Imagine que um dia alguém se aproximava de si na rua e em vez de lhe perguntar polidamente as horas, ou aonde fica rua tal, lhe perguntava com maior tranquilidade: importa-se de me dizer se sabe pensar?
Imagine que essa pessoa lhe pedia que a ajudasse a pensar, exactamente com a mesma naturalidade com que lhe pediria lume, ou quantas horas estavam naquele preciso momento.
Imagine que lhe fariam essa pergunta a si, na rua, ou qualquer circunstância, e tente avaliar, pela sua surpresa ao recebê-la e pela resposta que eventualmente lhe daria, o que é que pensa a respeito da necessidade de saber pensar; se alguma vez teve dúvidas sobre se sabe ou não pensar, ou quantas vezes e exactamente de que maneira é que o problema se pôs.
Pode achar estranho essa pergunta lhe fosse colocada a si, numa situação ocasional em qualquer espaço. Seria de qualquer modo curioso saber ao certo porque é que seria estranho, e não é estranha a situação contrária, isto é, a verdadeira situação de perguntar a si mesmo se realmente sabe pensar.
Realmente chegou a hora de perguntarmos a nós mesmos se realmente sabemos pensar.
Editado por Stevenn Silva
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