Batuque, raiz da cultura cabo-verdiana
É a forma musical mais velha do arquipélago em que o coro começa lentamente as suas cantigas, um cantar por vezes com voz fraca e aumentando o seu ritmo pouco a pouco, com um gritar melancólico e um bater das palmas das mãos nas pernas por parte das batucadeiras. Todo esse desenrolar deste ritual desenvolve-se com o bailar das moças, a expressão dos sentimentos através das vozes das cantadeiras e tudo isto forma um ambiente primordial de cultura.
Esta raiz da nossa cultura inclui ritmos conceituados como o chabéta que inclui o bater das palmas das mãos num pano enrolado entre as pernas como forma de obter o som real do batuque, um autêntica simulação dos tambores; não esquecendo do finançon o cântico puro do batuque acompanho pela cimboa e/ou viola dois instrumentos da cultura africana e cada batucadeira improvisa o cântico a sua maneira de modo a produzir uma harmonia entre a música e a dança, e neste sentido na se pode esquecer do rebolar das dançadeiras do batuque através do torno, uma dança com raízes africana. O batuque é um género satírico pois enfatiza temas da realidade social ou mesmo pessoal, por vezes temas que giram em torno de brincadeiras e acontecimentos remotos.
Stevenn Silva
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