relação de obras cuja leitura era terminantemente proibida aos fiéis. Nos países protestantes, as proibições não se limitavam aos livros católicos, mas também aos de outras igrejas reformadas. Na Grã-Bretanha, por exemplo, o anglicanismo oficial reprimiu severamente a defesa pública do puritanismo. No mundo moderno alguns factores impuseram várias modificações no conceito de censura. Tal processo foi fruto de um longo trabalho de educação que permitiu um espírito crítico mais aguçado; a disseminação de obras, desde as artísticas às de informação, como as enciclopédias, diminuíram o grau de desinformação e minimizaram superstições e preconceitos. Mesmo assim, o século XX assistiu ao nascimento e derrota de regimes tragicamente autoritários, em que a censura teve uma actuação patológica pelo rigor com que foi exercida e pela virulência de seus princípios. Assim ocorreu na Europa, com o governo nazista na Alemanha, fascista na Itália, franquista na Espanha e salazarista em Portugal.

Em nome do socialismo, a União Soviética e todos os países do bloco socialista, assim como Cuba, China e demais países socialistas da Ásia, adoptaram uma censura tão rigorosa e obscurantista quanto a do fascismo e nazismo. O movimento da contracultura e pelos direitos civis, nascido nos Estados Unidos e disseminado em todo o mundo, trouxe uma mudança radical de padrões e valores, que muito contribuiu para o desprestígio da censura e o fortalecimento da democracia.

Polaroid anuncia o fim da foto instantânea



A Polaroid, companhia dedicada à fabricação e distribuição de câmeras e filmes fotográficos instantâneos, anunciou no passado sábado o fim de sua produção da foto instantânea.

A empresa anunciou o encerramento de estabelecimentos nos Estados Unidos e México onde eram produzidos os filmes que abasteciam a máquina fotográfica.

A Polaroid nasceu em 1937, produzindo lentes polarizadas para uso cientifico e militar.


Impressoras

Em janeiro, a fabricante apresentou uma impressora portátil para celulares e câmeras digitais que pesa apenas 220 gramas.

A impressora, lançada na CES (Consumer Electronics Show), em Las Vegas, pode ser conectada a um telefone móvel ou a uma câmara digital com tecnologia Bluetooth ou por meio de uma porta USB.

O aparelho imprime fotos em um tamanho de 5 centímetros por 7,6 centímetros, que também podem ser usadas como adesivos.

A grande novidade é que a impressora não utiliza tinta, mas uma nova tecnologia de impressão termal desenvolvida pela empresa americana Zink Imaging, que usa calor para activar minúsculos cristais de cor no papel.

terça-feira, janeiro 27, 2009

A semiótica e as artes




As artes, nas suas mais variadas formas, da literatura ao teatro, à pintura, à música e ao cinema, etc., têm sido um dos campos de maior investigação semiótica. As razões para isso são várias. Desde logo por as artes se tratarem de um campo ainda por explorar em termos teóricos, não reivindicados ainda por disciplinas já consolidadas. Depois por as artes serem formas de expressão e de comunicação de algum modo afins à linguagem. O sucesso da abordagem semiótica às linguagens naturais e artificiais constituía um indício promissor para a abordagem semiótica às artes. Por fim, e sobretudo, por as artes serem actividades eminentemente simbólicas do homem, actividades em que este utilizando materiais, formas, cores e sons, representa e significa algo para lá das entidades físicas concretas que servem de suporte às realizações artísticas.

Uma forma usual de investigar semioticamente as artes é compará-las à linguagem, tomá-las como formas de expressão e de comunicação, imbuídas de uma certa mensagem a descodificar. A utilização do termo linguagem relativamente ao teatro, à pintura e ao cinema, vai neste sentido. Falar da linguagem do teatro ou da linguagem do cinema significa, por um lado, um dizer de uma mensagem por parte do teatro e do cinema, e, por outro, a existência de regras de organização do teatro e do cinema semelhantes às regras de organização da língua. Daí que as investigações semióticas aplicada às artes usem a metodologia linguística. O exemplo talvez mais conhecido seja a aplicação que Christian Metz fez ao cinema do modelo estruturalista da linguagem.

A abordagem semiótica da arte pode então ser feita de uma perspectiva semântica, interrogando as formas de significação e os tipos de significado presentes numa determinada obra de arte. A questão aqui é acerca de uma mensagem que a obra de arte veicula (que mensagem? como a veicula? com que adequação?). Pode também ser uma abordagem tipicamente sintáctica, preocupada sobretudo com a organização das partes, simultâneas ou sucessivas, do objecto artístico. É neste sentido que usualmente se fala de gramáticas do cinema ou do teatro. Neste campo uma das tarefas primordiais da semiótica é investigar as partes do todo, isolá-las (segmentar o mais possível o todo da obra), estudar as relações existentes entre as partes e as relações entre o todo e as partes. Por fim, a abordagem pragmática visa o estudo das relações da obra de arte ao seu contexto, ou melhor, aos seus contextos, e também as relações que produtores e receptores (consumidores) estabelecem com ela. A introdução do texto na área dos estudos linguísticos, ultrapassando as fronteiras exíguas da análise frásica, não deixou de ter repercussões no estudo do teatro e do cinema, subsumidos agora à categoria da narração. Aqui a semiótica narrativa pode traçar o percurso generativo do sentido, desde as estruturas semióticas profundas, as sintácticas e as semânticas, até chegar à estruturas discursivas de superfície.

Relativamente ao estudo semiótico das artes há que o demarcar da investigação estética. A semiótica das artes não se confunde com a estética. Esta aborda a obra de arte sob a perspectiva do belo, visando uma judicação estética. A estética tem uma abordagem valorativa da obra de arte. A semiótica por seu lado tem uma abordagem descritiva, não valorativa. O que a semiótica faz é analisar as obras de arte na sua dimensão simbólica e significativa, e consequentemente nas suas estruturas de significação. Quando a semiótica estuda um filme, por exemplo, não o faz numa atitude de avaliação estética, mas sim num posicionamento analítico das formas de representação, significação e comunicação. É claro que os resultados semióticos podem servir de base a uma avaliação estética, só que esta já não é propriamente de cariz semiótico, mas sim estético.



António Fidalgo
in: Semiótica Geral

sábado, janeiro 24, 2009

Nota de boas vindas




Damos as boas-vindas a todos que acessam a este blog pela primeira vez.

O nosso objectivo é dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos alunos da Licenciatura em Ciências da Comunicação na Universidade Lusófona de Cabo Verde.

Aqui serão expostos artigos de opinião, nossos anseios, assim como muitas curiosidades e nosso trabalho de pesquisa que vamos desenvolvendo ao longo do curso, nas diversas disciplinas, assim como informações sobre a nossa universidade.

Estaremos abertos a qualquer contribuição por parte de todos os discentes da ULCV e de outras universidades.

Esperamos assim contribuir para o conhecimento e ajudar aqueles que virão a ser futuros discentes na nossa área.

Poderão também falar connosco através do mural de recados, à direita.



Os discentes da Licenciatura
em Ciências da Comunicação
Universidade Lusófona de Cabo Verde