Os bons terão sempre lugar no jornalismo

Antigo director da Televisão de Cabo Verde, Daniel Medina é Professor Doutor da Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no curso de Ciências da Comunicação. Jornalista, cronista de rádio e jornal, comentador da televisão, Medina é um comunicador nato. Nha Terra Online foi conhecer o autor de Pela Geografia do Prazer que se prepara para lançar novo livro no mercado e saber a sua opinião sobre o jornalismo caboverdiano, a sua vida de docente, entre outras questões.

Banalização da Profissão de Jornalismo em Cabo Verde

Em vários artigos nossos publicados em Cabo Verde temos vindo a alertar o Governo e aos cidadãos, pela degradação galopante do nosso “jornalismo”. Colocamos aqui a palavra jornalismo entre aspas, porque em nosso entender não existe o jornalismo cabo-verdiano.

Diversidade de Cursos na Comunicação

Uma das causas apontadas para menos vestibulandos interessados em Jornalismo é o número de opções relacionadas à comunicação. Muitos com vocação para cinema e fotografia, por exemplo, acabavam no curso por falta de opção. Existem alguns cursos de graduação e de tecnologia que podem estar por trás do fenômeno.

Como fazer um Resumo

O resumo é uma forma de reunir e apresentar por escrito, de maneira concisa, coerente e frequentemente selectiva, as informações básicas de um texto pré-existente. É a condensação de um texto, pondo-se em destaque os elementos de maior interesse e importância.

Bibliotecas Virtuais

grande referência na área de bibliotecas virtuais, com os sites mais importantes para informação e comunicação sobre ciência e tecnologia

terça-feira, junho 29, 2010

Análise de Filmes - conceitos e metodologia(s)

Resumo
O texto procura reflectir sobre a actividade de análise de filmes, em especial o seu papel nos discursos sobre cinema e discutir possíveis metodologias para essa mesma actividade.


Índice
1. O que é a análise de filmes e para que serve?
2. Como analisar?
3. Bibliografia

Faça o download do texto (10 páginas) aqui "http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-penafria-analise.pdf"

Auto-regulação, autocensura e autonomia

Auto-regulação não é um sinônimo de autocensura no contexto das redações jornalísticas, porque, apesar das duas expressões terem algo em comum, referem-se a dois posicionamentos distintos: a auto-regulação se baseia em princípios gerais que cada profissional aplica individualmente, enquanto a auto-censura uma norma apoiada na conveniência institucional e aplicada coletivamente.


Ambos os conceitos tem em comum o fato de se constituírem numa limitação auto-imposta e que atende a conjunturas concretas. No caso da auto-regulação, ela está baseada num consenso baseado em princípios que podem ser culturais, morais ou éticos. No caso da autocensura, temos uma decisão imposta que será aplicada pelo grupo social, no caso as redações, para atender a uma necessidade concreta, geralmente a da sobrevivência de interesses corporativos.

Tanto a auto-regulação como a autocensura, estão situadas dentro do quadro da autonomia, ou seja, são posicionamentos desenvolvidos sem interferência de órgãos superiores, como por exemplo, o governo.

Bom, tudo isto para chegar ao ponto crucial. A autocensura é questionável porque limita a nossa capacidade de pensar e anula a diversidade na troca de informações. Ela tende a uniformizar conteúdos a pretexto de preservar interesses e conveniências. Ao eliminar ou reduzir a diversidade de informações, a autocensura agride o jornalismo porque priva o público de dados, fatos e processos necessários para a formação de opiniões e tomada de decisões.

A auto-regulação obedece a uma lógica totalmente diferente. Ela se baseia na diversidade para, por meio da troca de informações, chegar a um consenso sobre o que pode ameaçar uma determinada comunidade social e seus integrantes. É o que acontece quando as famílias procuram evitar que crianças tenham acesso a filmes violentos. A preocupação não é reduzir a liberdade de informação mas evitar desordens emocionais em seres que ainda não chegaram à maturidade plena.

Alguns leitores comentaram que a auto-regulação é um atentado à liberdade de informação, numa reafirmação do famoso dito de que a melhor lei é aquela que não existe. Só que isto não passa de uma frase de efeito sem nenhuma correspondência prática. Não existe liberdade total, simplesmente porque vivemos em comunidades sociais onde há um bem-estar comum e um bem estar individual. Ora um é mais importante, ora o outro.

A auto-regulamentação sempre existiu e a maior prova dela são as Constituições nacionais. Ela, em tese, seria a materialização do consenso entre os residentes num mesmo país. No caso da imprensa, o argumento de liberdade irrestrita de informação esconde uma falácia, a de que os jornais, emissoras de rádio, televisão, revistas e internet informam tudo. Isto além de não ser verdade, é impossível e inviável.

Assim, a auto- regulamentação informativa tem a ver com a geração de consensos (o plural é importante) sobre o tipo de informação que pode ameaçar, por exemplo, grupos étnicos, direitos civis, o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes, a privacidade de suspeitos sem culpa formada, etc etc.

Estes consensos, que são específicos para cada caso e que evoluem com o tempo, devem incorporar princípios éticos porque dependem de valores desenvolvidos pela própria sociedade.

Em suma, e para terminar, auto-regulação informativa baseada na ética significa desenvolver no interior das redações jornalísticas de todos os tipos, consensos informativos que orientarão os profissionais sobre o tipo de conteúdo que será oferecido ao público numa determinada região, numa conjuntura precisa e num momento definido.
É a minha colaboração para um debate onde você leitor, tem o papel mais importante porque soma das experiências e conhecimentos de todos vocês é bem maior do que a minha.

quarta-feira, junho 23, 2010

Banco de CV institui prémio Jornalismo Económico


O Banco de Cabo Verde dispõe-se a desenvolver o jornalismo cabo-verdiano, proporcionando-lhe condições para a especialização na área da economia. É óbvio que a existência de um jornalismo forte e especializado é também uma das condições para o desenvolvimento do tecido económico do País.Assim, o Banco de Cabo Verde instituiu um Prémio – Prémio Jornalismo Económico -, cujo regulamento publicamos:


PRÉMIO JORNALISMO ECONÓMICO


Edição de 2005


1. Enquadramento

No intuito de contribuir para aumentar o conhecimento do funcionamento da economia e desenvolver na sociedade cabo-verdiana o gosto por temas económicos, o Banco de Cabo Verde pretende apoiar e incentivar a pesquisa, a organização e a divulgação de trabalhos, que visem aprofundar o conhecimento da realidade económica, factor essencial ao desenvolvimento nacional. Foi assim que instituiu o Prémio Jornalismo Económico, com o objectivo de galardoar o(s) autor(es) de trabalhos de excelência versando temas actuais e originais da realidade económica e financeira de Cabo Verde, destinado a distinguir trabalhos elaborados por jornalistas nacionais, residentes no país ou no estrangeiro.


Neste sentido, o Banco de Cabo Verde anuncia que se encontra aberto o concurso para atribuição do Prémio Jornalismo Económico–Edição de 2005, o qual se rege pelas cláusulas do Regulamento do Prémio Jornalismo, que pode ser consultado na página da internet, www.bcv.cv. Para coordenar todo o processo, foi designada pelo Conselho de Administração do Banco de Cabo Verde uma Comissão de Regulamentação, Coordenação e Avaliação do Prémio, que avaliará e seleccionará os trabalhos concorrentes.


2. Prazo de Entrega

Os trabalhos deverão ser entregues até 31 de Agosto de 2005, na Sede do Banco de Cabo Verde, Avenida Amílcar Cabral, Praia, ou enviados por correio para o endereço Av. Amílcar Cabral, C.P. n.º 101, Praia, Cabo Verde.


3. Prémios

a. Ao melhor trabalho será atribuído um Prémio de 150 contos;


b. Ao(s) premiado(s) o Banco de Cabo Verde poderá proporcionar um estágio de curta duração, numa ou em diversas áreas da sua actuação.


4. Casos Omissos

Os casos omissos e dúvidas que não forem esclarecidos pelo Regulamento serão resolvidos pela Comissão designada.


terça-feira, junho 22, 2010

O preço de uma verdade - filme em análise na disciplina de Direito




Ficha Técnica:
Título original: Shattered Glass
Género:Negrito Drama
Duração: 01 h 43 min
Ano de lançamento: 2003
Site oficial: http://www.shatteredglassmovie.com/index_flash.html
Estúdio: Lions Gate Films Inc. / Cruise-Wagner Productions / Forest Park Pictures / Baumgarten Merims Productions
Distribuidora: Lions Gate Films Inc.
Realização: Billy Ray
Argumento: Billy Ray, baseado em artigo de Buzz Bissinger
Produção: Craig Baumgarten, Marc Butan, Tove Christensen, Gaye Hirsch e Adam Merims
Música: Mychael Danna
Fotografia: Mandy Walker
Direcção Artística: Pierre Perrault
Figurino: Renée April
Montagem: Jeffrey Ford
Efeitos especiais: Custom Film Effects


Sinopse:
Stephen Glass (Hayden Christensen) é um jornalista que consegue entrar para a equipe principal do jornal The New Republic, de Washington. Entretanto, dos anos em que trabalha na redacção, mais da metade dos textos de sua autoria ou foram inventados ou copiados, o que não impede seu crescimento. Porém sua fama vai por água abaixo após sua farsa ser descoberta.


Elenco:
Hayden Christensen (Stephen Glass)
Peter Sarsgaard (Charles Lane) Chloë Sevigny (Caitlin Avey)
Rosario Dawson (Andy Fox)
Melanie Lynksley (Amy Brand)
Hank Azaria (Michael Kelly)
Steve Zahn (Adam Penenberg)
Mark Blum (Lweis Estridge)
Simone-Elise Girard (Catarina Bannier)
Chad Donella (David Bach)
Jamie Elman (Aaron Bluth)
Luke Kirby (Rob Gruen)
Cas Anvar (Kambiz Foroohar)


Comentários

Patrícia Kishimotoa
02/01/2003

O filme retratou muito bem as questões éticas da prática jornalística. É um alerta para que as empresas jornalísticas e principalmente a sociedade fiquem atentas, pois a cópia ou invenção de matérias é mais comum do que se pode imaginar. Fica aí meu alerta!


Fabneto
03/01/2003

Como estudante de Jornalismo, devo parabenizar o filme pelo óptimo e polémico assunto abordado: A falsificação de notícias, e as consequências que essas podem gerar na vida de quem as comete (assim como também na vida das pessoas com quem esse(a) determinado(a) jornalista se relaciona). Só achei desnecessário o realizador mostrar os pequenos ataques de "histeria" cometidos pelo protagonista, após sua farsa ter sido descoberta - embora talvez esse possa ter sido um artifício para dramatizar ainda mais a estória. Eis um filme que todos que se relacionam com essa área, devem assistir, além de ser uma aula do que é ser a ética profissional.


Jamile Nobrea
04/01/2003

É um bom filme, deveria ser obrigatório no curso de jornalismo para que os alunos assistissem e observassem o quanto a ética profissional deve ser mais importante do que a fama. A fama tem seu preço, e este pode ser muito alto, depende da coerência de cada um. Vale a pena assistir! Minha nota é 7 por conta de alguns "defeitos" de argumento... poderia ser melhor.


Tábata Moria
05/01/2003

Creio que o filme seja uma boa representação da realidade jornalística que vivemos. Hoje, os meios de comunicação são tão ficcionais que é difícil saber quão verdadeiras são as informações. Como jornalista (estudante), sinto-me à vontade para falar, ainda que consciente das falhas dos colegas de trabalho, e creio que o filme colabora para deixar as pessoas com uma pulga atrás da orelha. E isso é bom!


Fernanda
06/01/2003
O filme é muito bom, explora a questão da ética jornalística, do "Será que vale tudo?". Remete-nos aos grandes casos da imprensa e transmite qual é a essência do verdadeiro profissional, o perseverante apurador e pesquisador!


Andréa Trindadea
07/01/2003

Gostei do filme o Preço de uma verdade, eu o indico para todos os estudantes de jornalismo. O jornalismo tem um compromisso com a verdade e trai-la com certeza não é um bom negócio, mesmo que você ganhe fama e dinheiro por causa disso.


Felipe
08/01/2003
Gostei sim. É um grande aliado para professores de jornalismo para mostrar o quanto é errado e prejudicial copiar textos e inventá-los. Ainda mais nos tempos de internet quando tudo é mais fácil!


Ana
09/01/2003

O filme é muito bom, trabalha a questão da ética, profissionalismo, arrogância, não só no campo da comunicação, mas nas demais profissões. Excelente para ser trabalhado com alunos principalmente de Universidades.


Érica
10/01/2003

Um óptimo filme, faz com que percebamos onde a imprensa quer que entendamos as informações. Possibilita uma reflexão de que tipo de imprensa temos. Adorei o filme e o facto de ter um final surpreendente, mas esperado.


Helanny Torresa
11/01/2003
Nem todo génio é genuíno, inventar matérias jornalísticas é lançar um olhar estrangeiro sobre seu texto. O enredo do filme tem uma estética que segue uma linha envolvente e oferece ao público clara percepção sobre a temática. O mesmo traz uma abordagem construtiva, e deixa de ser apenas uma simples biografia, ao nos convidar a refletir e concluir que jornalismo é um falar de perto.


Edianea
12/01/2003
Gostei muito. O interessante do filme nem é tanto a fotografia, a plástica, a trilha sonora (bem ausente), mas o facto de narrar uma história real e absurda, que nos faz pensar a que ponto chega a ingenuidade (ou burrice ou ambição) de uma pessoa que quer chegar ao topo pelo caminho mais fácil, mas frágil como um cristal. A mentira sempre tem pernas curtas. No jornalismo, quem sabe mais curtas ainda.

sexta-feira, junho 18, 2010

José Saramago - The End

José Saramago - Escritor
16/10/1922 - 18/06/2010



Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas
na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade,
em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.
O escritor morreu estando acompanhado pela sua família,
despedindo-se de uma forma serena e tranquila.

Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010

quinta-feira, junho 17, 2010

Germano Almeida tem nova obra



Pelas mãos da Ilhéu Editora chega agora a mais recente obra do autodenominado contador de histórias Germano Almeida. A apresentação de A Morte do Ouvidor será feita no próximo dia 23 de Junho na Biblioteca do Centro Cultural Português - Instituto Camões às 18h30, pela Dra. Ana Cordeiro, numa iniciativa conjunta da Ilhéu Editora e do Instituto Camões.

Ler mais sobre o livro aqui.

terça-feira, junho 08, 2010

Dôs no Café Margoso


João Branco acaba de anunciar a entrada da mais nova rubrica para o Café Margoso. Trata-se de Dôs, que tem sido publicado no jornal A Nação e conta sempre com entrevistas com artistas da nosso meio cultural.

Na estreia, uma conversa "infernalmente descontraída" com o Prémio Camões Arménio Vieira. Para conferir clique aqui.

segunda-feira, junho 07, 2010

Para aqueles que não aceitam as opiniões dos outros





"A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome. A humildade está na pessoa que, tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas abençoa."

Emmanuel, psicografado por Chico Xavier


"É preciso permitir que alguém nos ajude, nos apoie, nos dê forças para continuar. Se aceitarmos este amor com pureza e humildade, vamos entender que o Amor não é dar ou receber - é participar."

Paulo Coelho


"Sucede com frequência que os espíritos mais mesquinhos são os mais arrogantes e soberbos, assim como os espíritos mais generosos são os mais modestos e humildes."

René Descartes


"A gratidão é o único tesouro dos humildes."
William Shakespeare


"Aquele que pergunta, pode ser um tolo por cinco minutos. Aquele que deixa de perguntar, será um tolo para o resto da vida."

Provérbio Chinês


"Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos."

Provérbio Chinês


"Limpa tua casa, pois não sabes quem baterá à tua porta; lava teu rosto, pois não sabes quem o beijará."

Provérbio Árabe


"O conhecimento é como um jardim: se não for cultivado, não pode ser colhido."

Provérbio Africano

Sobre a autora de "A defesa de uma nova objectividade jornalística"





Isabelle Anchieta de Melo é jornalista, doutoranda no curso de Sociologia da USP e mestre em Comunicação Social pela UFMG.

Recebeu prémio nacional de Jornalismo pelo "Rumos Itaú Cultural" 2007/2008. Tem livros publicados, entre os quais "Sete propostas para o Jornalismo Cultural" (Ed:Miró, 2009) e "Mapeamento do Jornalismo Cultural no Brasil" (Ed: Itaú Cultural, 2008) e diversos artigos em veículos nacionais e internacionais.

Actualmente realiza pesquisa sobre a mulher, suas imagens e imaginários, denominada “O poder das imagens na construção do feminino: as quatro gerações de imagens e imaginários construídos sobre a mulher; de Deusa à mulher real e qualquer”.

Como jornalista foi apresentadora e editora-chefe do Jornal da Rede Globo Minas e repórter de documentários pela TV Cultura.

Em 2008 foi selecionada para representar o Brasil junto a outros 10 pesquisadores internacionais no 1º Congresso Internacional de Comportamento, Comunicação e Moda da Europa para apresentar duas das suas recentes pesquisas "A quarta mulher" e "Laboratório de Moda Brasil" (Madrid, 2008).

Para saber mais sobre Isabella Anchieta de Melo e sobre seu trabalho, clique aqui para aceder ao blog pessoal da autora.

Uma Imagem que marcou uma vida

O Artista




Alberto Díaz Gutiérrez, conhecido como Alberto Korda, (Havana, 14 de setembro de 1928 — Paris, 25 de maio de 2001) foi um fotógrafo cubano que se tornou mundialmente conhecido por Guerrillero Heroico, retrato que fez de Che Guevara.

Korda começou a fotografar oferecendo seus serviços em baptismos, casamentos e festas. Tempos depois, abriu um estúdio em Havana onde passou a dedicar-se à fotografia publicitária e de moda. Declarou que dedicou-se a tal trabalho apenas para conhecer mulheres bonitas. Sua segunda mulher foi, de facto, uma modelo.

Certo dia, Korda viu uma menina cubana a fazer uma saia improvisada de papel para vestir uma boneca; percebeu que a boneca era apenas um pedaço de madeira e, sensibilizado, resolveu unir-se ao ideal revolucionário que prometia acabar com aquele tipo de injustiça social. Assim sendo, tornou-se fotógrafo oficial de Fidel Castro após a revolução cubana.

Sua fama aconteceu quase por acaso. A fotografia quase acidental de Che Guevara tornou-se uma das fotos mais reproduzidas de todos os tempos. Korda fez uma tomada vertical e outra horizontal. As duas fotos não ficaram tão famosas imediatamente. Foi preciso que um italiano de nome Giangiacomo Feltrinelli recortasse as laterais da tomada horizontal e espalhasse posters de Che Guevara após sua morte nas selvas bolivianas em 1967. A partir daí, a imagem correu mundo e tem sido fonte de inspiração para muitos artistas. Alberto Korda nunca recebeu qualquer tipo de remuneração pelas fotos e nunca empenhou-se em receber. Dizia que sua intenção ao não fazê-lo era espalhar os ideais revolucionários da luta de Guevara.


A foto



A cena imortalizada em Guerrillero Heroico ocorreu no dia 5 de Março de 1960. Korda fotografava para o jornal cubano Revolución. Ao lado de várias autoridades cubanas, numa tribuna, Guevara participava de um memorial às vítimas de uma explosão de barco que matara 136 pessoas. Foram apenas 45 segundos para o fotógrafo perceber que tinha imortalizado uma bela expressão. Jamais preveria, no entanto, que transformaria-se-ia no autor do mais forte ícone dos movimentos de esquerda de todo o mundo. A imagem só se popularizou porque um artista plástico irlandês, Jim Fitzpatrick, criou uma estampa em monotipia baseada na foto e colocou-a em domínio público (no que hoje se chamaria de copyleft).

Fonte: aqui

Relembrando El Che


"Um povo que não sabe ler nem escrever
é um povo fácil de enganar."

Ernesto Guevara

domingo, junho 06, 2010

Música para reflectir





Tente Outra Vez
(Raul Seixas - Paulo Coelho)


Veja
Não diga que a canção está perdida
Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida
Tente outra vez

Beba
Pois a água viva ainda está na fonte
Você tem dois pés para cruzar a ponte
Nada acabou, não não não não

Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar
Não pense que a cabeça agüenta se você parar, não não não não
Há uma voz que canta, uma voz que dança, uma voz que gira
Bailando no ar

Queira
Basta ser sincero e desejar profundo
Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez

Tente
E não diga que a vitória está perdida
Se é de batalhas que se vive a vida
Tente outra vez

Tente outra vez

terça-feira, junho 01, 2010

Crianças do Rebolation




Fui hoje assistir a actividades da escola do meu filho de 11 anos e reparo que, no momento do baile que todos nós sempre ansiámos, as músicas agora são bem diferentes. Se há alguma censura na RCV e noutras rádios para não passar músicas como "Bói de picapêl" (lembram-se? "Oi, jás pôl lume..."), aqui na escola as crianças vibram-se com músicas do género "Jál escoá ma titio", com versos bastante pesados como "Dondê que bsôt ta sinti sábe". As músicas da Xuxa ficaram para trás e o Festival dos Pequenos Cantores já não tem aquela atenção que tinha anteriormente. E até que oiço as crianças a cantarem o que percebem do inglês dos Black Eyed Peas em "I've got a feeling". Ficam ainda mais eufóricas ainda quando ouvem o Hit da hora - Rebolation. Lindo... Quem se lembra ainda de "Sara Sarita" ou da voz da magnífica Ritinha Lobo a cantar "Cabo Verde ê d'nôs" ou ainda "Góte na tocatina" da Magui Martins.


Uma crónica de Neu Lopes publicado no "Boca de Tubarão".
Para ler mais clique aqui.