Os bons terão sempre lugar no jornalismo

Antigo director da Televisão de Cabo Verde, Daniel Medina é Professor Doutor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no curso de Ciências da Comunicação. Jornalista, cronista de rádio e jornal, comentador da televisão, Medina é um comunicador nato. Nha Terra Online foi conhecer o autor de Pela Geografia do Prazer que se prepara para lançar novo livro no mercado e saber a sua opinião sobre o jornalismo caboverdiano, a sua vida de docente, entre outras questões.

Banalização da Profissão de Jornalismo em Cabo Verde

Em vários artigos nossos publicados em Cabo Verde temos vindo a alertar o Governo e aos cidadãos, pela degradação galopante do nosso “jornalismo”. Colocamos aqui a palavra jornalismo entre aspas, porque em nosso entender não existe o jornalismo cabo-verdiano.

Diversidade de Cursos na Comunicação

Uma das causas apontadas para menos vestibulandos interessados em Jornalismo é o número de opções relacionadas à comunicação. Muitos com vocação para cinema e fotografia, por exemplo, acabavam no curso por falta de opção. Existem alguns cursos de graduação e de tecnologia que podem estar por trás do fenômeno.

Como fazer um Resumo

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.

Bibliotecas Virtuais

grande referência na área de bibliotecas virtuais, com os sites mais importantes para informação e comunicação sobre ciência e tecnologia

quinta-feira, dezembro 31, 2009

Conceitos de Economia - III

Custo de oportunidade
O custo de oportunidade é um termo usado na economia para indicar o custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela renúncia do ente económico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa.
Em outras palavras: O custo de oportunidade representa o valor associado a melhor alternativa não escolhida. Ao se tomar determinada escolha, deixa-se de lado as demais possibilidades, pois são excludentes, (escolher uma é recusar outras). À alternativa escolhida, associa-se como "custo de oportunidade" o maior benefício NÃO obtido das possibilidades NÃO escolhidas, isto é, "a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar". O mais alto valor associado aos benefícios não escolhidos, pode ser entendido como um custo da opção escolhida, custo chamado "de oportunidade".
Exemplo
Um exemplo clássico da literatura económica: imagine uma fábrica de cadeiras que produzia 10 cadeiras por mês num mercado que absorvia totalmente esta produção. Diante de uma oportunidade de negócios, esta fábrica resolveu iniciar uma produção de um novo produto: mesas. Porém, ao alocar recursos para tal, descobriu que terá de deixar de produzir 2 cadeiras para alimentar a demanda de 2 mesas. O custo de oportunidade está no valor perdido da venda das 2 cadeiras que deixaram de ser fabricadas.
Se uma cidade decide construir um hospital num terreno vazio de propriedade estatal ou pública, o custo de oportunidade é representado pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno e com o capital investido. Rejeita-se por exemplo a possibilidade de construir um centro desportivo, ou um estacionamento, ou ainda a venda do terreno para amortizar parte das dívidas da cidade, e assim por diante.
As punições previstas para as autoridades que desrespeitem a Lei Autorizativa, no que se refere a aplicabilidade do custo de oportunidade, varia de país para país.

Diferenças entre custo económico e custo contável
A diferença fundamental entre ambos, está no fato do custo económico ser mais usado entre os entes públicos e o contável de um modo geral para as Pessoas Físicas ou Jurídicas.
Avaliar o custo de oportunidade é fundamental em qualquer operação económica, ainda mais quando não estão explícitos valores financeiros (como os preços), o que pode levar a uma ilusão de que se obtiveram benefícios sem qualquer custo.

Valor de uso
Marx, em O capital, conceitua valor de uso de acordo com sua utilidade: "É a utilidade de uma coisa que lhe dá um valor de uso, mas essa não surge no ar. É determinada pelas qualidades físicas da mercadoria e não existe sem isso". Diferentemente do valor de troca, pode-se dizer que o valor de uso tem uma relação qualitativa, enquanto o valor de troca tem relação quantitativa.

Valor de troca
O valor de troca é medido pelo tempo de trabalho socialmente necessário, ou seja, o tempo padrão, para produzir uma mercadoria, o que possibilitará a troca por exemplo, de uma mesa por um travesseiro (diferentes quanto ao seu valor de uso) desde que o tempo de trabalho social desses produtos tenha sido o mesmo (equivalentes quanto ao seu valor de troca). Nos processos de troca de mercadorias, podemos observar produtos qualitativamente distintos, ou seja, com utilidades diferentes, sendo trocados; o valor de troca normalmente não é percebido.
Marx dizia que um bem possui dois tipos de valores: valor de uso e valor de troca. O valor de uso é medido pelo trabalho concreto, ou seja, do trabalho que depende da habilidade humana. Já o valor de troca da mercadoria está relacionada a quantidade de tempo que o trabalhador gasta para produzi-la.

Fronteira de Possibilidades de Produção
Para satisfazer as necessidades humanas são precisos bens, bens esses que dificilmente se encontram já disponíveis. Precisam de ser produzidos, alterados de modo a terem valor para as pessoas. A produção faz-se a partir de recursos e factores produtivos como terra (ou recursos naturais, que inclui a terra arável, os minérios, a água, a energia, etc.), trabalho (toda a actividade humana para a produção), capital (que é constituído pelos instrumentos duráveis, como máquinas, fabricas, estradas, etc.) e conhecimentos técnicos. Devido aos recursos limitados uma sociedade tem que escolher as quantidades de bens e serviços a produzir, mais comboios e menos automóveis, mais café e menos chá, etc. As possibilidades de escolha são imensas mas para simplificar vamos admitir que uma sociedade apenas pode produzir dois tipos de bens, café e sapatos. Aplicando todos os recursos na produção destes dois bens podemos obter várias combinações possíveis. Poderíamos aplicar todos os recursos na produção de sapatos, mas ficaríamos sem recursos para produzir café ou vice-versa, não é normal que uma sociedade gaste todos os seus recursos num só bem sem produzir nada do outro. A situação mais normal e racional é aquela em que ambos são produzidos. Para podermos analisar todas as situações possíveis recorremos a um gráfico muito importante em Economia: a fronteira de possibilidade de produção que representa o lugar geométrico dos pontos de produção máxima de café e sapatos, dado um certo montante de recursos disponíveis.
A curva de possibilidade de produção ilustra graficamente como a escassez de factores de produção criam um limite para a capacidade produtiva de uma empresa, país ou sociedade.
Ela representa todas as possibilidades de produção que podem ser atingidas com os recursos e tecnologias existentes. A concavidade da curva indica que, dadas as quantidades dos recursos, se a sociedade quiser aumentar sucessivamente a produção de um bem, maior será a taxa de sacrifício (o custo de oportunidade) associada a tal intenção (isso em termos da produção do outro bem).

Os Diferentes Tipos de Bens
Quando pensamos sobre os vários tipos de bens na economia, torna-se útil agrupá-los de acordo com duas características, O bem é excluível? O bem é rival?
Exclusividade (As pessoas podem ser excluídas do uso do bem; As leis reconhecem os direitos de propriedade.)
Rivalidade (O uso do bem por uma pessoa impede outra de usá-lo).

Quatro Tipos de Bens
Bens privados - São bens excluíveis e rivais (roupas, sorvetes);
Bens públicos - São bens não excluíveis e nem rivais (defesa nacional, conhecimento);
Recursos comuns - São bens rivais mas não excluíveis (peixes no mar, meio ambiente);Monopólio natural - São bens excluíveis mas não rivais (corpo de bombeiros, TV a cabo).

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Conceitos de Economia - II

Lei da utilidade marginal
A Lei da utilidade marginal expressa que em uma relação económica a utilidade marginal decresce à medida que se consome mais uma unidade. A utilidade total de um bem cresce quando se consome maiores quantidades dele, mas seu incremento da utilidade marginal é cada vez menor.
O consumidor tem satisfação com um bem, mas a unidade seguinte já não lhe proporciona tanto prazer como a anterior.
O chamado paradoxo da água e do diamante ilustra a importância do conceito de utilidade marginal. Por que a água, mais necessária é tão barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado? Ocorre que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal (é abundante), enquanto o diamante, por ser escasso, tem grande utilidade marginal.

Lei da oferta e da procura
Em economia, a Lei da Oferta e Procura , também chamada de Lei da Oferta e da Demanda é a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto - isto é, a procura - e a quantidade que é oferecida, a oferta. A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito à procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.
A estabilização da relação entre a oferta e a procura leva, em primeira análise, a uma estabilização do preço. Uma possível concorrência, por exemplo, pode desequilibrar essas relações, provocando alterações de preço.
Ao contrário do que pode parecer a princípio, o comportamento da sociedade não é influenciado apenas pelos preços. O preço de um produto pode ser um estímulo positivo ou negativo para que os consumidores adquiram os serviços que necessitam, mas não é o único.
Existem outros elementos a serem considerados nesta equação, entre eles:
Os desejos e necessidades das pessoas;
O poder de compra;
A disponibilidade dos serviços - concorrência;
A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado.
Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos consumidores, a frequência com que as pessoas buscam determinados produtos também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços.

Problema económico
O problema económico é uma das teorias económicas fundamentais na operação de qualquer economia. Ele propõe que existe uma escassez, que os recursos finitos disponíveis são insuficientes para satisfazer todos os desejos humanos. O problema então se transforma em como determinar que será produzido e como os factores de produção (como capital e trabalho) deverão ser alocados. A economia gira em torno de métodos e possibilidades de resolver o problema económico.
O problema económico é explicado de forma mais simples pela pergunta "Como satisfazemos desejos ilimitados com recursos limitados?" A premissa do modelo do problema económico é que os desejos humanos são constantes e infinitos devido à demanda em constante mudança (muitas vezes relacionada a mudanças demográficas) da população. No entanto, os recursos para satisfazer os desejos humanos são sempre limitados pela quantidade de recursos naturais ou humanos disponíveis. O problema económico, e os métodos para resolvê-lo, giram em torno da ideia da escolha em dar prioridades a que desejos serão satisfeitos.

Conceitos no problema económico
Desejo
Enquanto as necessidades básicas para a sobrevivência humana (comida, água, abrigo, saúde e educação) são importantes no funcionamento da economia, os desejos humanos são a força que dá forma à demanda por bens e serviços. Para restringir o problema económico, economistas devem classificar a natureza e os diferentes desejos dos consumidores, assim como a prioridade e organizar a produção para satisfazer o maior número de desejos possíveis.
Uma das suposições feitas na economia e pelos métodos que tentam resolver o problema económico é que humanos são de maneira geral gananciosos, e assim o mercado deve produzir o máximo possível para satisfazê-los. Esses desejos são frequentemente classificados em desejos individuais (que dependem das preferências e da paridade de poder de compra do indivíduo) e desejos colectivos (aqueles de comunidades inteiras). Coisas como comida e roupas podem ser classificadas tanto como desejos quanto como necessidades, dependendo do tipo do bem e com que frequência é consumido.
Escolha
O problema económico revolve fundamentalmente em torno da ideia de escolha. Devido à escassez dos recursos disponíveis, as empresas devem determinar o que produzir primeiro para satisfazer à demanda. Os consumidores são obviamente a maior influência nessa escolha, uma vez que os bens que desejam devem se encaixar nos seus orçamentos e paridade do poder de compra.

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Conceitos de Economia - I

Microeconomia
A Microeconomia é definida como um problema de alocação de recursos escassos em relação a uma série possível de fins. Os desdobramentos lógicos desse problema levam ao estudo do comportamento económico individual de consumidores, e firmas bem como a distribuição da produção e rendimento entre eles. A Microeconomia é considerada a base da moderna teoria económica, estudando suas relações fundamentais.
As famílias são consideradas fornecedores de trabalho e capital, e demandantes de bens de consumo. As firmas são consideradas demandantes de trabalho e factores de produção e fornecedoras de produtos.
Os consumidores maximizam a utilidade a partir de um orçamento determinado. As firmas maximizam lucro a partir de custos e receitas possíveis.
A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos que estabelecem preços relativos entre os produtos e serviços, alocando de modos alternativos os recursos dos quais dispõe determinados indivíduos organizados numa sociedade.
A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos produtos finais e dos factores de produção num equilíbrio, geralmente perfeitamente competitivo. Divide-se em:
Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o seu comportamento, as suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda.
Teoria da Firma: Estuda a estrutura económica de organizações cujo objectivo é maximizar lucros. Organizações que para isso compram factores de produção e vendem o produto desses factores de produção para os consumidores. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolísticas. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta.
Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de factores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. Estuda as relações entre as variações dos factores de produção e suas consequências no produto final. Determina as curvas de custo, que são utilizadas pelas firmas para determinar o volume óptimo de oferta.
A Microeconomia explica também as práticas de mercado, sendo estas divididas em: Monopólio, Monopsonio, Oligopólio, Oligopsonio, Concorrência Perfeita e Concorrência Monopolística.

Macroeconomia
Macroeconomia (do grego: μακρύ-ς /ma΄kri-s/ grande, amplo, largo e οικονομία /ikono΄mia/ lei ou administração do lar) é uma das divisões da ciência económica dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, sendo o outro a microeconomia. Os estudos macroeconómicos tiveram seu início a partir da quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, sendo a primeira grande obra literária macroeconómica o livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda do economista britânico John Maynard Keynes.
A macroeconomia concentra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos microeconómicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior. Os objectivos da macroeconomia são principalmente: o crescimento da produção e consumo, o pleno emprego, a estabilidade de preços, o controle inflacionário e uma balança comercial favorável.
Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema económico, ou seja, uma organização que envolva recursos produtivos.


A estrutura macroeconómica se compõe de cinco mercados:
• Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.
• Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.
• Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.
• Mercado de Títulos: analisa os agentes económicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.
• Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

Agregados Macroeconómicos
Os principais agregados macroeconómicos são produto, renda e despesa.
Produto - é a produção total de bens e serviços finais que são produzidos por uma sociedade num determinado período.
Renda - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações recebidas pelos proprietários dos factores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços na actividade produtiva. Ex: salário, alugueis, juros, lucros.
Renda pessoal disponível (RPD) é a renda com que as famílias contam para poderem consumir.
Despesa - é o total dos gastos efectuados pelos agentes económicos na aquisição de bens e serviços produzidos pela sociedade.Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da capacidade produtiva da economia. Ex. construção de uma hidroeléctrica, a construção ou ampliação de uma fábrica, a aquisição de novas máquinas e equipamentos por uma firma, etc.



Estruturas de mercado
Um mercado é o ponto de encontro entre os produtores e os vendedores de um dado produto, isto é, entre a oferta e a procura desse bem. Correntemente, o termo é também utilizado para analisar a formação dos preços dos vários produtos objecto de troca. Consideram-se habitualmente, partindo do critério da atomicidade (respeitante ao número de vendedores e de compradores presentes no mercado), nove possíveis formas (ou estruturas) de mercado: concorrência, oligopólio, monopólio, oligopsónio, oligopólio bilateral, monopólio condicionado, monopsónio, monopsónio condicionado e monopólio bilateral.
Focaremos de seguida, resumidamente, as quatro estruturas mais importantes:

1. Concorrência perfeita é, acima de tudo, uma estrutura caracterizada pela existência de inúmeros compradores e vendedores, de tal forma que nenhuma empresa consiga, por si só, ter influência sobre o preço de mercado (são aquilo a que se chama price-takers). Outras características importantes são a inexistência da possibilidade de se diferenciar (real ou ficticiamente) o produto (que é, portanto, homogéneo), a livre entrada e saída de empresas do mercado (indispensável aos ajustamentos de longo prazo conducentes ao lucro nulo), a perfeita mobilidade dos factores de produção a longo prazo, a ausência de influências governamentais e o perfeito conhecimento, por parte de todos os intervenientes, das condições do mercado. O mercado de concorrência é, na sua essência, totalmente aberto. Ex: mercado de hortifrutigranjeiros.


2. Num mercado monopolista, por seu lado, existem muitos compradores, mas apenas um vendedor do produto (que não apresenta sucedâneos próximos). É um mercado fechado, em que existem barreiras à entrada de novas empresas. Há várias causas conducentes ao aparecimento de um monopólio: a posse exclusiva de matérias-primas, autorizações governamentais para produzir, exclusividade da tecnologia de produção (que será ainda mais restritiva se estiver protegida por patentes), imposições governamentais quanto à dimensão do mercado (condicionamentos da dimensão da indústria) ou questões relacionadas com economias de escala (que geralmente levam à existência de monopólios naturais). Ex: controle de matérias-primas básicas, correios.

3. No oligopólio, existem poucas empresas e poucos consumidores. Há interacção entre as empresas: as acções de umas são afectadas pelas (re)acções de outras, que por sua vez são afectadas pelas acções das primeiras. De facto, a característica central do oligopólio é a de que cada empresa toma em consideração o comportamento de todas as outras, ao tomar as suas decisões quanto ao preço a praticar e ao volume da produção. Logo, na determinação do equilíbrio tem um interesse fulcral a estabilidade da actuação das empresas, isto é, o estado verificado quando terminam as reacções de todas elas.No estudo do oligopólio, considera-se em muitos casos a situação particular de duopólio (oferta formada por duas empresas). Ex: montadoras de veículos, indústrias de cimento.


4. Num mercado de concorrência monopolística, existe (tal como em concorrência pura) um elevado número de empresas, cada uma das quais a produzir um produto que é um substituto imperfeito dos das outras empresas. Esta estrutura está situada entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas introduz dados novos, como a possibilidade de diferenciação do produto e a alteração dos gostos pela publicidade. É um mercado em que também existe a possibilidade de entrada e saída de empresas. Ex: grifes de roupas, ténis, refrigerante etc...


daivarela

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Inlgês é fácil!


Para os que não aprenderam muito nas poucas aulas de Inglês, aqui ficam algumas dicas:

- There are some tickets on the shelf: "Há alguns talões lá na Shell".
- Shut the door, please: "Chute a dor, por favor".
- Do you speak Portuguese? - Of course!: Você fala português? - Fiz curso!
- I am sorry: Eu estou sorrindo.
- Are you hungry?: Você é húngaro?

A TV forma, informa ou deforma?


Vejam só o que os vestibulandos de 94 foram capazes de escrever na prova de redação, dado o tema "A TV forma, informa ou deforma?" A seleção foi feita pelo professor José Roberto Mathias.

- A TV possui um grau elevadíssimo de informações que nos enriquece de uma maneira pobre, pois se tornamos uns viciados deste veículo de comunicação.

- A TV no entanto é um consumo que devemos consumir para nossa formação, informação e deformação.

- A TV se estiver ligada pode formar uma série de imagens, já desligada não...

- A TV deforma não só os sofás por motivo da pessoa ficar bastante tempo intertida como tambem as vista...

- A televisão passa para as pessoas que a vida é um conto de fábulas e com isso fabrica muitas cabeças...

- Sempre ou quase sempre a TV está mais perto de nosco... fazendo com que o telespectador solte o seu lado obscuro...

- A TV deforma a coluna, os músculos e o organismo em geral.

- A televisão é um meio de comunicação, audição e porque não dizer de locomoção.

- A TV é o oxigênio que forma nossas idéias.

- ... por isso é que podemos dizer que esse meio de transporte é capaz de informar e deformar os homens...

- A TV ezerce poder, levando informaçoes diárias e porque não dizer horárias.

- Nós estamos nos diluindo a cada dia e nao se pode dizer que a TV não tem nada a ver com isso...

- A televisão leva fatos a trilhares de pessoas...

- A TV acomoda aos teles inspectadores...

- A informação fornecida pela TV é pacífica de falhas...

- A televisão pode ser definida como uma faca de trez gumes. Ela tanto pode formar, como informar, como deformar...


Fonte: www.humornaciencia.com.br

UniCV promove exposição sobre Charles Darwin




Integrado nas comemorações do Ano de Darwin, a UniCV organiza uma exposição sobre o naturalista inglês Charles Darwin, que passou por Cabo Verde, na Mediateca do BCA. A exposição estará aberta a partir de hoje, 16 de Dezembro e ficará patente ao público durante uma semana.

Importante e recomenda-se.

RTC comemora 35 anos da tomada da Rádio Barlavento e ULCV congratula-se com assinatura de protocolo



9 de Dezembro de 1974, 9 de Dezembro de 2009: quinze anos se passaram sobre a tomada da Rádio Barlavento. A data foi comemorada em grande com uma mesa redonda realizada no Centro Cultural do Mindelo sob o tema “Os desafios da rádio pública na era digital”. Foi muito interessante ver gerações diferentes de jornalistas e demais profissionais da rádio e da televisão reunidos no Auditório do Centro Cultural do Mindelo para exporem suas ideias e a incentivarem os presentes a participar de um debate que se figurava no mínimo interessante. A destacar, as presenças dos jornalistas Carlos Santos, Director da RCV, Carlos Lima, Staff da RCV em São Vicente e Carlos Gonçalves, Director da Rádio Comercial e do actual Presidente do Concelho da Administração da RTC. Rito Afonso fez as honras da casa e o jornalista José Leite moderou inteligentemente o debate.

Das várias histórias de aventuras da rádio em São Vicente, recorda-se que até 1974 não havia jornalistas e o serviço de rádio era prestado por alunos do Liceu, professores e ilustres cidadãos. Hoje a RTC, órgão que gere a RCV e a TCV, criado a 12 de Março de 1997, conta com 246 trabalhadores, estando 68% na cidade da Praia, 17% na cidade do Mindelo e o restante espalhado entre Sal, Fogo e Assomada. Dos 246 trabalhadores existentes, 74 são jornalistas, em que 69% trabalha na Praia, 19% em S. Vicente, 5% no Sal 4% no Fogo e 3% na Assomada.

Longe fica a ideia da RTC ser uma empresa lucrativa. Com receitas que chegam aos 440 milhões de escudos, o saldo fica negativo devido a despesas na ordem dos 470 milhões de escudos. De salientar ainda que 58% dessas receitas provêm das taxas da RTC pagas através da ELECTRA, enquanto apenas 11% fazem parte de indemnizações compensatórias (receitas do estado).

Outros dados importantes que foram revelados nessa mesa redonda pelo PCA da RTC dizem respeito às despesas. 50% dessas despesas, traduzido em mais de 20 mil contos, são com o pessoal. As dívidas com credores estão acima dos 200 mil contos, sendo um desses principais credores a CV Telecom. Segundo o PCA, a RTC não tem capacidade de cumprir com muitas de suas obrigações estatutárias. Esse cumprimento só se vislumbra com o possível contrato de concessão de serviço público entre o Estado e a RTC e a sua modernização tecnológica. E, para que isso se torne uma realidade, projectos já estão em curso e uma nova plataforma será apresentada em 2010.

Assuntos de outra ordem foram trazidos à tona, entre os quais o facto de a TCV dar muita importância a programas internacionais, sobretudo telenovelas brasileiras, em detrimento da produção nacional, o apoio que o estado dá à RTC, órgão estatal, incluindo benefícios publicitários, fazendo concorrência desleal com rádios privadas. Carlos Gonçalves defendeu inclusive que pode-se fazer rádio com muito menos dinheiro do que é gasto pelo estado a favor do estado.




Alguns alunos do Curso de Ciências da Comunicação fizeram-se presentes, ficando a turma do primeiro ano melhor representada. Muitos colocaram também algumas questões e mostraram-se preocupados com o futuro que se avizinha. Todos saíram a ganhar, principalmente a RTC e a Universidade Lusófona que acabaram por assinar tão almejado protocolo. Uma real satisfação para as futuras fornadas de jornalistas e fazedores de rádio e televisão que sairão da ULCV.

Mais protocolos que poderão vir a ser assinados. Uma das empresas que já demonstrou esse interesse é a Photogira.

Emanuel Lopes

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Recortes.cv lançado na Capital


O portal recortes.cv chega oficialmente ao marcado amanha, 11. Trata-se de um projecto da empresa Prime Consuting, que pretende ser uma plataforma de divulgação e acesso online aos jornais e revistas da praça nacional.
O portal é essencialmente direccionado à diáspora crioula, disponibilizando aos estudantes e emigrantes a possibilidade de acessarem a conteúdos impressos no país.
A cerimónia de lançamento acontece no Hotel Trópico, a partir das 18 horas, na presença de vários órgãos da comunicação social, organismos públicos, empresas e instituições estrangeiras representadas no país.


quinta-feira, dezembro 10, 2009

Pergunta ao Reitor da ULCV




O que está a acontecer com a ULCV?


Vários problemas no seio universitário, e a direcção da ULCV realiza um mixaria de festa em plena terça-feira. Parece que o respeito não mora nesta universidade.


Os senhores fazem promessas, que até os vossos filhos não acreditaram, promessas fantoches que como se diz no crioulo realizam-se no "dia de são nunca dpôs d´pit".


Vejam há três anos que se fala num bebedouro, parece que se que o meus futuros filhos aparecessem por ai daqui à uns 20 anos ainda está promessa não estará cumprida.


As salas de informática são puras lixeiras de computadores, com apenas o portal sapo.cv a funcionar, internet bater nesta tecla; casas de banho que são fontes de extrema importância na higiene escolar carecem de tudo um pouco, só falta mesmo trancar as portas e os discentes passarem a fazer as suas necessidades no pátio ou mesmo na rua, ou senão encomodar alguém da redondeza para emprestar o seu WC. O sistema operativo não funciona e os discentes que não munirem dum PEN DRIVE estão tramados, se deixarem os seus trabalhos nos PC´S ; cantina prá que falar, na apresentação do projecto toda a frescura dos senhores em relação a cantina e esta parece "quartim d´rmá grog" e por fim dois aspectos que mais envergonham os senhores: a inundação da biblioteca- duas opções ou existe vários países com nome de Cabo Verde no mundo ou os livros estão a vir de Portugal à pé. Outro aspecto é a sala de reprografia prometida pelo reitor, [...] - a carência de uma máquina de impressão e de fotócopia leva os discentes da UlCV a dirigir-se ao Piaget prestam bem atenção porque repito mais uma vez por falta de máquina de impressão e de fotócopia nós discentes dirigimos ao Piaget.


Não inventam a desculpa de falta de dinheiro porque todos os anos pagamos 150 contos, multas, requisição de declarações taxas de exames, inscrição e eu faço está longa crítica porque não devo um centavo a vossa instituição e só EU, Deus e os meus pais e a pessoa que investiu nas minhas capacidades como ser humano para ter uma formação universitária e que sabem porquê é que ainda não abandonei a ULCV.





Que nosso senhor me acompanhe a mim, meus pais e o meu credor, todos os dias das nossas vidas e nos livrai de todo o mal Amém.





Assinado: Aluno desesperado

Perguntas por responder

  1. Será que alguns docentes tem capacidade para leccionar na ULCV?
  2. Será possivel leccionar sem ter caractér e respeito pelos discentes?
  3. Será que há respeito pelos discentes do 2º curso Ciências da Comunicação?
  4. Onde está o programa da disciplina- Arte, Cultura e Comunicação?
  5. Será que numa Universidade o plágio é uma fonte de conhecimento?
  6. Porquê muitos professores faltam aulas por puro prazer da vida?
  7. Para quando um pedido de desculpas aos discentes do 2º ano Ciências da Comunicação?
  8. Porque razão as aulas não são repostas?
  9. O que faz um discente que em 8 possiveis aulas teve só três e as reposições?
  10. Porquê é que os docentes não são avaliados mensalmente pelos discentes?

Pois na minha opinião alguns teria nota negativa.


Que deus interseda por nós. Amén

Assinado: Aluno desesperado

A história do bêbado

O bêbado que sai às ruas embriagado, tropeçando nas ruas esburacadas que encontra pelo caminho, que vagueia por entre curvas do seu próprio corpo, a espera que lhe prestem atenção ou senão, lhe dêem a mão e o levem à casa.

Bêbado desmiolado, que faz a si próprio de pobre coitado, de palhaço, ou senão, num puro egocêntrico ignorado.

Bêbado que marca encontros com os amigos e lhe fazem o grande favor de lhe estenderem mais um copo, para demarcar melhor o seu nome e não lhe cair a reputação.

Pobre bêbado!
Costas serradas em punho, olhos esbugalhados pelos remorsos, sempre que o paladar o permite, sempre que a boca resseca com os males do mundo, sempre que as conversas que lhe vem dizer lhe cheirem a hostilidades, sempre quando lhe falta palavras na boca e consciência estomacal, sempre que lhe falta inspiração para continuar a viver a sua rotina de balcão.

Bêbado cabo-verdiano, embriagado de orgulho, que na ausência de consciência crítica, fala aquilo que não deve atrás das portas, desconversa quando chega gente, finge estar tudo bem e, ao sair, vomita tudo o que engoliu dentro de si e lhe saem as tripas todas.

Mas bêbado, bêbado mesmo, estamos nós, de tanto tentar seguir a besta, pobre coitado, na sua rotina diária de esperar tudo aquilo que dos outros nunca há de vir.

Bêbado nós!!!!

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Natal na ULCV


A Universidade Lusófona realizou na terça-feira (08) a melhor festa de Natal de que há memória (para os que têm amnésia, claro). Uma festa à altura da própria – que nem é tão alta assim – com tudo o que se poderia esperar de uma festa de Natal: filas enormes e apertos para se chegar junto ao balcão e poder-se gritar “Dám um bokedim, também” e receber um pouco de arroz com marisco (disseram que era, porque eu não consegui). Para finalizar, é só abrir o som de “Al xcuá má Titio” e ver o Djony sbi txi que todos os problemas da Instituição parecem desaparecer. Bom, se isso não resolver os problemas, é só preparar o desfile de Carnaval que vamos lá pintxar andor.

daivarela

Mesa Redonda




A RCV promove hoje, 9 de Dezembro, uma mesa redonda sobre o tema "Os desafios da Rádio Pública na era digital".

Essa mesa redonda está incluída nas comemorações dos 35 anos da tomada da Rádio Barlavento e terá lugar no Centro Cultural do Mindelo às 18 horas.

Os oradores serão os jornalistas Carlos Santos (RCV) e Carlos Gonçalves (Rádio Comercial), o Director da RCV, Dr. Carlos Santos e o Presidente do Concelho de Administração da RTC, Dr. Horácio Semedo.

Um evento a não faltar, principalmente pelos alunos da licenciatura em Ciências da Comunicação.

Censura



A pior censura é aquela feita em casa!

terça-feira, dezembro 08, 2009

Frases Ditas




"Estamos perdidos numa espécie de coisa."

Inês Branco - 3 anos


Fonte: aqui

Carta ao Pai Natal




Mindelo, 8 de Dezembro de 2009

Querido Pai Natal,


Este ano vais receber uma carta com uma certa antecedência – a minha. Não que seja apressado; o facto é que escrevo-te esta carta antecipadamente porque a Universidade Lusófona... sim, a Universidade onde estudo... então, a Universidade Lusófona vai avançar ainda hoje, dia 8 de Dezembro, com uma festa de Natal para os discentes.

Isso está a acontecer hoje, enquanto devíamos ter três horas de aula duma disciplina que já está com um desfalque de (apenas) nove horas. Mas, com certeza, uma “festa de natal” numa Universidade com problemas sérios por resolver é mais importante do que ter aulas que têm altas probabilidades de nunca virem a ser repostas.

Pai Natal, não estou aqui para me queixar, mas sim para te dizer que, embora o ano não tenha sido bom para mim, fiz de tudo para ser um bom menino. E, sendo assim, penso ter algum direito a presentes. E olha que desta vez não vou pedir nada para mim. Vou pedir, sim, para todos os meus colegas que sofrem e também para a gestão da ULCV. Não tem sido fácil, acredito. Mas tenho a certeza que, se o Pai Natal não der uma ajudinha, estaremos entregues à bicharada.

O que realmente quero é que o Pai Natal ofereça à ULCV um bebedouro que nos foi prometido há três anos, uma biblioteca equipada com uma prometida inundação de livros, uma sala de informática condigna, uma cantina para que não nos transformemos em diabéticos com os drops e chupa-chupas da Dna. Alice, água nos WC’s, uma máquina de fotocópias e um laboratório multimédia para os discentes de Ciências da Comunicação. Além disso, queremos professores disponíveis, que não faltem constantemente às aulas e que nos apoiem quando necessário. Enfim, condições mínimas para que realmente sintamos que estudamos numa universidade.

Goataria ainda que, por estares um pouco mais perto do Nosso Deus, que lhe pedisses que ponha um pouco de juízo na cabeça dos meus colegas e que lhes dê, na mesma medida, coragem para reclamarem como deve ser e fazerem uso dos seus direitos, não descurando das suas obrigações. Pede-lhe também, em meu nome pessoal, para dar-me forças e paciência suficiente para não abandonar este curso que tanto gosto e ir à procura de outro numa universidade digna desse nome.

Meu amigo de sempre, Pai Natal, não queria chatear-te assim tanto, principalmente numa época que é dedicada às crianças. E sei bem que já não somos crianças, porém parecemos mais crianças brincando de universitários que ainda não têm consciência do ingrato futuro que nos espera, continuando com a nossa actual postura.

Não tendo mais a pedir-te, querido Pai Natal, despeço-me com gratidão e admiração.

Um grande abraço e que não desistas de fazer o mundo feliz, mesmo que seja por tão pouco tempo durante um ano. Espero, ansiosamente a tua resposta. Não demores, siiiiimmmm?

Um aluno da ULCV que admira muito o teu trabalho

P.S.: Pai Natal, peço que não me desiludes. Estou profundamente desacreditado sobre as acções e projectos da ULCV, mas acreditar que não existes seria um duro golpe para a minha pobre cabecinha.

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Fonte: Jornal Expresso das Ilhas N.º 417 - 25 Novembro de 2009

sexta-feira, dezembro 04, 2009

A Teoria Hipodérmica


A Teoria Hipodérmica é um modelo que tenta dar conta da primeira reação que a difusão dos meios de comunicação de massa despertou nos estudiosos. Ela se constrói, portanto, em relação à novidade que são os fenômenos da comunicação de massa, e às experiências totalitárias da época em que surge - o período entre guerras.

A síntese dessa teoria é que cada indivíduo é diretamente atingido pela mensagem veiculada pelos meios de comunicação de massa, ou seja, existe uma concepção de onipotência dos meios, e de efeitos diretos. Sua preocupação básica é justamente com esses efeitos.

Há que se destacar a presença de uma teoria da sociedade de massa, e de uma teoria psicológica da ação, ligada ao objetivismo behaviorista. A presença de um conceito de sociedade de massa destaca o isolamento físico e normativo do indivíduo na massa e a ausência de relações interpessoais. Daí a atribuição de tanto destaque às capacidades manipuladoras dos mass media.

Já a teoria da ação elaborada a partir da psicologia behaviorista estuda o comportamento humano com métodos de experimentação e observação das ciências naturais e biológicas. O resultado da utilização desse tipo de concepção é que a Teoria Hipodérmica considerava o comportamento em termos de estímulo e resposta, o que permitia estabelecer uma relação direta entre a exposição às mensagens e o comportamento: se uma pessoa é “apanhada” pela propaganda, ela pode ser controlada, manipulada, levada a agir.

Essa concepção da ação comunicativa como uma relação automática de estímulo e resposta reduz a ação humana a uma relação de causalidade linear, e reduz também a dimensão subjetiva da escolha em favor do caráter manipulável do indivíduo.

A evolução da Teoria Hipodérmica

A evolução da Teoria Hipodérmica, no sentido de uma visão mais complexa do processo comunicativo - e de perceber as que os efeitos não se davam de forma direta, identificando limitações -, deu-se segundo duas diretrizes distintas, mas em muitos aspectos interligadas e sobrepostas. É possível percebermos um certo percurso seguido pela pesquisa sobre os mass media: no começo, a Teoria Hipodérmica concentrada nos problemas da manipulação, para passar aos da persuasão chegando, por fim, aos da influência.

O que se passa na ULCV

É de lamentar, sala de estudo fechado, falta de máquina de impressão e de fotocópias, casas de banho sem agúa, sistema operativo com problemas, falta eleger uma associação que não tem estatuto, com isto só falta os alunos não irem a ULCV.
Basta de tudo isso. Hora de unir-mos as nossas forças.

segunda-feira, novembro 16, 2009

SOCORRO, estudo na Universidade Lusófona!




É gritante a situação que se vive na Universidade Lusófona de Cabo Verde. Já lá vão dois anos lectivos e o primeiro semestre referente ao terceiro ano já vai a meio. Todas as promessas veiculadas pela reitoria dessa universidade não têm passado de fogo de palha. Pretendo, nesta minha exposição, fazer uma análise a tudo o que se passa na ULCV e a postura de todos perante essa triste realidade.

Vou tentar esmiuçar esta verdadeira ilha dos ursos. Prefiro até classificá-los como os sete pecados dos envolvidos nesse romance que parece não ter um fim tão cedo.


Os sete pecados da direcção:

1. Falta de investimento – não há nenhum investimento visível e prático em melhorias no funcionamento da Universidade. Iniciado o terceiro ano lectivo só se viu a instalação de Data Shows nas salas. Não há uma sala de informática condigna (os equipamentos são limitados e a internet é desligada antes do final das aulas), não há um laboratório de línguas, não há um laboratório multimédia com sala de montagem, câmaras profissionais e equipamento apropriado para os alunos do Curso de Ciências da Comunicação que se especializarão em Multimédia, não há uma cantina (de relembrar que na ULCV há um grande número de trabalhadores/estudantes que saem do trabalho e vão directamente às aulas) e, o mais grave, não há nem sequer um único bebedouro para os docentes e discentes matarem a sede;

2. Não há programas curriculares publicados – os programas referentes a cada disciplina não são postos à disposição dos discentes. Quando esses programas existem são formulados pelos docentes das referidas disciplinas e, na maioria das vezes, estão incompletas por se tratar de adaptações. A dúvida fica sobre o facto da reitoria se preocupar ou não com a sua validação. Caso algum discente, por alguma razão, necessite de alguma equivalência, não há programas que a sustente;

3. Há uma grande desorganização no que tange a circulação de informação – muitas informações são afixadas apenas num dos pisos, muitos circulares e avisos são mal redigidos (embora assinados por responsáveis da Universidade) e os canais utilizados não são os melhores;

4. Não há uma biblioteca digna desse nome – a “Biblioteca” da Universidade Lusófona de Cabo Verde tem uma inacreditável escassez de títulos. Embora os responsáveis pela Universidade tentem mostrar o contrário, os títulos em quase nada ajudam aos docentes e muito menos aos discentes. Há disciplinas que não contam com um único título que tenha assuntos de real interesse para as matérias ensinadas na Universidade;

5. Fotocópias, no way! – para complicar a vida aos alunos, não há uma máquina fotocopiadora na Universidade. Os docentes oferecem livros ou fotocópias para os alunos fotocopiarem, mas muitas vezes se torna difícil pelo simples facto da sorte caber a um único aluno que, na hora prontifica-se a fazer as suas fotocópias e, por razões óbvias, os outros ficam à espera, repetindo o ciclo numa irremediável perda de tempo;

6. Não há investimento na segurança dos discentes, docentes e demais utentes da Universidade e as condições sanitárias são precárias – não se tem conhecimento de um plano para primeiros socorros, quanto mais de um local para atender a um docente ou discentes que sofra algum acidente e precise de assistência. O prazo de manutenção dos extintores expirou-se faz já algum tempo. É caso para perguntar para que serve a taxa de seguro paga pelos alunos no acto da matrícula. Os WC’s raramente têm papel higiénico, poucas vezes têm água e nunca têm sabonete. Muitas vezes estão sujos, pondo em risco a saúde dos que os frequentam. Aliás, muitos só os frequentam em caso de “manifesta e irremediável necessidade”;

7. A mentira tem sido uma escolha mais fácil – a reitoria, juntamente com a direcção da Universidade prometeu “inundar” de livros a Biblioteca da Universidade. Contudo já lá vão dois anos e, ao entrarmos no terceiro, o desespero começa a tomar conta das mentes dos que realmente têm interesse em pesquisar nas áreas que estudam com merecido afinco e também de docentes que já não sabem o que fazem perante tanta “desculpa esfarrapada”. Prometeu-se ainda aos discentes uma melhor sala de informática (inclusive há um projecto para tal) e um laboratório multimédia, mas a sala de informática está mais limitada, com alunos que ficam sem praticar por insuficiência de computadores (média de 1 para cada 2 ou três alunos) e a sorte dos alunos de Ciências de Comunicação com Especialização em multimédia passou pelo crescimento forçado de uma turma que agora se vê perante a uma incógnita que ditará o término ou não do curso, nesta ou noutra universidade;


Os sete pecados dos docentes:

1. Faltas – há docentes que faltam, não dão a mínima importância aos alunos e nem sequer repõe as aulas em falta. Perante este quadro, que garantia têm os discentes que o programa está a ser cumprido?

2. Pressa e incumprimento – há docentes que, enquanto deveriam dar três horas de aulas, dão duas. Tudo isso com a maior cara de pau e sem o mínimo respeito pelos seus discentes;

3. Português é calcanhar de Aquiles – alguns exigem (e muito bem) que os discentes tenham a capacidade de falar e escrever bem português. Porém, há docentes que têm graves problemas com a língua portuguesa. Camões ficaria corado de vergonha se assistisse a constantes atropelamentos à língua pela qual ajudou a construir. Contrariando ao pressuposto há quem tenha tentado colmatar essa grave lacuna junto aos seus discípulos;

4. Adopção do ditado – satisfazendo a vontade de muitos discentes que ainda pensam estar a frequentar o ensino secundário, muitos professores ditam quase toda a matéria, não incentivando os discentes à pesquisa ou indicando referências bibliográficas, sites ou bibliotecas virtuais. Há quem prefira simplesmente a wikipédia na sua crua versão (isso acontece mesmo com professores doutorados);

5. Repetição de provas de frequência – muitos alunos correm atrás de colegas do mesmo curso que já tenham transitado para um ano seguinte solicitando seus testes, na esperança que esses testes possam ser repetidos. E não é que não tenha acontecido. Os discentes do Curso de Ciências de Comunicação têm prova disso;

6. Não parece haver controlo perante a constante falhas de professores – os professores assinam o livro de ponto e, por vezes, nem dão as aulas. Desculpas de diversa ordem sempre surgem, incluindo falta de condições técnicas. Professores faltam a aulas por estarem ausentes do país e a reitoria fica impávida e serena, perante a desesperante apatia da maioria dos discentes que aceitam que as aulas em falta não sejam repostas;

7. São imunes a avaliações – os professores da Universidade Lusófona não são avaliadas pelos discentes. Aliás, se o fossem e essa avaliação fosse levada a sério haveria algum, ou mesmo alguns professores que já não estariam leccionando na ULCV. A reitoria da ULCV não tem dado esta oportunidade aos discentes, com certeza por razões que são bem óbvias.



Os sete pecados dos discentes:

1. Ainda não se divorciaram da ideia de que abandonaram o Ensino Secundário – grande parte dos discentes da ULCV ainda não se adaptaram à realidade universitária (embora muito por culpa da ULCV que não tem uma biblioteca equipada, internet aberto e um centro de investigação científica). Preferem que os professores ditem a matéria, e não se esforçam para terem uma melhor prestação;

2. Muitos continuam a revelar-se eternos cábulas – alguns preferem sentar-se no lugar ao fundo, sempre com a esperança de conseguirem copiar ou de puxar a folha de testes com boa parte já preenchida em casa. O pior é que muitos professores fingem deixarem-se enganar. No fundo, são os discentes a enganarem a si próprios;

3. A apatia é a imagem de marca – está tudo bem e ninguém faz nada. Perante a triste realidade que se vive na ULCV, os discentes não fazem nada, a não ser fomentar conversas de corredor. Reclamam da falta de equipamento, da falta de WC’s condignos, por passarem sede e fome, mas a única forma de demonstrarem que estão descontentes é não fazendo parte das actividades universitárias, incluindo palestras que em muito podem ajudar na sua formação;

4. Não há iniciativa e o sentido de responsabilidade é uma utopia – capacidade criativa? Nem pensar! Os discentes não têm ideias que iluminem a ULCV e que ponham em evidência a universidade em que estudam. Esquecem-se que, estudando numa universidade apagada, seu crédito no mercado de trabalho será reduzido. Tanto que poderia ser feito em prol de um bom nome para a ULCV, inclusive palestras, concursos, acções sociais e demais exercícios de cidadania, semanas académicas, actividades culturais ou desportivas Não há tertúlias estudantis. O nível de cultura geral dos discentes é uma vergonha tendo em conta a sua responsabilidade como futuros quadros do país. Muitos faltam a aulas e a responsabilidades com colegas, deixam telemóveis ligados e saem constantemente das salas de aula, perturbando os colegas, professores e, consequentemente, o normal funcionamento das aulas;

5. Até ainda não tiveram a capacidade de constituir uma Associação de Estudantes – numa Universidade é um caso grave. Não havendo essa associação, os discentes ficam mais desamparados. Porque não aprendemos com a realidade de outras universidades e institutos de ensino superior nacionais? Não há listas de alunos para serem votadas, não há iniciativa estudantil. Os alunos da ULCV parecem não ter consciência que são a única razão pela qual essa universidade existe. Deixando de assistir às aulas a Universidade morre;

6. À sombra da bananeira ficam à espera que tudo lhes seja oferecido, sem nenhum esforço – não há que fazer nenhum esforço para obtermos grande coisa. A ULCV vem ter connosco por pagarmos propinas e multas avultadas. Ficamos acomodados, como sempre, e ninguém precisa reclamar, a não ser pelos corredores. Não precisamos lutar por nada;

7. Preferem uma boa farra a uma aula bem programada – nos corredores no que mais se fala é em festas, assadas, rambóias. As festas são o que mais os discentes gostam. Muitos faltam às aulas por “gosto ao corpo” e para irem tomar uns copos. A única actividade universitária a que comparecem é festa. Uma festa oferecida pela Universidade dá para esquecer todos os males. Quem é louco para assistir uma aula reposta num Sábado à tarde? O pior é que a realidade profissional actual e globalizante não está nada festiva.

A par de todas essas enfermidades, a ULCV consegue ter algumas iniciativas felizes. Por exemplo, conseguiu organizar palestras, embora mal divulgadas, bastante importantes aos discentes, docentes e à sociedade, fez-se representar em feiras de profissões, contratou novos professores (alguns com elevada experiência e já com um nome no mercado) e, ainda que duma forma virtual, já fala em Centro de Investigação. Foi criada uma nova cantina (que ainda está fechada), e duas novas salas incluindo a de multimédia (ainda não equipada). Para além disso, a ULCV está a criar a primeira Tuna Universitária de Cabo Verde. Esta será uma grande iniciativa que dará uma vitalidade às actividades culturais no Mindelo e poderá trazer maior interesse dos alunos na integração de outras actividades escolares. Mas o que se questiona agora é se os discentes estarão dispostos a inscrever e a integrar a Tuna da ULCV depois de tanto descontentamento não manifestado publicamente.

As propinas podem estar em atraso mas há multas que cobrem esse “relativo incómodo”, pelo que há sempre compensação e muito dinheiro que não é empregue no que realmente faz crescer a universidade.

No que diz respeito aos docentes, é claro que muitos que não estarão de acordo com a política praticada pela reitoria da ULCV, mas nada podem fazer. Há aqueles que fazem um esforço extra, proporcionando o melhor ensino possível aos discentes, mesmo em condições adversas. Falo mesmo daqueles com sentido de responsabilidade, profissionalismo e que não se esquecem que estão a leccionar para adultos.

A Universidade tenta criar uma boa imagem externa mas a nível interno caiu no descrédito de quem a escolheu para fazer o curso dos seus sonhos. Mudanças são requeridas senão a ULCV vai perder discentes que irão preferir continuar seus estudos noutras universidades. É o caso de discentes dos cursos de Turismo e de Ciências da Comunicação vertente Multimédia, mesmo que tenham perdido tanto tempo e dinheiro.

Aquando do segundo aniversário da ULCV houve um programa interessantíssimo, com intervenções sábias e interessantíssimas, incluindo a oração de sapiência proferida pelo Professor Doutor Daniel Medina, cuja competência e experiência está a quilómetros de serem postos em causa. Mas senti-me muito triste por lá estar e ter visto migalhas de alunos. Não sei se o total chegava a 5% dos que nela estudam. Promessas não faltaram mas ficaram por fazer perguntas, pelas quais não há respostas imediatas, tais como:

• Porque é que há turmas que têm quadro branco e outra com quadro negro que ainda usam giz?

• Porque é que ainda a “Biblioteca” não foi aberta este ano lectivo?

• Quando é que os alunos terão disponível os programas curriculares completos, respeitantes a cada disciplina de cada curso?

Outras questões ficam em aberto para quem tiver coragem de as colocar. De realçar que um grupo de discentes já tinha manifestado seu descontentamento à comunicação social. Nessa altura a reitoria e a direcção da ULCV reagiram, mostraram que o que tinha sido retratado não era grave, não era verdade e que havia solução para tudo. No entanto, neste momento só nos apetece gritar: Socorro, estudo na Universidade Lusófona de Cabo Verde Baltasar Lopes da Silva!


Emanuel Lopes
Estudante da ULCV BLS
2.º Ano - Curso de Ciências da Comunicação

sexta-feira, novembro 06, 2009

Álvaro Ludgero Andrade é o novo director da TCV

O jornalista Álvaro Ludgero Andrade, até aqui administrador da RTC, vai ser o novo director da Televisão de Cabo Verde.

A informação foi avançada à RCV pelo presidente do Conselho de Administração da RTC, Horácio Semedo.
Ainda não se sabe qual vai ser a equipa de Álvaro Ludgero Andrade, mas tudo indica que deverá ficar com a maioria dos elementos que compõem o staff de Maria da Luz Neves constituído pelos jornalistas Valdemar Pires, Rui Almeida Santos e Adelina Brito. A intenção do Conselho de Administração da RTC é que a televisão pública comece o novo ano com uma nova largada.

terça-feira, novembro 03, 2009

O que achas da proposta de oficialização da língua?

Hoje esta proposta foi chumbada na Assembleia Nacional com votos contra do MPD e duas abstenções da UCID. Até que ponto esta situação vai continuar depois do governo ter afirmado que as bases para a oficialização do crioulo estão criadas.
Por capricho do Ministro da Cultura, esta tolice por pouco seria realidade, pois é preciso criar bases de instrumentalização da nossa língua, que faz parte da nossa identidade, mas desta forma não chegamos lá Senhor Ministro.
Por amor de deus isto não é nenhuma brincadeira, há que ter respeito pelo nosso povo.
Que deus acompanhe os nossos governantes e que o nosso povo não seja vitima deste capricho.
Esperamos ter a nossa língua mãe oficializada, mas com coesão e coerência.

segunda-feira, novembro 02, 2009

Cabo Verde lidera lista de seleccionados no PEC-G

Este ano o Programa brasileiro de Estudantes-Convénio de Graduação (PEC-G), que dá oportunidade de formação superior a alunos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais, oferece 505 vagas, menos 26% em relação ao ano anterior. Entretanto, graças ao bom desempenho dos nossos estudantes, Cabo Verde continua a liderar a lista dos seleccionados com 133 vagas.

Depois de Cabo Verde, aparece a Guiné-Bissau com 95 seleccionados. Seguem-se a República Democrática do Congo e Angola com 78 e 49 vagas, respectivamente.
Foram escolhidos jovens oriundos de 26 países da África, América Central e do Sul. Dos países que fazem fronteira com o Brasil, Paraguai teve maior número de beneficiados (28). Medicina, administração, odontologia, economia e letras foram os cursos com maior número de seleccionados, superando assim as ciências de comunicação que até agora ofereciam mais vagas. Ler tudo...
Fonte: A Semana

sexta-feira, outubro 30, 2009

Acordo Ortográfico: Governo de Cabo Verde ratifica Protocolo Modificativo

Cidade da Praia, 30 Out (Lusa) - O governo cabo-verdiano ratificou o Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, com efeitos retroactivos a 01 deste mês, pondo termo a dúvidas quanto à sua aplicabilidade em Cabo Verde.

A decisão foi aprovada quinta-feira na reunião do Conselho de Ministros cabo-verdiano e permite a entrada plena em vigor das novas regras ortográficas no arquipélago.

Inicialmente prevista para Maio deste ano, a ratificação do Protocolo Modificativo foi adiada pelo ministro da Cultura cabo-verdiano, Manuel Veiga, que defendeu, na altura, ser necessário mais tempo para analisar o processo e dar a conhecer as alterações aos cabo-verdianos.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Programa de Teoria dos Média (Provisório)

1º Semestre/2º Ano
Carga Horária: 3h Semanais
Docente: Isabel Lobo

Competências:
-Permitir o domínio dos momentos essenciais da história dos meios de comunicação;
-Identificar os principais paradigmas no pensamento das mediações; reconhecer as figurações da tecnologia; definir os principais conceitos ligados a uma teoria da tecnologia; analisar os conceitos de meios, mediação, técnica, tecnologia, relação, «agir vs. fazer», «mediato vs. Imediato».

Programa:

Introdução: O que é uma Teoria dos Média?

I Parte-A Comunicação na Era da Informação: Tendências e Problemáticas
a) Informação vs Comunicação
b) A Comunicação na Era da Informação: Enunciado dos Principais Paradigmas
c) Informação vs Conhecimento

II Parte: Do Paradigma da Voz e da Escrita para o da Imagem: «Gramofone, Filme e Máquina de escrever» (Kittler)

1.Em torno da figuração da escrita: A aventura da(s) Escrita(s)
a) «A escrita reestrutura a Consciência» (Walter Ong) e é uma tecnologia.
b) Diacronia do Discurso e do Texto na Cultura Ocidental

2.A Imprensa
2.1 Os primeiros passos. Do nascimento da escrita à invenção da imprensa.
2.2. De Gutenberg à imprensa industrial. Os primeiros livros. Imprensa e espaço público.
2.3. Factores que condicionam o desenvolvimento da imprensa no Séc. XIX. O nascimento da imprensa industrial, a sua lógica de funcionamento e a génese da imprensa moderna.
2.4. A Imprensa no séc. XX.
2.4.1. Aspectos principais da evolução. Os tablóides. O jornalismo de interpretação. Newsmagazines. Revistas especializadas.
2.4.2. Grandes linhas de transformação da imprensa no séc. XX: diversificação, variedade, enriquecimento temático; modernização inovações tecnológicas e processos de concentração.

3. O cinema a rádio, a televisão e a Internet: Dos primeiros passos ao início de uma estratégia industrial e à consolidação de novos média. Os meios tradicionais perante os novos meios digitais

4. Os videojogos como Novo Média.

III Parte: Para uma Teoria dos Média
1) Experiência e medialidade:
a) A relação como unidade mínima de experiência.
b) Interiorização e variabilidade dos pólos na mediação.
c) Os meios e a sua determinação.

2). A técnica no quadro das mediações:
Introdução: A técnica e a redefinição da imagem do Homem.
2. 1. Primeiros conceitos:
a) Noção de mediação.
b) Representação, simulação
c) Mediação como tradução.
d) Imediato/mediato.
e) Experiência como meio.
2.2. Da experiência como medium absoluto. A questão da articulação da técnica:
a) Com a linguagem.
b) Com a história.
c) Com o corpo.
Conclusão: as propostas de M. McLuhan e R. Debray.


BIBLIOGRAFIA

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