Fala-se agora, na disciplina de História dos Meios de Comunicação, em Jornalismo e Cobertura de Guerra. Trata-se de um tema extremamente interessante, pela sua envolvência histórica. Foi no século XIX que o jornalismo assumiu uma importância fundamental. A primeira guerra a ter cobertura jornalística profissional foia Guerra da Crimeia, iniciada nos Balcãs em 1854. A partir daí o jornalismo de guerra não parou, tendo passado por várias fases, controladas ou não. Poderemos citar como exemplo, a Guerra de Secessão, as 1ª e 2ª Guerras Mundiais, A Guerra do Vietname, os conflitos na Bósnia, em Timor Leste e em África, a Guerra do Golfo e recentemente os conflitos armados no Iraque e agora na faixa de Gaza.
Mas de toda elas, há que destacar a 2ª Grande Guerra, pela sua importante contribuição para a história da publicidade. A máquina nazi estava por trás de uma grande máquina de propaganda. O poder de comunicação e de massificação da opinião foi sempre chefiada por um cérebro inconfundível. E se Rommel (o chamado de rapoza do deserto) foi o melhor estratega militar de Hitler, o criador da saudação "Heil Hitler" teve também grande importância para o Reich. Esse homem chamava-se Joseph Goebbels.
Mas afinal quem era esse Joseph Goebbels?Paul Joseph Goebbels (Mönchengladbach, 29 de outubro de 1897 — Berlim, 1 de maio de 1945) foi o Ministro do Povo e da Propaganda de Adolf Hitler (Propagandaminister) na Alemanha Nazista, exercendo severo controle sobre as instituições educacionais e os meios de comunicação.
Foi uma figura-chave do regime, conhecido por seus dotes retóricos. Era um dos líderes políticos nazistas mais destacados que tinham concluído estudos superiores. Teve uma posição correspondentemente importante entre os nazistas.
Um dos primeiros e ávido apoiante da guerra, Goebbels fez tudo em seu poder para preparar o povo alemão para um conflito militar em larga escala. Durante a Segunda Guerra Mundial aumentou o seu poder e influência através de alianças, deslocando dirigentes nazistas. Em finais de 1943, a guerra estava a ficar contra os poderes do Eixo, mas isso só fez Goebbels estimular a intensificar a propaganda, exortando os alemães a aceitar a ideia de guerra total e de mobilização. Goebbels permaneceu com Hitler em Berlim até o fim, e na sequência do suicídio do Führer, foi indicado por ele para servir como Chanceler do Reich, o que aconteceu por apenas um dia. Diz-se que Goebbels permitiu a sua mulher, Magda, matar os seus seis filhos pequenos. Pouco depois, Goebbels e sua mulher cometeram suicídio.
Vida
Filho do contabilista Friedrich Goebbels e de sua esposa Marian (nascida Oldenhausen), nasceu em Rheydt (hoje Mönchengladbach) na Renánia no seio de uma família católica. Em vez de se tornar padre, como queriam os pais, estudou literatura e filosofia. Quando se ofereceu como voluntário para o serviço militar no início da Primeira Guerra Mundial, foi rejeitado por ter uma perna 10 centímetros mais curta do que a outra, em virtude de, quando criança, ter sofrido intervenção cirúrgica no fémur, comprometido por um ataque de osteomielite.
Finda a Primeira Guerra Mundial, Goebbels vive uma crise existencial. Esteve desempregado muito tempo, apesar do seu diploma. Escreveu algumas obras de poesia, embora fosse rejeitada a sua publicação.
Rejeitava o capitalismo, a democracia, que associava ao caos político da Alemanha na República de Weimar. Desprezava a modernidade. Torna-se um anti-semita fanático. Rejeitou mesmo uma rapariga com quem namorava (Else Janke) quando soube que ela tinha mãe judia. Para ele, os judeus e os comunistas eram os culpados da crise económica e política. Nestes anos, Goebbels teve um emprego como funcionário bancário, ao qual não dava grande importância. Estava num processo de busca e viu finalmente em Hitler a pessoa que incorporava as suas ideias e esperanças.
Em 1922, Goebbels aliou-se ao Partido Nazista, sendo o mais fervoroso de todos os apoiantes de Hitler, sendo mesmo ele quem ficou junto do seu Führer durante os seus últimos dias de vida. Era o chefe da propaganda Nazista e a sua fabulosa capacidade de organizar movimentos e de exprimir as ideias Nazistas levou-o a ser o segundo homem mais importante da era Nazi.
A sua ascensão no sistema do movimento nazi começa como secretário pessoal de Gregor Strasser nas zonas da Renánia e de Vestfália. A partir de 1 de Outubro de 1925 passou a ser um dos editores do jornal de propaganda nazista "Die Nationalsozialistischen Briefe". Joseph Goebbels ficou célebre pelo seu ódio aos judeus, o qual exprimiu raivosamente no discurso de 1933 no Sportspalatz da seguinte forma: "Sie sollen nicht lügen, eimal wird unsere geduld zu ende sein und dann wird den Juden, das freche Lügenmaul gestopft werden.", traduzindo, "Eles não deviam mentir. Um dia a nossa paciência chegará ao seu fim e nós vamos calar a boca a esses Judeus insolentes e mentirosos". O seu ódio ao Comunismo foi expresso de igual forma. A sua habilidade de transparecer as ideias Nazistas como uma salvação é extraordinaria. O próprio crime em si, se não contra o regime, passa a não o ser. Muitos consideram Joseph Goebbels o maior propagandista político de sempre. Várias fontes dúbias apontam Joseph Goebbels como um Comunista, facto que se revela completamente mentira, já que fora o próprio que incitara toda a violência e discriminação contra os mesmos e fora também quem influenciara o seu Führer a violar o pacto com os Socialistas Soviéticos.
Em Berlim, Goebbels, que tinha sido nomeado Gauleiter por Hitler, torna-se editor do jornal Der Angriff (o Ataque), um jornal propagandista nazista, publicando constantemente difamações anti-semitas. Em Berlim, o principal visado das tiragens anti-semitas do jornal Der Angriff foi o chefe da polícia municipal de Berlim o Doutor Bernhard Weiss, um jurista que era judeu.
Antes de se suicidar, nas etapas finais da Segunda Guerra Mundial, Hitler, em seu testamento escrito no Bunker onde se suicidou, nomeou-o Chanceler da Alemanha - e Karl Dönitz como Führer -, quando os tanques soviéticos tinham entrado em Berlim e já se era claro que a Alemanha tinha perdido a guerra. A 1 de Maio de 1945, Goebbels e sua esposa assassinaram seus seis filhos (Helga, Hilde, Helmut, Holde, Hedda e Heide) e depois cometeram suicídio com a ajuda dos seus guarda-costas da SS.
Assim como ocorreu com Hitler, os detalhes da morte da família Goebbels não foram esclarecidos. Ainda que esteja comprovado o envenenamento com cianureto, alguns asseguram que atirou em si mesmo; de qualquer forma, ao serem encontrados pelos soviéticos, seus corpos estavam carbonizados demais para se determinar o que havia acontecido. Foi o primeiro homem a utilizar a expressão "Heil Hitler".