quinta-feira, março 18, 2010

Meu voto de coragem




Chegámos há muito tempo a um nível em que tudo vai depender de nós, embora alguma dúvida (que não deveria existir) paira no ar. Há muita capacidade escondida e por muitas razões muitos de nós não nos sentimos capazes de as exteriorizar.


Estamos a fazer a licenciatura num dos mais interessantes cursos que se tem memória. Um curso que carrega uma grande responsabilidade no seio de qualquer universidade, pelo que não nos devemos cingir apenas ao que aprendemos na sala de aulas. Aliás, na sala de aulas da universidade, o que temos são lições de vida, troca de experiências e orientações para investigarmos sobre os diferentes temas que nos são propostos ou que são inerentes ao programa de cada disciplina. Este é o verdadeiro sentido de estarmos a estudar ao nível em que nos encontramos.

O professor não tem obrigação nenhuma de dar apontamentos detalhados sobre as matérias. Outrossim, terá que fornecer o mais cedo possível o programa da disciplina que lecciona, a bibliografia e todo o material de apoio possível para que o estudante não fique “viajando na mayonaise”. Além disso, é viável que o professor marque sempre com os seus alunos sessões de esclarecimento e acompanhe a evolução dos trabalhos académicos.

A nós, mais do que estudar, temos o dever de promover actividades académicas que constituirão, sem dúvida alguma, uma mais valia na nossa formação como futuros profissionais. Afinal, o saber não ocupa lugar. Assim, não será demais promovermos ou propormos à direcção e à reitoria da ULCV workshops e palestras sobre os mais variados temas. Não fiquemos pensando que é a universidade que ganha sempre. Quem mais ganha com isso somos nós. A nossa formação não se faz em apenas quatro anos e nem dentro da sala de aula. O mundo da comunicação é ilimitado e, para fazermos parte dele, não precisamos de convite.

Avanço, no entanto, algumas dicas que penso serem vitais para evoluirmos mais na nossa formação:

- ter faro e senso de oportunidade;
- ler muito;
- escrever muito (parafraseando Arménio Vieira, só escreve quem lê);
- aprender línguas;
- falar sem qualquer receio;
- consultar vários sítios temáticos na internet;
- ir ao teatro, ouvir boa música e ver bons filmes;
- diversificar o conhecimento sobre o cinema do mundo (não ficar colado apenas à produção hollywoodiana);
- ver televisão e ouvir rádio com sentido crítico;
- ir a todo o tipo de palestra possível;
- estudar de forma séria e profunda as técnicas de apresentação e de falar em público, tendo em conta elementos como a postura, a expressão corporal, a voz ou a dicção;
- conversar com todo o tipo de pessoas com idades, raças, credos, profissões ou cores politicas diversificadas;
- aprender mais sobre geografia, cultura, arte e tecnologia;
- ser humilde;
- ser honesto (sobretudo consigo mesmo);
- respeitar o próximo;
- respeitar a opinião dos outros, por mais estranhas que sejam;
- não perder o sorriso e nem a calma;
- saber criticar e aceitar criticas;
- aprender mais sobre etiqueta;
- fazer amigos todos os dias;
- ampliar sua lista de contactos (principalmente os influentes);
- ter em conta que os seus direitos acabam onde começa os dos outros.

Enfim, uma série de coisas que traduzem a máxima de que enquanto se respira aprende-se.

Caros colegas, esse é o meu primeiro contributo para que nos encorajemos e sintamos cada vez mais que estamos numa universidade, que somos o futuro do país, e que o nosso futuro depende unicamente de nós. Por mais voltas que demos, por mais que necessitemos de bons professores, necessitaremos ainda mais de nós próprios.

neulopes

0 comentários: