Os bons terão sempre lugar no jornalismo

Antigo director da Televisão de Cabo Verde, Daniel Medina é Professor Doutor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no curso de Ciências da Comunicação. Jornalista, cronista de rádio e jornal, comentador da televisão, Medina é um comunicador nato. Nha Terra Online foi conhecer o autor de Pela Geografia do Prazer que se prepara para lançar novo livro no mercado e saber a sua opinião sobre o jornalismo caboverdiano, a sua vida de docente, entre outras questões.

Banalização da Profissão de Jornalismo em Cabo Verde

Em vários artigos nossos publicados em Cabo Verde temos vindo a alertar o Governo e aos cidadãos, pela degradação galopante do nosso “jornalismo”. Colocamos aqui a palavra jornalismo entre aspas, porque em nosso entender não existe o jornalismo cabo-verdiano.

Diversidade de Cursos na Comunicação

Uma das causas apontadas para menos vestibulandos interessados em Jornalismo é o número de opções relacionadas à comunicação. Muitos com vocação para cinema e fotografia, por exemplo, acabavam no curso por falta de opção. Existem alguns cursos de graduação e de tecnologia que podem estar por trás do fenômeno.

Como fazer um Resumo

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.

Bibliotecas Virtuais

grande referência na área de bibliotecas virtuais, com os sites mais importantes para informação e comunicação sobre ciência e tecnologia

sábado, maio 30, 2009

CONVITE



A Universidade Lusófona de Cabo Verde tem o prazer de convidar a todos os discentes a participar no encontro Turismo e Hotelaria – 2009, a decorrer de 2 a 5 de Junho sobre o tema “Desafios do Turismo e da Hotelaria em Cabo Verde 2009”.


Local: Auditório da Universidade Lusófona
Organização: Discentes de Gestão Hoteleira e Turismo


Solicitamos os vossos préstimos no sentido de passar a informação aos alunos que, por ventura, não tenham recebido o convite por mail. O Programa encontra-se afixado no placar da Universidade.


Com os nossos melhores cumprimentos

CGAA
Helena Gomes

quinta-feira, maio 28, 2009

LIVROS

TÍTULO: A Fotografia. História – Estilos – Tendências - Aplicações
AUTOR: Gabriel Bauret
EDITORA: Edições 70
COLECÇÃO: Arte & Comunicação
SINOPSE: Livro que não só realça as particularidades da fotografia, relativamente a outras artes – a pintura ou a literatura – mas também a diversidade do seu mundo e das suas práticas, conjugando a estética, a semiologia e a sociologia.
DISPONIBILIDADE: Biblioteca da Universidade Lusófona Cabo Verde



TÍTULO: Jornalismo de Rádio
AUTOR: Milton Jung
EDITORA: Editora Contexto
SINOPSE: Presente em 96% do território nacional, feito que nenhum outro meio de comunicação consegue equiparar, com um público de noventa milhões de ouvintes, o rádio hoje atinge todas as camadas da sociedade, desde as grandes metrópoles até os locais mais afastados e ermos do país. Com tamanha abrangência, fica fácil entender a importância do jornalismo de rádio, que tem como característica a agilidade em transmitir o fato, tão logo ele acontece.
Nesse processo todos estão envolvidos: editor, repórter, locutor e, especialmente, o ouvinte, que liga para a rádio fornecendo preciosas informações. É precisamente nesse ponto que surge o dilema: divulgar a notícia, garantindo o "furo" de reportagem, ou proceder a uma apuração cuidadosa, verificando a autenticidade da informação? Muitas vezes, o profissional dispõe de apenas alguns minutos para decidir. Com um texto agradável, o autor nos leva para um passeio.
DISPONIBILIDADE: Fazer Download



TÍTULO: Minha Luta
AUTOR: Adolf Hitler
EDITORA: ?
SINOPSE: No dia 1.° de abril de 1924, por força de sentença do Tribunal de Munique, tinha eu entrado no presídio militar de Landsberg sobre o Lech. Assim se me oferecia, pela primeira vez, depois de anos de ininterrupto trabalho, a possibilidade de dedicar-me a uma obra, por muitos solicitada e por mim mesmo julgada conveniente ao movimento nacional-socialistas. Decidi-me, pois, a esclarecer, em dois volumes, a finalidade do nosso movimento e, ao mesmo tempo, esboçar um quadro do seu desenvolvimento. Nesse trabalho aprender-se-á mais do que em uma dissertação puramente doutrinária. Apresentava-se-me também a oportunidade de dar uma descrição de minha vida, no que fosse necessário à compreensão do primeiro e do segundo volumes e no que pudesse servir para destruir o retrato lendário da minha pessoa feito pela imprensa semítica. Com esse livro eu não me dirijo aos estranhos mas aos adeptos do movimento que ao mesmo aderiram de coração e que aspiram esclarecimentos mais substanciais. Sei muito bem que se conquistam adeptos menos pela palavra escrita do que pela palavra falada e que, neste mundo, as grandes causas devem seu desenvolvimento não aos grandes escritores mas aos grandes oradores.
Isso não obstante, os princípios de uma doutrinação devem ser estabelecidos para sempre por necessidade de sua defesa regular e contínua.
Que estes dois volumes valham como blocos com que contribuo à construção da obra colectiva.
DISPONIBILIDADE: Brevemente



TÍTULO: A Globalização da Comunicação
AUTOR: Armand Mattelart
EDITORA: Editora da Universidade do Sagrado Coração
SINOPSE: Os sistemas de comunicação em tempo real determinam a estrutura de organização do planeta. O que se convencionou chamar de mundialização/globalização - o primeiro termo é familiar a todas as línguas neolatinas, o segundo é de origem anglo-saxônica - combina com a fluidez dos intercâmbios e fluxos imateriais transfronteiriços. Este pequeno livro pretende registrar essa nova fase de abertura do mundo, na história das formas sociais que o processo de internacionalização foi assumindo no correr do tempo.
DISPONIBILIDADE: Fazer Download

Frase sobre vida II




William Shakespeare
Dramaturgo Inglês


"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes."

quarta-feira, maio 27, 2009

Santo Antão - a paradise


Santo Antão - Cape Verde


After its dicovery on January 1462, it was colonized by Portugal. Santo Antão is the first Cape Verde's discovered island. It is located in the extreme part of the archipelago and its surface is about 779 Km2.

Santo Antão's population density is near 5.0000 inhabitants and it has an annual mean temperature of 25º C.

That island has two villas (Ribeira Grande and Paúl). Porto Novo arwarded the title of city in 2003.

Santo Antão is a real paradise for those who like adventures at heart, enjoying natural tourism accompanied by wonderful cool feeling.

Santo Antão is known for its famous grog, its delicious swetness, beautiful women and its high mountains. The Santatonenses are hospitable, calm and beautiful.


Stevenn Silva

Síntese dos Caps. I a VIII de "Chiquinho"


Universiade Lusófona de Cabo Verde Baltasar Lopes
Licenciatura em Ciências da Comunicação - 1.º ano
Disciplina: Metodologia de Analíse do Texto e Discurso

Docente: Dr. Carlos A. Delgado

Discentes: Anderson Andrade
Janine Medina
Stevenn Silva


Índice

1. Nota Introdutória
2. Síntese da primeira parte do romance Chiquinho-Capítulos 1-8
3. Conclusão
4. Referências bibliográficas



1. Nota Introdutória

No âmbito da disciplina Metodologia de Analise do Discurso e do Texto, o docente entregou a grupo a tarefa de fazer uma síntese dos oitos primeiros capítulos da primeira parte do romance cabo-verdiano Chiquinho intitulada Infância. Este trabalho tem a finalidade de observar se os nossos conhecimentos acerca deste tema foram sintetizados.


2- Síntese da primeira parte do romance Chiquinho - Capítulos 1- 8

Capítulo 1

Este capítulo centra-se a volta da infância vivida por Chiquinho na sua terra natal; São Nicolau. Ele refere em que condição foi construída a casa em Caleijão, com também acontecimentos ocorridos no seio familiar (partida do seu pai para América, responsabilidade da mãe na criação dos filhos, a doença da avó e as aventuras dos meninos na casa desaguada.

Capítulo 2

Ele refere principalmente a seca ocorrida em 1915, realçando-se como motivo do embarque do pai para América no intuito de procurar uma vida melhor para o sustento da família, além disso a morte da irmã. Também ele recorda com tristeza a partida do mesmo e a influência deste no seio da comunidade de Caleijão, apesar de não possuir qualquer formação académica.

Capítulo 3

Este capítulo baseia-se nas histórias contadas nos serões pela contadeiras, com abordagem da figura ilustre desta noites; Nha Rosa Calita uma velha com aspecto de Camões por lhe faltar um olho. Contudo estas histórias continham lições da vida moral, servidas de ensinamento para os meninos.

Capítulo 4

Com base na leitura o quarto capítulo centra a sua atenção em Pitra Marguida afilhado do pai de Chiquinho, era um homem trabalhador, criador dos animais, sobretudo a sua maneira de ser. Na ausência do padrinho era considerado o homem da casa. Por outro lado a uma razão pela qual este abandonou a casa do padrinho, quando Zepinha (animal) engravidou, por esta razão houve uma zanga de Pitra e Mamãe.

Capítulo 5

Este capítulo traduz-se em três ideias chaves; a amizade de Chiquinho com Nhô Chic´Ana, amigo da família, no qual a sua avó e Nhô Chic´Ana faziam recordações dos tempos antigos, assim como o arrependimento de Nhô Chic´Ana à troca a vida de marinheiro para ser agricultor.

Capítulo 6

O auto neste capítulo fala de Toi Mulato, um rapaz humilde e que cativava o gosto pela paz e harmonia entre os amigos. Este amigo de Chiquinho era diferente dos outros meninos, pois estava atento as histórias de Nhõ João Joana, e o sonho deste em ter uma tatuagem no peito igual ao de Nhõ João Joana.


Capítulo 7

Faz-se referência do surto de duas doenças, Ventona e Cólera, que assolaram a ilha provocando muitos mortos e fuga da população para outras regiões. Outro assunto é a escravatura relatada neste capítulo, um período onde muitos negros aportaram nesta ilha, e com a lei de alforria muitos foram aqueles que prosperam com a sua liberdade, por outro lado aqueles que morreram miseráveis.

Capítulo 8

O autor fala dos seu tio Joca quando vinha à Caleijão, visitar os parentes nunca deixando de lado as suas travessuras, o que deixava a mãe deste furiosa. Desta vez ele trouxe consigo um rapaz para receber a bênção da avó, mas esta ralava-se por seu filho ter muitos filhos. O assunto importante neste capítulo foi a bebedeira do tio que não parava, e família não querendo ver Joca nesta situação, deitaram-lhe algo na bebida de modo que ele deixa-se esta vida, mas ao aperceber desta situação pegou no filho e saiu em direcção à Praia Branca apesar de deixar de lado a bebida.


3. Conclusão

Concluímos que ao longo desses oito capítulos o autor realça informações da sua vida quotidiana vivida em Caleijão; sobretudo a infância passada numa casa construída pelo avô, além das brincadeiras com os amigos. É de realçar a partida do pai para E.U.A, e os anos de fome e doenças que assolaram a ilha.
E para realização deste trabalho foi necessário aprofundar o conceito de síntese de modo a elaborar um trabalho com clareza e concessão. A síntese por ser uma reprodução de um resumo do texto, tentou-se expressar os assuntos importantes dos capítulos acima referidos.


4. Referências bibliográficas

LAMAS, Estela Pinto Ribeiro, PINTO, Jorge Alexandre, SILVA, Maria da Lourdes Borges (Setembro 2007), Técnicas de Expressão oral e escrita- A Síntese, Instituto Superior de Línguas Portuguesas, Setembro de 2007 

LOPES, Baltasar, Chiquinho, Edições Calabedotche, São Vicente, Dezembro de 1997

Amilcar Cabral - um herói



AMÍLCAR CABRAL
1924-1973


Nasceu em Bafatá, Guiné à 12 de Setembro1924 e partiu para Cabo Verde em 1932 com os pais. Completou no Mindelo o curso liceal em 1943 e um ano mais tarde tornou-se trabalhador da Imprensa Nacional na cidade da Praia em 1945. Amílcar Cabral recebeu uma bolsa de estudo, decidindo ingressar no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Em 1950 terminou o curso e começou a trabalhar na Estação Agronómica de Santarém regressando em 1952 a Bissau, contratado para os Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné. Amílcar Cabral recebeu no ano de 1955 uma intimação do governador português para abandonar á Guiné, e resolveu ir para Angola em busca de trabalho onde tornou militante do MPLA. Um ano mais tarde fundou em Bissau junto com outros colegas o PAIGC. Em 1960 o partido abriu uma delegação em Conacry e a China apoiou a formação de quadros do PAIGC e 1961o Marrocos abriu as portas aos membros do Partido. A luta armada iniciou a 23 de Janeiro de 1963 com um ataque ao quartel do General Tite, no sul da Guiné.

O papa Paulo VI concedeu uma audiência com Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos em 1970 e a 22 de Novembro do mesmo ano o governador da Guiné-Bissau decidiu iniciar uma operação para capturar ou eliminar os dirigentes do PAIGC sedeados em Conacry chefiada por Alpoim Calvão com o nome "Comando Mar Verde" que foi um fracasso. Mas a 20 de Janeiro 1973 o nosso líder caiu por terra, isto é Amílcar Cabral é assassinado em Conacry a saída da sua residência por...

Morreu o homem, mas ficou a sua imagem de herói nacional.


Stevenn Silva
Discente frequentando o 1.º ano da Licenciatura
em Ciências da Comunicação na ULCV

terça-feira, maio 26, 2009

Sustentabilidade Tecnólogica

Arlinda Peixoto (arlinda.almeida@gmail.com) é Directora Geral e sócia da ADA Soluções (www.portalada.cv/arlindapeixoto) e leciona no domínio da Consultoria Informática na UniCV


Licenciou em Engenharia Informática no Brasil e fez Pós-Graduação em Admnistração de Negócios no ISCTE (Portugal)

Actualmente faz Mestrado em Gestão de Segurança de Informação numa universidade de Salvador da Baía (Brasil)

A crescente utilização das TICs aplicadas à gestão é, sem dúvida, uma clara evidência de que as organizações estão buscando, através dos sistemas on-line, uma ferramenta eficaz para atingir uma gestão com bons resultados.

Uma das mais básicas ferramentas que possibilitou esta evolução foi a utilização de base de dados únicas, para servirem de base a diferentes softwares de gestão, eliminando redundâncias ou falta de integridade de dados.

Porém, além de uma eficiente base de dados, as organizações têm se deparado com um número cada vez maior de softwares alimentando tais bases de dados, o que tem dispersado, muitas vezes, informações e até mesmo gerado discordâncias, ou discrepâncias, quando é feita uma consulta a um mesmo item e são encontradas duas ou mais respostas diferentes, inclusive contraditórias.

Dessa forma, com o aumento dos sistemas de informações bem como de sua complexidade, o planeamento e a sistematização na sua construcção ganham cada vez mais importância neste ambiente de tantos recursos computacionais, que inclui a integração de sistemas. As PMEs têm enfrentado a necessidade de gerir bem suas informações no que diz respeito às suas despesas e aos seus recursos. O próprio Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA), implementado recentemente em Cabo Verde, fez com que um novo modelo de gestão fosse necessário. Para tanto, porém, é necessário um planeamento e uma verdadeira programação para uma maior organização.

A visualização e a sistematização das aplicações financeiras são extremamente importantes para que se possa projectar um montante financeiro para capitalizar uma implementação das NTICs.

Por outro lado, além de apresentar uma abordagem quantitativa (financeira) um planeamento dessa natureza precisa especificar “quais” são os sistemas que podem trazer a melhoria com tecnologias que visam à agilização da gestão ao menor custo possível.

Softwares como Data Warehouse (DW) e Business Intelligence (BI) são complementos importantes para o conjunto de sistema, que já apresentam suas bases de dados formadas, porém falta refinamento, padronização e edição dos dados para uma possível tomada de decisão acertada por parte dos gestores.

Para viabilizar esse processo, é extremamente importante a elaboração de um PETI, que é a base para identificar todos os recursos necessários para uma boa implementação dos referidos sistemas. Por isso, os vários sistemas que precisam ser incorporados à gestão de uma empresa devem ser implantados de forma harmoniosa com os demais sistemas.

Grande parte das empresas já possui alguns sistemas, sendo o principal o de gestão, porém nota-se ainda uma falta de integração não somente dos sistemas em si, mas dos processos como um todo.

Por isso são apresentados alguns componentes do modelo proposto neste artigo, entre eles o Sistema Gerenciador de Base de dados (SGBD), Sistema de Gestão, Sistema de Comunicação, Enterprise Integration Aplication (EAI), Data Warehouse e BI para Gestão Empresarial.

Fonte: www.nhaterra.com.cv

Em cartaz

Clicar na imagem para vê-la em tamanho real


Boca de Tubarão




Há notícias que não devem ser escondidas

Há coisas que têm que ser ditas, doa a quem doer.
Podem até ser ditas com algum "grôgue na tchif".

Passe nesse botequim, mas beba com moderação.


BOCA DE TUBARÃO
O botequim mais famoso do Mindelo


Entre aqui, sem bater:


http://www.bocadetubarao.blogspot.com

Prometido é devido...


Os nossos parabéns a UniCV pela iniciativa!

Frase sobre vida


Richard Bach


"Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou."

segunda-feira, maio 25, 2009

O Descobrimento de Cabo Verde


Na década de 1450 a 1460 acharam-se as primeiras ilhas do arquipélago de Cabo Verde, ainda que permaneça o mistério da data e do nome do descobridor. O mais antigo diploma que se conhece, uma carta régia de 19 de Setembro de 1462, refere a existência de cinco ilhas – Santiago, Maias (Maio), São Filipe (Fogo), São Cristóvão (Boa Vista) e Lana (Sal) – encontradas por António de Noli “em vida do Infante D. Henrique”. O navegador, “o primeiro que a dita achou”, logo recebeu o senhorio da Ribeira Brava, na ilha de Santiago, que em 1487 foi transferido para sua filha D. Branca de Aguiar.

Diogo Gomes, que na viagem de 1460 encontrou Noli no porto de Zaia, da terra dos Barbacins, deu-o como simples acompanhante na descoberta, visto ser ele que “avistou ilhas ao longe” e primeiro desembarcou em Santiago. Sucedeu porém, que o italiano se adiantou no regresso a Portugal e logo recebeu do Infante a doação da ilha “que eu, Gomes, descobrira”. Também Cadamosto […], se arroga a prioridade, colocando o facto em 1456, quando da segunda viagem que efectuou à zona de Cabo Verde. Mais recentemente, Fontoura da Costa divulgou a tese aliciante de Wieder, para quem o achamento ocorreu em 1445, por Vicente Dias, navegador de Lagos, visto na carta de André Bianco, de 1448, se encontrar já o desenho de uma ilha de contorno idêntico à Santiago, com a legenda de “inxola authentica”. Sabe-se que o navegador tomou parte, naquele ano, na expedição de Lançarote e regressou sozinho ao Reino, aqui encontrando aquele cartógrafo, então a caminho de Londres, que recolheu a sua informação. Entretanto, Vicente Dias confidenciou também o resultado da viagem a Cadamosto e este resolveu atribuir-se o mérito da descoberta.

Para Damião Peres, tudo permite crer que é a parceria Gomes-Noli, em 1460, que reúne mais direitos ao achamento. Magalhães Godinho coloca em Maio de 1456 a descoberta da ilha de Santiago, São Filipe e Maio por António de Noli que antecedeu de dois meses a chegada de Cadamosto. Mas Fontoura da Costa, de acordo com a teoria de Wieder, propõe uma solução mais conciliatória: Vicente Dias foi o descobridor histórico da ilha de Santiago; Diogo Gomes o redescobridor desta ilha e o descobridor das quatro restantes ilhas; e António Noli, o descobridor oficial das cinco ilhas do grupo oriental. Na ausência de nova documentação, cremos que possa manter-se o último esquema, vendo no achamento do arquipélago uma operação de várias fases.
Cf. SERRÂO, Joaquim Veríssimo, 1977: p. 170, 171, Vol II.

Publicada por daivarela em 13:09

terça-feira, maio 19, 2009

Relembrando o Célebre Doutor Varela




Ficam aqui dois dos mais célebres ditos daquele que foi um dos maiores cérebros cabo-verdianos, Professor Doutor João Varela, também conhecido como João Vário, ensaista, médico, Cientista, Poeta, e muitas coisas mais que a maioria de nós nem faz ideia:


"Não se pode ser culto e manhente ao mesmo tempo, salvo o Diabo, por deformação profissional."

"Propomos uma adivinha: qual é coisa qual é ela que pediu asilo político a Cabo Verde e obteve esse estatuto? É a asneira. Está generalizada neste País."

segunda-feira, maio 18, 2009

UniCV promove ciclo de conferências




No quadro do fomento à pesquisa e investigação universitárias e perante a necessidade de produção e divulgação dos conhecimentos científicos, o Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Cabo Verde (DCSH) irá promover, de 18 de Maio a 11 de Junho, um ciclo de conferências intitulado “Descobrir, Conhecer e Debater cabo Verde”.

A iniciativa inscreve-se numa estratégia de, simultaneamente, responder às expectativas dos professores e estudantes investigadores e aos imperativos de um maior fluxo recíproco no relacionamento entre a sociedade civil e a instituição universitária. A expectativa é a de que essa aproximação contribua para o desenvolvimento socioeconómico, cultural e intelectual do país e inspire a criação de espaços privilegiados de diálogo e de interacção permanentes entre a sociedade civil e a Universidade.




Sessão Solene de Abertura

Academia de Música Jotamonte – São Vicente
18 de Maio, segunda-feira, pelas 15h00

domingo, maio 17, 2009

Workshop com o Professor Doutor Daniel Medina

Universidade Lusófona Baltasar Lopes da Silva Cabo Verde


A convite da Universidade Lusófona (naquela que se espera ser a primeira de várias Palestras/Seminários), o Professor Doutor Daniel Medina esteve sábado 16, num Whorkshop de partilha de experiências e, também, para a apresentação do seu livro “Pela Geografia do Prazer”.
Personalidade com grande experiência na área da Comunicação Social, onde se destaca a sua passagem como director da TCV, o Professor disse estar no Auditório da Lusófona não para ensinar, mas para partilhar os seus conhecimentos, partilha essa, dada a sua qualidade deveria ter despertado o interesse de mais do que meia dúzia de futuros profissionais da área de Comunicação Social. Nesse ponto, abrimos um parêntese para, não justificando a ausência dos estudantes, ressaltar que uma palestra do tipo deveria ter sido comunicada com maior antecedência e de uma forma mais apelativa do que uma simples folha afixada com fita-cola. Fica aqui o convite/desafio à Universidade Lusófona para trabalhar com os estudantes de Ciências da Comunicação na produção da publicidade interna e externa. Fechar parêntese.

“O jornalismo sofre mais com a pressão económica do que com a pressão política”, segundo Medina, para quem “estamos muito apegados à barriga e sujeitos a fingir que não vimos nada”, sendo a dependência da publicidade o maior obstáculo ao jornalismo de isenção.
Sobre a questão da formação de profissionais da Comunicação Social no país vs formação no exterior, o Professor é da opinião que a qualidade dos profissionais depende mais do empenho e estudo do que do espaço físico em si. “Existem jornalistas formados no exterior que não dominam o português, como existem casos de jornalistas de qualidade que se formaram em Cabo Verde” afirma.
Um bom jornalista é aquele que procura ler muito – leitura de qualidade – procurando adquirir conhecimentos em áreas tão vastas como a Psicologia, Sociologia, etc., observando o comportamento social para melhor compreender a sociedade.

Questionado sobre as perspectivas do mercado de trabalho para os que se estão formando agora, quando se fala em excesso de pessoal nalguns órgãos de comunicação social, Medina é peremptório “há sempre espaço para bons profissionais”.
Numa altura em que o acto de fazer notícia conhece novos formatos é preciso que o jornalista consiga adaptar-se, não se apegando à formas de noticiar ultrapassadas, pois “hoje há novos ritmos, novas técnicas de escrita, etc.. O novo jornalismo explica as questões e cruza vários dados, fazendo uma interpretação directa e mais profunda da notícia. Infelizmente não existe jornalismo de investigação no nosso país, mas é preciso despertar consciências para esse tema”, diz o Professor Daniel Medina, para quem “O jovem que não pergunta é um adulto que não compreende”.

Nota de Rodapé: O Professor Daniel Medina disponibilizou-se, ofereceu-se (ênfase) para, numa partilha de experiência, capacitar os estudantes de Comunicação Social em matérias que se venha a decidir pertinentes para uma melhor formação dos futuros jornalistas. A bola agora está do lado dos estudantes, cabendo tão-somente a apresentação de propostas à Reitoria da Universidade Lusófona. O desafio está lançado.

Geografia do Prazer, o livro

A honra da primeira apresentação oficial do livro do Professor Daniel Medina, Geografia do Prazer, coube à Universidade Lusófona de Cabo Verde, iniciativa que só nos pode deixar orgulhosos pelo reconhecimento que uma figura respeitável da área de Comunicação Social demonstra à nossa Instituição.
O livro, que para o seu lançamento teve uma tiragem de mil exemplares, é, na opinião do autor “um livro de aventuras, experiências e vivências na procura de prazeres que na pressa urbana esquecemo-nos”

quarta-feira, maio 13, 2009

Adriana Araújo é o novo rosto da TV Record nos Estados Unidos




Adriana Araújo concluiu o curso de jornalismo na PUC-MG em 1993. Começou sua carreira como repórter de economia do jornal Diário do Comércio, de Belo Horizonte. Paralelamente, foi contratada pela TV Globo Minas como editora de texto dos telejornais locais.

Em 1995, passou para a reportagem da Rede Globo, fazendo matérias para o Jornal Nacional, o Jornal Hoje, o Fantástico, o Bom Dia Brasil e o Globo Repórter. Em 2002 foi transferida para a TV Globo Brasília, cobrindo acontecimentos políticos na Capital Federal, além de fazer entradas ao vivo no Jornal Hoje diariamente. Em Janeiro de 2006 recebeu convite da Rede Record para apresentar ao lado de Celso Freitas o novo Jornal da Record. Ela também apresenta o Entrevista Record - Brasil em Discussão na Record News.

Com a contratação de Ana Paula Padrão para apresentar o Jornal da Record junto com o Celso Freitas, Adriana Araújo deverá ser a nova correspondente da TV Record em Nova Iorque.

sexta-feira, maio 08, 2009

A propósito de Germano Almeida...



Há dias numa aula de Métodologia de Análise do Texto e do Discurso, o Dr. Carlos falou-nos de sua opinião acerca de Germano Almeida e de sua forma de escrever, a propósito da apresentação de umtrabalho dos docentes sobre a obra "O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo".
Vejamos então o que diz Germano em declaração encontrada no sítio sapo.cv

Germano Almeida: "Escrevo história conforme acho que as coisas aconteceram"
Para o escritor cabo-verdiano, Germano Almeida, as verdades "são muitas" e escrever uma biografia qualquer implica sempre "ficar enquadrado num certo rigor histórico e de factos". Entenda-se que rigor e ditadura de factos não são propriamente elementos que constem da escrita do autor de "O Testamento do Sr. Napomuceno".
Falou e disse...

quinta-feira, maio 07, 2009

Uni-CV promove Workshop sobre gripe A (H1N1)



A coordenação para a área da Saúde da Universidade de Cabo Verde organiza esta sexta-feira, dia 08, pelas 15 horas, no auditório do Campus do Palmarejo, um workshop sobre o tema Gripe A (H1N1): Infecciologia e Epidemiologia.

O workshop, que tem como público alvo os docentes, discentes e funcionários da Uni-CV, será orientado pelo médico infecciologista do Hospital Agostinho Neto e director do Programa Nacional de Tuberculose e Lepra, Dr. Jorge Noel Barreto, e pela responsável do Serviço de Epidemiologia do Ministério da Saúde, Dra. Maria de Lourdes Monteiro.

Segundo a Coordenadora da Saúde da Uni-CV, Dra. Isabel Araújo, o objectivo é o de trazer para o seio da universidade um tema actual e de interesse geral pois esta, enquanto centro académico, tem que acompanhar a actualidade social e mundial e estimular o interesse e a busca de respostas.

“ Esta epidemia já está presente em todos os continentes e Cabo Verde como país que se encontra na encruzilhada tem que estar atento. Embora a nossa universidade ainda não desenvolva pesquisas científicas na área da saúde, enquanto centro académico quisemos contribuir para informar e debater esta matéria de interesse para a sociedade”, refere a coordenadora.

A Uni-CV, que tem duas licenciaturas ligadas à saúde (Ciências Biológicas e Enfermagem), iniciou esta semana na Praia e no Mindelo um curso superior profissionalizante em Biodiagnóstico que irá capacitar cerca de 40 discentes em técnicas laboratoriais como coletas de amostras biológicas, análise da acção dos medicamentos ou de reações imunológicas, etc.

O que você precisa saber sobre a gripe suína

Se você quer saber porque um vírus da gripe é mais perigoso do que outro, veja este outro texto.


O que é a gripe suína, e porque ela pode ser muito perigosa? Resposta em 8 etapas:

1 - O que é o vírus da gripe e o que quer dizer H1N1?
2 - Qual o perigo de um vírus diferente?
3 - E como é o vírus suíno?
4 - Por que a gripe suína é perigosa?
5 - Como está a situação atual?
6 - Qual o risco de uma pandemia?
7 - Quais defesas nós temos contra o vírus? 
8 - Atitudes individuais que podem ajudar.




1 - O que é o vírus da gripe e o que quer dizer H1N1?

Existem 3 tipos de influenza, o vírus que causa a gripe, o A, B e C. O influenza A é o mais variável e que causa mais estragos todos anos. Ele tem 8 pedaços de RNA (RNA mesmo, não é DNA) dentro de uma cápsula. Duas proteínas deles são mais importantes para entendermos. Uma é chamada de Hemaglutinina, fica do lado de fora do vírus e serve para fazer contato com a célula. Como ela se liga em células, quando o colocam o vírus em uma gota de sangue, os glóbulos vermelhos ficam aglutinados (hemo aglutinina, hemaglutinina). A outra é a Neuraminidase, ela quebra os açúcares onde a hemaglutinina se liga para liberar os vírus recém formados.

Como a hemaglutinina e a neuraminidase ficam para fora do vírus, são as proteínas mais reconhecidas por anticorpos e usadas nos testes de diagnóstico. Por isso as linhagens de influenza são nomeadas pelas letras HN, como H1N1, H3N2, de acordo com o tipo de cada uma.

São conhecidos 16 tipos de Hemaglutinina e 9 de Neuraminidase. Só alguns são frequentes em seres humanos, H1, 2 e 3 e N1 e 2. Todos os outros são encontrados em aves aquáticas, principalmente patos, que são o reservatório natural do Influenza A. As aves migratórias misturam os vírus em escala mundial pois nelas a gripe não causa sintomas, e infecta o sistema digestivo ao invés do respiratório. Quando param em lagos para comer durante a migração, defecam e a água fica forrada de influenza. Num lago com água fria o vírus chega a durar 30 dias. Os mais perigosos, que matam mais galinhas e pessoas quando transmitidos, são os H5 e H7. [1]



Microscopia eletrônica do vírus influenza


2 - Qual o perigo de um vírus diferente?

O motivo para não sermos imunes ao influenza A depois de uma gripe é que o vírus muta muito [2]. Dois fenômenos são importantes, o drift, onde o vírus acumula pequenas mutações nos genes H e N, suficientes para no ano seguinte nosso sistema imune não reconhecer o vírus. Mais importante (e mais frequente do que se imaginava) é o shift. O shift acontece quando dois influenza diferentes entram na mesma célula e ao saírem misturam seus cromossomos, e dos oito pedaços que levam, alguns são do vírus x e outros do y. Quando isso acontece, o vírus muda abruptamente e nosso sistema imune fica completamente despreparado. É o que faz com que vacinas falhem. Na verdade, existe um atraso entre coletar o vírus e produzir a vacina, de maneira que todo ano temos que estudar o vírus e tentar prever qual vai ser a forma mais importante na epidemia.

As maiores epidemias recentes de gripe ocorreram quando houve rearranjo entre o vírus humano e o vírus aviário, como na gripe asiática de 1957 (H2N2) e Hong Kong 1968 (H3N2). o vírus da gripe espanhola, é H1N1 e aparentemente saltou direto dos patos para o ser humano, sem rearranjo [3]. Quem intermedia o rearranjo, contraindo o vírus humano e aviário? Os porcos e galinhas.

Isso explica porque a maioria das pandemias de gripe começa na Ásia. Imagine mercados populares lotados de gente, onde se vendem em barracas patos, patos selvagens, galinhas, gansos e porcos. Soma a isso a técnica de alimentação dos porcos, onde eles colocam a gaiola dos patos e das galinhas em cima da dos porcos, e dão comida apenas para as aves. Isso gera as condições ideais para o surgimento de vírus aviários infectando humanos.



3 - E como é o vírus suíno?

O vírus mais comum em porcos é o tipo H1N1. São várias linhagens diferentes circulando na Europa, Ásia e nas Américas, e nenhuma delas é próxima da linhagem da Gripe Espanhola.

Este vírus que infectou pessoas no México e na Califórnia foi sequenciado por uma equipe canadense. 

O vírus H1N1 é um rearranjo de duas cepas suínas, uma que circula nas Américas e outra que circula na Europa. Não há genes do vírus aviário ou de alguma cepa humana.



4 - Por que a gripe suína é perigosa?

Os porcos e as aves domésticas são os "atravessadores" dos vírus que circulam em aves migratórias para os seres humanos. Por isso os vírus que eles nos transmitem são perigosos, por serem muito diferentes do que nosso sistema imune encontra normalmente. Além de poderem ser um ponto de rearranjo entre um vírus diferente e um vírus adaptado ao ser humano.

Aparentemente, o que impede o H5N1 (Gripe Aviária) de ser transmitido de humanos para humanos, é o receptor celular que o vírus usa. Até hoje, H5N1 só foi transmitido de aves para seres humanos (uma possível exceção é uma transmissão entre mãe e filha, mas o contato entre elas foi intenso) porque o vírus infecta melhor o sistema respiratório e digestivo das aves do que o humano.

O perigo é que, as células do sistema respiratório dos porcos são mais parecidas com as nossas, de forma que um vírus adaptado ao porco teoricamente pode ser transmitido entre humanos do que um vírus aviário. [4]

Outro fator preocupante é que o vírus da gripe suína atual tem infectado principalmente jovens. Normalmente, crianças e idosos sofrem de gripe. O padrão de vírus agressivo que ataca jovens, com o sistema imune bem saudável, lembra muito o da Gripe Espanhola de 1918.



5 - Como está a situação atual?

Nos Estados Unidos, até agora (25/04/2009) foram confirmados 11 casos, todos de gripe forte, mas nenhum fatal. 

Já no México, são três eventos separados:
Um começa em 18 de março no Distrito Federal do México, a capital do apís, e até 23 de abril são mais de 850 casos de pneumonia, dos quais 59 morreram. 

Em São Luis Potosi, região central, são 24 casos com 3 mortes. 

Em Mexicali, próximo dos EUA, são 4 casos e nenhuma morte.



6 - Qual o risco de uma pandemia?

Este não é o primeiro surto de Gripe Suína. O surto mais importante aconteceu em Fort DIx, um acampamento militar americano, em 1976, e ensinou uma grande lição para as entidades de saúde. Na época, esperava-se um grande surto de Influenza, e tudo indicava que o vírus da gripe suína que estava atacando os jovens militares poderia ser o responsável. A pressão de 500 pessoas doentes e uma morte fez com que decisões erradas fossem tomadas, e iniciou-se uma vacinação em massa nos EUA com consequências drásticas. Recomendo a leitura do livro A Próxima Peste, de Laurie Garret, que explica em detalhes esta ocasião.

O ponto é, a OMS (Organização Mundial de Saúde), órgão responsável entre outras coisas por monitorar surtos de gripe pelo mundo, não trabalha com SE teremos uma pandemia de gripe, trabalha com QUANDO teremos. Com o tamanho de população que atingimos, e a facilidade de transporte que temos atualmente, é muito provável que uma linhagem perigosa de influenza cause um grande estrago. Seja essa pandemia causada pelo vírus da gripe aviária, suína ou qualquer outro.

Aqui uma parte nada animadora da lista de 10 itens sobre a Pandemia de Gripe da OMS:

Estamos à beira de um surto. Todos os países serão afetados. Os suprimentos médicos serão inadequados. Vão ocorrer muitas mortes. O rompimento econômico e social será enorme.

A OMS tem uma escala de alerta mundial que vai de 1 a 6 , 1 tudo tranquilo, não existe nenhuma doença perigosa, 6 fudeu tudo a coisa está complicada, a pandemia está correndo solta. Estamos no estágio 3, existe uma doença mas por enquanto não circula por contágio pessoa a pessoa. Ainda não houve motivos suficientes para passarmos para o nível 4, onde há transmissão entre humanos frequente.



7 - Quais defesas nós temos contra o vírus?

Existem poucos remédios antivirais porque os vírus usam as células para se reproduzir, possuem pouca coisa própria, ao contrário das bactérias. No caso do influenza, existem os inibidores da neuraminidase, que impedem o vírus de se liberar da célula, como a Amantadina e o Tamiflu. Mas, o vírus muta e desenvolve resistência facilmente a essas drogas, e não se sabe qual a facilidade disso acontecer com o H1N1.

A linhagem atual é resistente a Amantadina e Rimantadina, mas suscetível a Tamiflu e Oseltamivir.

Outra defesa são as vacinas. Elas são a forma mais barata e rápida de se proteger da gripe. O problema está na agilidade de desenvolver uma vacina para o vírus certo e em tempo hábil para distribuir a população. E existe uma ordem de prioridades na vacinação. Primeiro pessoas em situação chave, como funcionários do governo, médicos, depois pessoas mais suscetíveis, como idosos e crianças, e por último a população como um todo.



8 - De qualquer forma, há atitudes individuais que podem ajudar:

Lave bem as mãos, e frequentemente. Ao contrário do que se imagina, é mais fácil contrair o Influenza com um aperto de mão do que com um beijo no rosto. Se alguém resfriado espirra com a mão na frente da boca, e damos a mão a esta pessoa, podemos colocar a mão em contato com o olho e nariz, e contrair o vírus. Ou seja, lave bem as mãos, regularmente, e se estiver gripado, cubra o espirro com um lenço e jogue fora.

Evite aglomerações e locais fechados, principalmente com ar-condicionado. O Influenza dura mais tempo no ar em clima seco e frio, e um lugar fechado com ar-condicionado mistura várias pessoas em condições propícias para o vírus. [5]

E como bem disse o Carlos, DON'T PANIC!



Recomendo:

The Coming Plague: Newly Emerging Diseases in a World Out of Balance de Laurie Garret. Um livro bem completo, que entre outras coisas trata da gripe espanhola, da gripe suína de 1976 e das perspectivas.


Potter, C.W. "A history of influenza." Journal of Applied Microbiology 91, no. 4 (2001): 572-579. DOI: /10.1111/j.1365-2672.2001.01492.x.



Fontes (além dos links que já estão no texto):

[1] Webster, R G, W J Bean, O T Gorman, T M Chambers, e Y Kawaoka. "Evolution and ecology of influenza A viruses." Microbiological Reviews 56, no. 1 (Março 1992): 152-179. 

[2] Drake, J W. "Rates of spontaneous mutation among RNA viruses." Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America 90, no. 9 (Maio 1, 1993): 4171-4175. 

[3] Reid, Ann H., Thomas G. Fanning, Johan V. Hultin, e Jeffery K. Taubenberger. "Origin and evolution of the 1918 "Spanish" influenza virus hemagglutinin gene." Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America 96, no. 4 (Fevereiro 16, 1999): 1651-1656. 

[4] Suzuki, Yasuo. "Sialobiology of influenza: molecular mechanism of host range variation of influenza viruses." Biological & Pharmaceutical Bulletin 28, no. 3 (Março 2005): 399-408. 

[5] Lowen, Anice C, Samira Mubareka, John Steel, e Peter Palese. "Influenza Virus Transmission Is Dependent on Relative Humidity and Temperature." PLoS Pathog 3, no. 10 (Outubro 19, 2007): e151.













Meu nome é Atila Iamarino, 
sou biólogo e doutorando em evolução de HIV-1. 
Apaixonado por ciência e viciado em informação.

segunda-feira, maio 04, 2009

UniCV promove cursos livres de música




A UniCV, em parceria com a Universidade do Aveiro, a Universidade federal do Rio Grande do Sul e a Escola Superior de Música de Lisboa, leva a cabo entre 21 de Abril a 5 de Julho uma série de cursos livres de música.





Os cursos estão abertos a todos e contemplam interessados com alguma experiência musical, uma vez que tratarão mais do desenvolvimento de técnicas musicais.

Estarão assim disponíveis os seguintes cursos:

Violão, guitarra, piano e canto
– Desenvolvimento de técnicas do instrumento e abordagem de repertórios diversos em função dos conhecimentos a nível do aluno.
Formador: Luis Figueiredo (piano), Carlos Modesto (guitarra/violão) e Isabel Nogueira (canto)
Duração: 3 x 20h
Data: 18 a 24 de Maio (Praia) e 25 a 31 de Maio (Mindelo)


Laboratório de práticas auditivas
– Desenvolvimento de competências auditivas e de leitura. Familiarização com intervalos, escalas e modos, acordes e sequências harmónicas. Análise auditiva e leitura de exemplos musicais.
Formador: Cristina B. Cruz
Duração: 20h
Data: 8 a 14 de Junho (Mindelo) e 15 a 21 de Junho (Praia)


Prática de conjunto
– Preparação de um projecto de prática performativa colectiva em diferentes estilos musicais.
Formador: Luis Figueiredo, Isabel Nogueira e Carlos Modesto
Duração: a indicar
Data: a indicar


Para mais informações, os interessados deverão contactar a UniCV na Praia ou através de sua delegação em São Vicente.

Como fazer um Resumo




Conceito

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.



Aproveita e visita: www.daivarela.blogspot.com para encontrares mais dicas super-divertidas.


Finalidade

Difundir as informações contidas em livros, artigos ou outros documentos;
Auxiliar o (a) estudante e / ou o profissional nos seus estudos teóricos.


Características
- Apresentar, de forma sucinta, o assunto;

- Ser selectivo, não repetir todas as ideias;

- Evitar transcrições; quando o fizer, apresentá-las entre aspas;

- Respeitar a ordem das ideias apresentadas;

- Empregar linguagem clara, ser fiel às ideias do autor e empregar expressões do texto só quando se fizer necessário;

- Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz activa;

- Ser composto de uma sequência de frases interligadas e não de uma enumeração de tópicos;

- Ser precedido de referência bibliográfica;

- Deve-se evitar o uso de vários parágrafos no desenvolvimento do resumo, à excepção da resenha. (Resumo crítico, recensão crítica ou resenha crítica).

- Corresponder, em geral, a 1/3 do original:

a) notas e comunicações devem ter até 100 palavras;
b)monografias e artigos até 250 palavras;
c)relatórios e teses até 500 palavras


Técnicas que facilitam a redação do resumo

a) Sublinhar: colocar em destaque as ideias principais, as palavras-chave e os pormenores importantes. Não sublinhar por ocasião da primeira leitura. Reconstruir o parágrafo a partir das palavras sublinhadas.

Sublinhar com dois traços as palavras-chave da ideia principal e com um único traço os pormenores importantes. Assinalar com uma linha vertical, à margem do texto, as passagens

b) Esquematizar: evidenciar o esqueleto da obra (organização lógica do texto, interpretação das ideias). Dar títulos e subtítulos às ideias, pondo-as em destaque na margem (após a leitura da obra completa). Adoptar o sistema de chavetas, setas, colunas para separar as divisões sucessivas. Usar o sistema de numeração progressiva, números, algarismos romanos, letras maiúsculas para indicar as divisões sucessivas.Usar alguns símbolos, abreviações convencionais para facilitar a apreensão rápida das ideias, como = (igual), # (diferente),-----(para indicar “conduz a”). Elaborar gráfico do tipo organograma, fluxograma e outros mais significativas e assinalar com um sinal de interrogação, à margem, os pontos de discordância ou não entendimento.


Dicas para resumir

1. Leitura inicial atenta para entender o assunto em questão;

2. Leituras subsequentes para seleccionar as ideias principais do texto, pontuando o que for mais relevante;

3. A primeira coisa que deve ser escrita no resumo é a referência bibliográfica do texto-base. Faça um cabeçalho e escreva a referência completa;

4. Procure ser fiel ao texto original, buscando reproduzir as ideias do autor, mesmo quando estiver usando as suas próprias palavras;

5. Destaque a ideia principal do texto e os detalhes mais importantes;

6. Sublinhe o texto. Mas faça isso sempre numa segunda ou terceira leitura;

7. Resumir cada parágrafo;

8. Verificar se está havendo coerência e sequência lógica entre os parágrafos resumidos, para fazer os ajustes necessários;

9. Grifar as palavras-chave que envolvem as ideias fundamentais;

OBS.: O resumo não é um comentário crítico; você deve ater-se às ideias do autor, sem emitir sua opinião, por isso as ideias do resumo devem ser fiéis às expostas no texto original.



Tipos de resumo

O resumo tem várias utilizações. Isto significa, também, que existem vários tipos de resumo. Você irá encontrar resumos como parte de uma monografia, de um artigo, em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. Por isso, antes de fazer um resumo, você deve saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito.

Resumo indicativo ou descritivo
Também conhecido como abstract (resumo, em inglês), este tipo de resumo apenas indica os pontos principais de um texto, sem detalhar aspectos como exemplos, dados qualitativos ou quantitativos etc. Um bom exemplo deste tipo de resumo são os resumos de artigos científicos.


Resumo informativo ou analítico
Este tipo de resumo informa o leitor sobre outras características do texto. Um resumo informativo, no caso de um relatório de pesquisa, não diria apenas de que trata a pesquisa (como seria o caso do resumo indicativo), mas informaria também as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os resultados atingidos.

Informa o conteúdo e as principais ideias do autor; mostra os objectivos e o assunto, os métodos e as técnicas, os resultados e as conclusões. Não apresenta, também, julgamentos de valor e comentários pessoais.


Resumo crítico ou resenha
 Quando um resumo crítico é escrito para ser publicado em revistas especializadas, é chamado de resenha. Ocorre que, por costume, os professores tendem a chamar de resenha o resumo crítico elaborado pelos estudantes como exercício didático. A rigor, você só escreverá uma resenha no dia em que seu resumo crítico for publicado em uma revista. Até lá, o que você faz é um resumo crítico.

 Este é, provavelmente, o tipo de resumo que você mais terá de fazer a pedido de seus professores ao longo do seu curso. O resumo crítico é uma redacção técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária.

 Formula um julgamento de valor, interpreta o texto original, avaliando-o e comparando-o a outros.


Recapitulando:

 É uma apresentação sintética e selectiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor no texto.

 O resumo tem por objectivo dar uma visão rápida ao leitor, para que ele possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro.


Em geral um bom resumo deve ser:

a) Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários.

b) Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto.

c) Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as ideias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as ideias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.


Para finalizar:

 Trata-se de um processo de extracção de ideias de um determinado texto ou de uma determinada obra literária. Não se trata de redução do conteúdo do texto e sim de uma sintetização das idéias usando o vocabulário de estudante.



Outras informações

 O acto de resumir textos objectiva instrumentalizá-lo a fim de que você possa, ao ler, apreender aquilo que realmente é essencial.

 Ao resumir o texto, você vai expor, em poucas palavras, o que o autor expressou de uma forma mais longa.

 Assim, deve saber discernir do secundário e relacionar as idéias entre si, de uma forma sintética.

 Aprendendo a resumir, você terá mais facilidade ao estudar as diferentes disciplinas, uma vez que saberá encontrar num texto as idéias mais relevantes.




HUMOR



É para aprender a não desconversar!

Cabo Verde e São Tomé com "total liberdade de imprensa"



«Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são os dois dos cinco países africanos de língua oficial portuguesa onde existe total liberdade de imprensa, ocupando ambos o 61º lugar do ranking da Freedoom House. Esta ONG norte-americana publicou ontem, 3 de Maio, o seu relatório mundial, para assinalar o dia mundial da liberdade de imprensa.

Reagindo a tal facto o director geral da Comunicação Social são-tomense, Adelino Lucas, congratulou-se com a colocação de São Tomé e Príncipe num grupo de dois países lusófonos com liberdade total de imprensa (Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), da Freedom House, uma organização sedeada em Washington (EUA).

São Tomé e Príncipe e Cabo-Verde são os únicos países lusófonos com “liberdade total” de imprensa, de acordo com uma avaliação feita pela Freedom House, com base no “ambiente jurídico em que os media operam”.

Para o director da Comunicação Social são-tomense, Adelino Lucas, isto orgulha o país, os governantes e os jornalistas. “Não foi o Estado ou o governo que deu esta liberdade de imprensa de bandeja”, disse à comunicação social do seu país, salientando que essa conquista foi feita pelos “jornalistas são-tomenses ao longo de vários anos”»



in: A Semana