sábado, janeiro 31, 2009

Para reflexão...



Imaginem que se pudesse dar tal ordem: "Acabem com o Ensino Superior em Cabo Verde!"

É pois impensável. Como poderíamos interromper o jogo económico que são os investimentos privados que empregam gente e pagam impostos, adicionado aos milhares de contos das famílias que circulam por essa via? Como poderíamos ter tamanho recuo político, interno e externo? Como podíamos prescindir deste atractivo ao investimento estrangeiro baseado na mão-de-obra altamente qualificada?

A pergunta mais importante: que alternativas teriam os milhares de alunos que completam o 12º? As do passado faliram.Ensino Superior em Cabo Verde já é vital, mas, convenhamos, como está também não dá! A começar pela quantidade de instituições privadas, que me parece de um aparecimento facilitado demais.

Periga acontecer o que aconteceu com o grogue: na falta de cana para tanta produção, legaliza-se a fabricação através do açúcar. Ou seja, baixamos as exigências quanto ao nível dos professores, do equipamento e material didáctico, dos currículos, das certificações e acreditações, para permitir tamanha proliferação. Formamos técnicos à marretada, porque o sistema precisa andar.

A crise desponta. Já temos arquitectos formados no país que a Ordem de Arquitectos não reconhece. A Ordem de Engenheiros segue a mesma linha. É o sistema confrontar-se consigo próprio, auto regulando-se. Resta saber como vai se auto regular: reenviamos os alunos à escola, ou continuamos a baixar o nível para que a mediocridade continue a passar?

A Educação que aprenda com a sua irmã Justiça, que políticas mal direccionadas acabam mal.

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