O custo de oportunidade é um termo usado na economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente económico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa.
Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidades, pois são excludentes, (escolher uma é recusar outras). À alternativa escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Exemplo
Um exemplo clássico da literatura económica: imagine uma fábrica de cadeiras que produzia 10 cadeiras por mês num mercado que absorvia totalmente esta produção. Diante de uma oportunidade de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma produção de um novo produto: mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.
Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade estatal ou pública, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a venda do terreno para amortizar parte das dívidas da cidade, e assim por diante.
As punições previstas para as autoridades que desrespeitem a Lei Autorizativa, no que se refere a aplicabilidade do custo de oportunidade, varia de país para país.
Diferenças entre custo económico e custo contável
A diferença fundamental entre ambos, está no fato do custo económico ser mais usado entre os entes públicos e o contável de um modo geral para as Pessoas Físicas ou Jurídicas.
Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação económica, ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo.
Valor de uso
Marx, em O capital, conceitua valor de uso de acordo com sua utilidade: "É a utilidade de uma coisa que lhe dá um valor de uso, mas essa não surge no ar. É determinada pelas qualidades físicas da mercadoria e não existe sem isso". Diferentemente do valor de troca, pode-se dizer que o valor de uso tem uma relação qualitativa, enquanto o valor de troca tem relação quantitativa.
Valor de troca
O valor de troca é medido pelo tempo de trabalho socialmente necessário, ou seja, o tempo padrão, para produzir uma mercadoria, o que possibilitará a troca por exemplo, de uma mesa por um travesseiro (diferentes quanto ao seu valor de uso) desde que o tempo de trabalho social desses produtos tenha sido o mesmo (equivalentes quanto ao seu valor de troca). Nos processos de troca de mercadorias, podemos observar produtos qualitativamente distintos, ou seja, com utilidades diferentes, sendo trocados; o valor de troca normalmente não é percebido.
Marx dizia que um bem possui dois tipos de valores: valor de uso e valor de troca. O valor de uso é medido pelo trabalho concreto, ou seja, do trabalho que depende da habilidade humana. Já o valor de troca da mercadoria está relacionada a quantidade de tempo que o trabalhador gasta para produzi-la.
Fronteira de Possibilidades de Produção
Para satisfazer as necessidades humanas são precisos bens, bens esses que dificilmente se encontram já disponíveis. Precisam de ser produzidos, alterados de modo a terem valor para as pessoas. A produção faz-se a partir de recursos e factores produtivos como terra (ou recursos naturais, que inclui a terra arável, os minérios, a água, a energia, etc.), trabalho (toda a actividade humana para a produção), capital (que é constituído pelos instrumentos duráveis, como máquinas, fabricas, estradas, etc.) e conhecimentos técnicos. Devido aos recursos limitados uma sociedade tem que escolher as quantidades de bens e serviços a produzir, mais comboios e menos automóveis, mais café e menos chá, etc. As possibilidades de escolha são imensas mas para simplificar vamos admitir que uma sociedade apenas pode produzir dois tipos de bens, café e sapatos. Aplicando todos os recursos na produção destes dois bens podemos obter várias combinações possíveis. Poderíamos aplicar todos os recursos na produção de sapatos, mas ficaríamos sem recursos para produzir café ou vice-versa, não é normal que uma sociedade gaste todos os seus recursos num só bem sem produzir nada do outro. A situação mais normal e racional é aquela em que ambos são produzidos. Para podermos analisar todas as situações possíveis recorremos a um gráfico muito importante em Economia: a fronteira de possibilidade de produção que representa o lugar geométrico dos pontos de produção máxima de café e sapatos, dado um certo montante de recursos disponíveis.
A curva de possibilidade de produção ilustra graficamente como a escassez de factores de produção criam um limite para a capacidade produtiva de uma empresa, país ou sociedade.
Ela representa todas as possibilidades de produção que podem ser atingidas com os recursos e tecnologias existentes. A concavidade da curva indica que, dadas as quantidades dos recursos, se a sociedade quiser aumentar sucessivamente a produção de um bem, maior será a taxa de sacrifício (o custo de oportunidade) associada a tal intenção (isso em termos da produção do outro bem).
Os Diferentes Tipos de Bens
Quando pensamos sobre os vários tipos de bens na economia, torna-se útil agrupá-los de acordo com duas características, O bem é excluível? O bem é rival?
Exclusividade (As pessoas podem ser excluídas do uso do bem; As leis reconhecem os direitos de propriedade.)
Rivalidade (O uso do bem por uma pessoa impede outra de usá-lo).
Quatro Tipos de Bens
Bens privados - São bens excluíveis e rivais (roupas, sorvetes);
Bens públicos - São bens não excluíveis e nem rivais (defesa nacional, conhecimento);
Recursos comuns - São bens rivais mas não excluíveis (peixes no mar, meio ambiente);Monopólio natural - São bens excluíveis mas não rivais (corpo de bombeiros, TV a cabo).